Polícia identifica três suspeitos do ataque em Paris Segundo imprensa francesa, pelo menos um dos terroristas já era conhecido das autoridades, por ligação com grupo jihadista que recrutava jovens
Terrorismo
Polícia identifica três suspeitos do ataque em Paris
Segundo imprensa francesa, pelo menos um dos terroristas já era conhecido das autoridades, por ligação com grupo jihadista que recrutava jovens
Milhares de franceses se reúnem na Place de la Republique (Praça da República), em Paris, para homenagear as vítimas do ataque feito por homens armados e encapuzados que abriram fogo e mataram ao menos 12 pessoas na sede da revista Charlie Hebdo, nesta quarta-feira (07) - Georges Gobet/AFP
Os terroristas que perpetraram um ataque contra a revista satírica ‘Charlie Hebdo’ nesta quarta-feira, em Paris, deixando doze mortos e cinco feridos com gravidade foram identificados pela polícia, segundo a imprensa francesa.
Os responsáveis têm 18, 32 e 34 anos de idade. Os dois últimos são irmãos de nacionalidade francesa, nascidos em Paris, informou o jornal Metro em sua página em francês. O outro homem é da região de Reims.
Um dos terroristas era conhecido das autoridades, ainda segundo o jornal, e chegou a ser julgado em 2005 por fazer parte de um grupo jihadista que incitou jovens a combater no Iraque.
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Os suspeitos foram identificados durante uma operação policial de grandes proporções para localizar os três terroristas responsáveis pelo ataque à sede da revista, no qual homens mascarados e armados com fuzis AK-74 mataram dez jornalistas e dois policiais, e deixarem cinco feridos em estado grave. O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse que as autoridades estavam tomando todas as medidas "para neutralizar os três criminosos".
Segundo o jornal Le Monde, mais de 3.000 policiais foram mobilizados nas buscas, que também incluíram helicópteros e serviços de inteligência. Entre as vítimas identificadas estão o editor da revista e cartunista, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, e três outros cartunistas: Jean Cabut (que assinava como Cabu), Georges Wolinski e Bernard Verlhac (conhecido como Tignous). O redator e economista Bernard Maris, que contribuía para a Charlie Hebdo, também foi morto.
Multidões nas ruas – Horas depois do atentado, as ruas de Paris e de várias cidades da França foram tomadas por multidões em solidariedade às vítimas. Em Lyon, entre 10.000 e 15.000 pessoas foram às ruas; em Rennes, entre 13.000 e 15.000, em Toulouse, mais de 10.000, em Nantes e Estrasburgo, cerca de 5.000 pessoas, segundo o jornal Le Figaro.
A agência France-Presse fala em mais de 100.000 manifestantes em toda a França. Em outras cidades europeias, como Berlim e Londres, também estão ocorrendo vigílias em solidariedade à revista que foi alvo dos terroristas.
Em pronunciamento, o presidente François Hollande anunciou que esta quinta será um dia de luto nacional. “Ao meio-dia, um momento de silêncio será observado nos estabelecimentos públicos, as bandeiras ficarão a meio mastro durante três dias”, afirmou. “Nossa melhor arma é a nossa união. Nada pode nos dividir”.
Leitora folheia edição desta quarta-feira (07) da 'Charlie Hebdo'. A revista semanal de humor foi alvo de um ataque terrorista em Paris - Bertrand Guay/AFP
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