Empresas chinesas visitam Tocantins em 2015; vice-governador tem reunião com equipe de Marcelo para apresentar projetos

Fabricantes de tratores, cimento e companhia de gás têm interesse em investir

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Luís Gomes
Da Redação

O vice-governador Tom Lyra (PR) apresentou à imprensa na tarde dessa terça-feira, 29, os resultados da viagem oficial à China, realizada neste mês. Conforme o representante do Palácio Araguaia, três empresas garantiram que irão visitar o Estado em 2015: a Shandong Foton Lovol, fabricante de tratores; Sinoma Internacional, de equipamentos de mineração e fabricação de cimento; e a Jereh, companhia de petróleo e gás.

Tom Lyra informou que tem reunião marcada nesta quarta-feira, 30, com representantes do governador eleito Marcelo Miranda (PMDB) para apresentar os resultados da viagem e tratar das visitas das companhias ao Estado, todas marcadas para 2015, primeiro ano de gestão do peemedebista. O vice-governador chegou a citar o nome de Eudoro Pedrosa, nome defendido para a pasta de Indústria e Comércio por empresários de Paraíso do Tocantins. “Quero contribuir com o governo, seja ele qual for, em prol do Tocantins”, ponderou.

Foto: Luís Gomes/CT/ 29.12.2014

Tom Lyra visitou oito empresas em três cidades

A agenda apresentada pelo vice-governador aponta que foram visitadas oito companhias em três cidades chinesas. Entre as empresas, a Cofco, importadora de grãos, demonstrou interesse em investir no Tocantins. Conforme o vice-governador, a indicação da senadora do Estado Kátia Abreu (PMDB) para o Ministério da Agricultura agradou o presidente da instituição. “Dá uma credibilidade”, disse Tom Lyra, que acrescentou: “A proposta é que eles [Cofco] façam os silos [de armazenamento] na rota da ferrovia e o Estado está disposto a ceder espaços. O atrativo maior é à saída do grão pelo porto de Santos e pelas possíveis hidrovias”, disse. A Chinatex, do mesmo setor, também recebeu o representante do Palácio Araguaia.

Tratores
Tom Lyra também destacou que após reunião com o presidente da Shandong Foton Lovol, conseguiu paralisar o processo de instalação da empresa no Paraná. A corporação é a maior fabricante de tratores da China. “A empresa, se instala a indústria em Palmas, vamos ter dois mil empregos. Não adianta montar no Paraná, onde toda a agricultura é mecanizada. Estamos mais perto do Norte e Nordeste e temos a vantagem de sair pelo porto”, argumentou o vice-governador, informando que representantes da companhia visitam o Tocantins depois do Carnaval de 2015.

Cimento
A Sinoma também visitará o Estado no ano que vem, no mês de março. A fabricante de cimento e equipamentos de mineração demonstrou interesse nas regiões ricas em calcário no Tocantins. O vice-governador afirmou que já conseguiu um parceiro brasileiro para a empresa. “O Tocantins precisa fomentar essas conexões”, defendeu.

Tom Lyra afirmou que a Jereh é a empresa mais próxima de investir no Tocantins. A companhia de petróleo e gás pretende ficar baseada na Capital, interessada nos incentivos concedidos pelo governo do Estado. O vice-governador apresentou o contato dos representantes da intuição, que já solicitaram informações sobre as burocracias de instalação em Palmas.

Por fim, Tom Lyra disse que começou diálogo com a China Shipping, especializada em logística. Conforme o vice- governador, a empresa exporta para o Brasil dois mil contêineres de mercadoria, que retornam vazios. O representante do Palácio Araguaia sugeriu que importassem soja do Tocantins. Ainda foi visitada a China Petroleum, empresa de produtos petroquímicos; e a Yafela Trading, companhia que presta serviços de prospecção de negócios, parceira do Estado.

Após apresentar as ações da viagem à China, Tom Lyra aproveitou para rebater as críticas feitas pelo senador Ataídes Oliveira (PSDB), que teria insinuado que a agenda no país foi de “férias”. “É a mentalidade pequena de político. Passei oito meses como vice-governador, dos quais quadro prospectando empresas”, afirmou.

Planejamento
Para concluir, o vice-governador defendeu que o Estado adote uma visão “apolítica” na questão econômica do Estado. “Nós do Tocantins temos que ter planejamento estratégico para futuro, não aquele que entra político e muda. Tem que ter uma linha, senão perde o cerne, a coluna dorsal do desenvolvimento econômico”, analisou Tom Lyra.