É que as pesquisas internas estão mostrando um cenário em que o deputado federal Eduardo Gomes não empolga o eleitor, e já teria perdido a segunda posição na capital para o deputado estadual e candidato do Prós, Sargento Aragão.
Uma pista para a falta de ânimo dos próprios companheiros estaria na falta de recursos na campanha. Se João Ribeiro era pródigo em assumir despesas de pessoal e material dos seus maiores cabos eleitorais – os candidatos a deputado – Gomes está longe de conseguir dar o mesmo tratamento aos aliados.
“Ele está contando com a ajuda do Aécio, mas até agora nada”, me disse um governista hoje, mais cedo.
Só o nome, não dá
Já o deputado Iderval Silva expressou em alto e bom som o que outros colegas só pensam, e insinuam: “só colocar o nome não dá”. Em síntese: “ta faltando estrutura”na campanha do candidato a Senador.
A rejeição de Gomes na capital, onde começou na política com o mandato de vereador, também conta na avaliação do cenário.
Parêntese.
Antes da campanha começar, a deputada Luana Ribeiro promoveu uma festa de aniversário em sua chácara. Lá, um dos convidados afirma ter ouvido de Eduardo Siqueira um dos motivos para a escolha de Gomes. “Ele consegue colocar R$ 60 milhões na campanha”, teria dito o ex-secretário.
A quantia é assustadora, tendo em vista que no registro da candidatura, a chapa majoritária inteira afirmou que gastará R$ 25 milhões. Isto, em que pese informações de bastidores darem conta de que só Duda Mendonça custará R$ 26 milhões.
Fecha parêntese.
Nem o cheiro destes milhões, chegou à campanha.
A briga com Tom
Nos bastidores, fala-se em prazo limite para que Eduardo Gomes se mostre competitivo. Dia 15 de agosto.
Se a chapa governista entender que ele não decolará e poderá amargar um terceiro lugar, entrará em ação o plano B: não permitir que o candidato a Senador derrube o candidato a governador, pesando a chapa para baixo.
Aí, a saída seria substituí-lo.
Dia destes, no restaurante Cabana do Lago, em Palmas, Eduardo Gomes abordou seu ex-suplente, Tom Lyra, para tentar fazer com que ele retornasse à chapa na condição de segundo suplente.
Tom almoçava com um amigo e familiares e foi categórico: a única maneira de tê-lo de volta ao processo, seria a inversão dos papéis. “Faz assim: você desiste, eu te substituo na postulação ao Senado, você passa a ser meu suplente e eu faço com você o mesmo compromisso que você me propõe. Mais tarde eu me afasto para você assumir temporariamente”, teria dito Tom.
Gomes saiu sem a composição que foi buscar. Ao “empinar a carroça” e não aceitar ser rifado no processo, Tom Lyra parece ter tido as relações estremecidas também com o governador Sandoval Cardoso.
O PR de Dimas, saiu desprestigiado. Dependendo dos resultados do TRE esta noite ou no mais tardar amanhã, muitas coisas podem mudar no cenário político tocantinense.
Por hora, o desgaste continua. E as articulações fervem nos bastidores governistas.
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