Atentados do EI deixam 44 mortos e 37 feridos na Líbia Três ataques simultâneos ocorreram contra uma delegacia local, um posto de gasolina e a casa do presidente do parlamento líbio, Aguila Salah Issa

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Atentados do EI deixam 44 mortos e 37 feridos na Líbia

Três ataques simultâneos ocorreram contra uma delegacia local, um posto de gasolina e a casa do presidente do parlamento líbio, Aguila Salah Issa

Conflitos entre milícias islâmicas têm provocado mortes na Líbia
Conflitos entre milícias islâmicas têm provocado mortes na Líbia (Mohammed El-Sheikhy/AP)
Pelo menos 44 pessoas morreram e 37 ficaram feridas nesta sexta-feira, em três atentados simultâneos na cidade líbia de Al Qoba, a 30 km de Derna (leste), reduto de jihadistas — de acordo com o último balanço divulgado neste sábado pelo Ministério da Saúde líbio. "Quatro vítimas não resistiram aos ferimentos e faleceram neste sábado, elevando o balanço para 44 mortos e 37 feridos", explicou o órgão. Ainda segundo a nota divulgada, sete pessoas estão desaparecidas.
A facção líbia do grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado realizado, segundo ela, por dois suicidas. Em um breve comunicado, o grupo anunciou "ter vingado o sangue dos muçulmanos em Derna", reduto de islamitas radicais que foi alvo esta semana de ataques aéreos egípcios.
O boletim anterior contabilizava 40 mortos e 41 feridos nos três atentados contra uma delegacia local, um posto de gasolina e a casa do presidente do parlamento líbio, Aguila Salah Issa. A cidade de Al Qoba é controlada pelas forças leais ao general Khalifa Haftar e ao parlamento reconhecido pela comunidade internacional.
Vários socorristas indicaram que a maioria das vítimas estava no posto de gasolina, onde dezenas de veículos faziam fila por causa da falta de combustível na cidade. Eles acrescentaram que o presidente do parlamento, com sede em Tobruk, mais a leste, não estava em casa no momento do ataque.
Histórico — A Líbia está mergulhada no caos desde a queda, em 2011, de Muammar Kadhafi, enquanto as novas autoridades líbias não conseguem controlar as dezenas de milícias formadas por antigos rebeldes. Esses grupos impõem sua lei diante de um exército e de uma polícia debilitados. Os novos ataques em território líbio evidenciam o avanço dos jihadistas no país, no momento em que a comunidade internacional analisa meios de ajudar as forças locais.
Aproveitando-se do caos, o EI encontrou na Líbia terreno fértil para suas ações. Em algumas semanas, lançou uma série de ataques e abusos, incluindo a decapitação de 21 cristãos e um atentado contra um hotel na capital. A execução dos cristãos coptas levou o Egito a realizar ataques aéreos contra posições dos extremistas. Essa ação foi coordenada com as forças do general Khalifa Haftar.
Em seu comunicado, o EI afirma ter visado nesta sexta-feira a uma "célula operacional" do general Haftar, cujas forças controlam Al Qoba, e que lançou em maio de 2014 uma ofensiva contra os "grupos terroristas" no leste do país. Desde então, suas forças travam uma verdadeira guerra contra os grupos islamitas e jihadistas na região e disputam o poder com o governo paralelo formado pela milícia Fajr Libya, que tomou o controle de Trípoli no último verão.
Desde a queda, em outubro de 2011, do regime de Kadhafi, após oito meses de revolta popular, os atentados se multiplicaram na Líbia, mas quase nunca eram reivindicados. Esses ataques visavam particularmente instalações militares, ou policiais, mas raramente a população civil, como aconteceu em Al Qoba.
(Com agência France-Presse)

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