Em encontro com Putin, Hollande diz que é preciso "evitar outros muros" DA FRANCE PRESSE

Em encontro com Putin, Hollande diz que é preciso "evitar outros muros"

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O presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu neste sábado (6) com seu colega francês, François Hollande, o primeiro líder ocidental a visitar Moscou desde o início da crise na Ucrânia, enquanto Kiev anunciou novas negociações de paz com os rebeldes na próxima semana.
O encontro entre os dois líderes ocorre no momento em que o homem forte do Kremlin está isolado no cenário internacional, acusado pelos líderes ocidentais de colocar lenha na fogueira em um conflito que já deixou mais de 4.300 mortos em oito meses.
"Temos de evitar que outros muros nos separem. Em um determinado momento, também deveremos ser capazes de superar os obstáculos e encontrar soluções", disse o presidente François Hollande, 25 anos após a queda do Muro de Berlim, símbolo durante mais de vinte anos da divisão da Europa.
"Devemos encontrar soluções em conjunto e este é o momento", acrescentou o chefe do Estado francês, ao lado de Putin, em uma pequena sala do aeroporto de Vnukovo.
O presidente russo indicou, por sua vez, que "estes problemas são difíceis. Mas acredito que as nossas discussões terão resultados positivos. A sua visita hoje, mesmo que bastante curta, é uma verdadeira visita de trabalho, e resultará em avanços", acrescentou.
O encontro entre Putin e Hollande ocorre por iniciativa francesa.
Esta é a primeira vez desde o início da crise ucraniana que um líder ocidental visita a Rússia, alvo de pesadas sanções econômicas por seu envolvimento no conflito e suposto apoio aos rebeldes separatistas na leste da Ucrânia.
O líder francês apelou na sexta-feira em favor de uma desescalada no conflito, após um discurso do presidente russo, que acusou os ocidentais de serem responsáveis pela crise.
NEGOCIAÇÕES
Antes de chegar a Moscou, François Hollande se reuniu com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
O chefe do Estado ucraniano anunciou neste sábado um "acordo de princípio" para negociações de paz sobre a Ucrânia na terça-feira em Minsk.
A última reunião realizada em Minsk no início de setembro contou com a participação de líderes rebeldes, representantes russos, ucranianos e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
As novas negociações acontecerão no dia da entrada em vigor de um novo cessar-fogo na zona de guerra e que, se bem sucedido, será seguido por uma retirada das armas pesadas da linha de frente neste conflito.
Kiev espera que esta nova sessão permita alcançar um acordo sobre o calendário das ações no âmbito do plano de paz estabelecido em Minsk em setembro, segundo Poroshenko.
O plano de paz inclui a remoção das armas com calibre superior a 100 mm no prazo de 30 dias após o início da nova trégua para o estabelecimento de uma grande zona tampão de 30 km ao longo da linha de frente.
O cessar-fogo anterior, lançado em 5 de setembro, permitiu diminuir a intensidade dos combates sem contê-los completamente.
A crise diplomática entre o Ocidente e a Rússia é ainda mais complexa para a França, com outra questão espinhosa: a recusa de Hollande em entregar os navios de guerra Mistral vendidos para a Rússia enquanto a situação permanecer tensa na Ucrânia.
Questionado pela AFP na sexta-feira sobre esta questão, o ministro das Ralações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, mostrou irritação e disse: "É um problema de reputação da França. Eles devem cumprir todas as suas obrigações nos termos do contrato". 

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