O Congresso em 2014: um ano para lembrar. E esquecer Das cassações de Vargas e Donadon à farsa na CPI, o Legislativo protagonizou momentos memoráveis – em meio a um recesso informal longo demais

O Congresso em 2014: um ano para lembrar. E esquecer

Das cassações de Vargas e Donadon à farsa na CPI, o Legislativo protagonizou momentos memoráveis – em meio a um recesso informal longo demais

Marcela Mattos, de Brasília
Sessão do Congresso Nacional para votar a manobra fiscal a que o governo recorreu para tentar fechar as contas deste ano
Sessão do Congresso Nacional para votar a manobra fiscal a que o governo recorreu para tentar fechar as contas deste ano (Ueslei Marcelino/Reuters)
No ano em que a Operação Lava Jato da Polícia Federal trouxe à tona a existência de um megaesquema de corrupção operado na Petrobras, o Congresso foi sacudido pelas delações premiadas decorrentes das investigações. Pelo menos 28 políticos foram citados, incluindo os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Mas o furacão provocado pelo petrolão não foi suficiente para demover os parlamentares do descanso auto-concedido ao longo de boa parte de 2014. O recesso informal teve início com a Copa do Mundo, em junho, e se estendeu praticamente até depois das eleições – ignorando uma extensa lista de matérias que aguardavam votação. Ainda assim, o Congresso foi palco de momentos memoráveis neste ano – embora o país preferisse esquecer muitas das cenas protagonizadas pelos parlamentares. A seguir, o melhor e o pior do Congresso neste ano que se encerra. 

Sete momentos do Congresso para lembrar

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Cassações de André Vargas e Natan Donadon

Depois de legitimar a figura do deputado presidiário, a Câmara dos Deputados corrigiu o erro e cassou, no início deste ano, o mandato de Natan Donadon (Sem partido-RO), preso desde 2013 por peculato e formação de quadrilha. A sessão foi a estreia do voto aberto para processos de perda de mandato – e, com os votos registrados no painel, dessa vez ninguém quis sair em defesa do colega. O mesmo aconteceu com André Vargas (Sem partido-PR), o primeiro parlamentar citado no petrolão. Apontado pela Polícia Federal como sócio do doleiro Alberto Youssef, o ex-petista recorreu a diversas manobras para fugir da cassação. Conseguiu arrastar ao processo ao longo de oito meses, mas foi cassado na última semana de votações do ano e, com isso, perdeu os direitos políticos por oito anos. 

Sete momentos do Congresso para esquecer

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Chantagem oficial

Ainda que sob protestos da oposição, o governo obteve aval do Congresso para aprovar a maquiagem na meta fiscal e permitir o descumprimento do patamar mínimo de economia para pagar juros da dívida pública, o chamado superávit primário. Por trás da bênção dos parlamentares, a oficialização da chantagem: após o adiamento da análise do projeto por causa da ausência da base, o governo editou decreto que condicionou a liberação d

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