Motorista diz à Polícia que era contratado do PMDB; na conta de um dos presos foram depositados R$ 1,5 milhão
Motorista diz à Polícia que era contratado do PMDB; na conta de um dos presos foram depositados R$ 1,5 milhão
Marco Antônio Jayme Roriz, 46 anos, um dos presos em Piracanjuba, afirmou em depoimento que caminhonete que utilizava foi alugada pelo partido
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Da Redação
Marco Antônio Jayme Roriz, 46 anos, um dos presos em Piracanjuba (GO), na quinta-feira, 18, era o motorista da da caminhonete Hillux para levar os R$ 507 mil sacados da Caixa Econômica Federal até o avião apreendido pelo Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc), de Itumbiara (GO). Em depoimento na delegacia, Roriz contou aos policiais que trabalha há um mês para o PMDB e que foi de avião até Goiânia pegar a Hillux, segundo ele, alugada elo partido, "no prédio ao lado do Hospital Lúcio Rabelo, onde a chave estava com o porteiro".
Segundo Roriz, Alex Câmara, coordenador no PMDB, mandou que ele levasse outro preso na operação e considerado pela Polícia líder do grupo, Douglas Marcelo Alencar Shimtt, de 39 anos, de Goiânia a Brasília pois "Douglas estava prestando serviços para o PMDB".
Fotos: SSP-GO/Divulgação | ||
A partir da esq., Douglas, apontado como líder; Lucas, como "laranja"; e Marco Antônio era o motorista |
O grupo chegou a Brasília por volta das 13h30. Duas horas depois de chegarem, Roriz disse que, orientado por Lucas, foi até o aeroporto para deixar a dupla. O motorista contou no depoimento que permaneceu no carro, já que voltaria para Goiânia, quando a Polícia se aproximou.
Mais de R$ 1,5 milhão
Lucas foi estagiário da empresa de Douglas, a Triple Construtora, onde os dois se conheceram. Ele mora em Porto Nacional há quatro anos e cursa o último período de Engenharia Civil do ITPAC, ganha R$ 525, possui uma motocicleta, sobrevive de ajuda da mãe e do estágio remunerado na Saneatins.
Segundo disse à Polícia, num almoço no dia 14, o ex-estagiário colocou sua conta à disposição de Douglas, que não explicou a razão do depósito ser feito em Goiás e soube apenas que o empréstimo foi feito numa factory de Brasília. No primeiro momento, Lucas disse ao delegado que o dinheiro teria vindo de uma fazenda no Pará.
Na terça-feira, 16, ele constatou ter R$ 1.505.900 em sua conta em Piracanjuba. A pedido de Douglas, ele transferiu R$ 400 mil para Triple; R$ 288 mil para um tal "Schineder"; e R$ 310 mil para a namorada de Douglas, identificada como "Laís". Foram sacados os R$ 507 mil apreendidos na mochila de Douglas e R$ 900 ficaram na conta de Lucas.
Relaxamento da prisão
Os quatro presos na operação – além dos três, o piloto Roberto Carlos Maya Barbosa, 48 anos – permanecem detidos no presídio de Piracanjuba. Ao jornal O Popular, de Goiânia, a advogada Natália Spadoni, que representa os suspeitos, informou que vai pedir relaxamento de prisão neste sábado, 20, para os quatro. O argumento da defesa é que houve um equívoco. “As acusações não procedem”, resumiu ela ao impresso goiano.
Na quinta-feira, 18, o candidato a governador Marcelo Miranda (PMDB) negou qualquer envolvimento com o caso.
O CT fez contato com a assessoria da coligação "A Experiência Faz a Mudança" e aguarda manifestação do grupo do ex-governador Marcelo Miranda.
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