Marcelo diz que vai valorizar companheiros na formação do governo e que espera que Sandoval possa “abrir as portas" para a transição

Marcelo diz que vai valorizar companheiros na formação do governo e que espera que Sandoval possa “abrir as portas" para a transição

“Não queremos perder tempo, o tempo está contra nós”, afirmou o governador eleito em coletiva de imprensa
Luís Gomes
Da Redação
Marcelo Miranda (PMDB) foi eleito governador neste domingo, 5, com 360.640 votos, ou 51,30% do total - 6,58 pontos percentuais a mais do que o atual chefe do Executivo, Sandoval Cardoso (SD), que tentava a reeleição. Sandoval recebeu 314.392 votos (44,72%).

O peemedebista, que volta ao Palácio Araguaia no dia 1º de janeiro de 2015, pela terceira vez, concedeu entrevista à imprensa, antes do final da apuração, que aconteceu às 21h24, mas as prévias já indicavam a vitória pela margem consolidada.

A entrevista contou com a presença da vice-governadora eleita, Cláudia Lelis (PV). Marcelo Miranda fez breve pronunciamento agradecendo aos eleitores, lembrou do aniversário de 26 anos do Estado e afirmou que a eleição deste ano foi “histórica”.

Marcelo também destacou a campanha da coligação “A Experiência Faz a Mudança”, que definiu como “propositiva” e que procurou levar a “verdade e a transparência”. “A vontade de estar trabalhando por este Estado é muito grande.

O importante agora é olhar para frente. O Tocantins está precisando de muita coisa para que a gente possa melhorar. E estou preparado. O governo agora não é governo de um só, é de todos os tocantinenses”, garantiu.

Foto: Luís Gomes/CT/ 05.10.2014
Marcelo Miranda diz que vai valorizar "os companheiros" na gestão estadual

Choque de gestão
Questionado sobre os principais focos de ação do próximo governo, Marcelo Miranda citou a saúde pública como prioridade. “No dia 1º de janeiro terá um choque de gestão. Vamos chamar uma equipe de técnicos para mudar a situação. Falta planejamento, falta gestão. Estou assumindo esse compromisso para voltar a termos uma saúde digna e respeitosa”, assegurou o peemedebista, acrescentando a intenção de manter investimentos na agricultura e no agronegócio.

O governador eleito disse que não tem nenhum nome definido para as secretarias de governo, mas revelou que vai prestigiar os aliados da coligação “A Experiência Faz a Mudança”. “Nós temos dois meses para sentar com o grupo que nos ajudou. Quero deixar bem claro a valorização dos companheiros nossos, que vai ser total”, garantiu o peemedebista, acrescentando que espera que o atual governo possa “abrir as portas para fazer uma transição”. “Não queremos perder tempo, o tempo está contra nós.”

Em relação aos processos que enfrentou e como deve agir com a possibilidade de responder novas ações, Marcelo Miranda limitou-se a dizer que venceu “o debate”. “Eu acredito que nós mostramos para sociedade que o mais interessante é o debate. Vencemos mais uma vez no voto. Vai ser respeitado definitivamente o voto popular do Tocantins. Ganhamos no TRE [Tribunal Regional Eleitoral], ganhamos no TSE [Tribunal Superior Eleitoral [TSE], e ganhamos no TJ [Tribunal de Justiça], agora não tem mais nada”, assegurou.

Histórico
Marcelo Miranda enfrentou diversas etapas para voltar ao posto que deixou em 2009, após ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por Recurso Contra Expedição de Diploma (Rced), movido pela extinta União do Tocantins e pelo ex-governador Siqueira Campos (PSDB).

A decisão do TSE tornou o peemedebista inelegível a partir do dia 1º de outubro de 2006, e assim, Marcelo Miranda não pode assumir a vaga ao Senado Federal ao qual foi eleito em 2010. Vicentinho Alves (SD) foi quem assumiu a cadeira em seu lugar.

Disputa no PMDB
Marcelo Miranda, liderando o grupo denominado “Autênticos”, enfrentou a crise interna do PMDB, quando disputou a legenda e a candidatura com o grupo do deputado federal Júnior Coimbra – que não foi reeleito nestas eleições -, que era presidente do PMDB e decidiu apoiar os candidatos a prefeito do Palácio Araguaia, em 2012, em Palmas - Marcelo Lelis, que foi vice do peemedebista até ter o registro negado pelo TSE - e em Araguaína - Ronaldo Dimas (PR).

Desde então o PMDB travou uma guerra interna, de inúmeras disputas judiciais e políticas, que só terminaram no dia 18 de junho, com uma intervenção da executiva nacional do partido, que homologou o nome de Marcelo Miranda para o governo e de Kátia Abreu para o Senado.

Decreto legislativo
O último obstáculo de Marcelo Miranda para conseguir a candidatura ao Palácio Araguaia nestas eleições foi a rejeição de suas contas de 2009 como governador, pela Assembleia Legislativa. O peemedebista conseguiu decisão liminar que suspendeu os efeitos do decreto legislativo. O Tribunal de Justiça entendeu que a Casa de Leis descumpriu a Constituição Estadual por não ter votado a matéria em dois turnos.

O ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral, ao deferir a candidatura de Marcelo Miranda no dia 11 de setembro, destacou a decisão liminar do TJ do Tocantins que suspendeu o decreto legislativo e argumentou que sua cassação em 2009 venceria no dia 1º de outubro, e assim, estava elegível. O parecer foi acompanhado por todo o Pleno. A mesma interpretação fez o TRE do Tocantins em 5 de agosto.

Eleição 2014
Marcelo Miranda foi eleito governador do Estado com 360.640 votos (51,30%), contra 314.392 (44,72%) do atual governador Sandoval Cardoso; 24.874 (3,54%) do senador Ataídes Oliveira (Pros); 1.873 (0,27%) do bancário Carlos Potengy (PCB); e 1.234 (0,18%) da advogada Eula Angelim (Psol).
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