Premiê da Ucrânia renuncia ao cargo em meio a crise política Arseni Yatseniuk anunciou decisão enquanto o país lida com um conflito armado com os separatistas pró-russos
Premiê da Ucrânia renuncia ao cargo em meio a crise política
Arseni Yatseniuk anunciou decisão enquanto o país lida com um conflito armado com os separatistas pró-russos
AFP
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou nesta quinta-feira sua renúncia, denunciando a dissolução da coalizão governamental no Parlamento, em plena crise econômica e em meio a um conflito armado com os separatistas pró-russos. "Eu anuncio a minha renúncia, dada a dissolução da coalizão parlamentar, o que bloqueia as iniciativas governamentais", declarou Yatseniuk, denunciando um "crime político e moral".
Pouco antes, o presidente da Assembleia, Olexander Turchynov, declarou que "a coalizão parlamentar 'Escolha europeia' deixou de existir no Parlamento", o que abre caminho para eleições antecipadas. Mais cedo, no início do dia, dois partidos políticos ucranianos, Udar, do ex-boxeador Vitali Klitschko, aliado do presidente Petro Poroshenko, e Svoboda (Liberdade, direita nacionalista) anunciaram sua retirada da coalizão governista.
O presidente Poroshenko, que prometeu eleições legislativas antecipadas logo após sua eleição, em 25 de maio, saudou a decisão dos dois grupos. "Esta atitude mostra que uma parte dos deputados não está agarrada aos seus assentos e está ciente do sentimento dos eleitores", ressaltou em um comunicado.
"Todas as pesquisas e todos os encontros com pessoas mostram que a sociedade deseja uma revisão completa do poder", continuou ele, citando o slogan preferido do Maidan, o movimento pró-europeu e anti-corrupção que derrubou em fevereiro o regime pró-russo do presidente Viktor Yanukovytch.
Muitos ex-aliados deste último seguem no Parlamento, incluindo os comunistas acusados de apoiar os separatistas pró-russos e cujo grupo parlamentar foi dissolvido nesta quinta-feira pelo presidente do Parlamento.
As eleições antecipadas devem permitir que o presidente Poroshenko constitua uma sólida maioria, capitalizando seu sucesso na eleição presidencial, onde recebeu quase 55% dos votos. No entanto, para dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas a Assembleia deve oficialmente constatar que o governo de coalizão deixou de existir depois de trinta dias e que neste período não pode ser reformulado.
Pouco antes, o presidente da Assembleia, Olexander Turchynov, declarou que "a coalizão parlamentar 'Escolha europeia' deixou de existir no Parlamento", o que abre caminho para eleições antecipadas. Mais cedo, no início do dia, dois partidos políticos ucranianos, Udar, do ex-boxeador Vitali Klitschko, aliado do presidente Petro Poroshenko, e Svoboda (Liberdade, direita nacionalista) anunciaram sua retirada da coalizão governista.
O presidente Poroshenko, que prometeu eleições legislativas antecipadas logo após sua eleição, em 25 de maio, saudou a decisão dos dois grupos. "Esta atitude mostra que uma parte dos deputados não está agarrada aos seus assentos e está ciente do sentimento dos eleitores", ressaltou em um comunicado.
"Todas as pesquisas e todos os encontros com pessoas mostram que a sociedade deseja uma revisão completa do poder", continuou ele, citando o slogan preferido do Maidan, o movimento pró-europeu e anti-corrupção que derrubou em fevereiro o regime pró-russo do presidente Viktor Yanukovytch.
Muitos ex-aliados deste último seguem no Parlamento, incluindo os comunistas acusados de apoiar os separatistas pró-russos e cujo grupo parlamentar foi dissolvido nesta quinta-feira pelo presidente do Parlamento.
As eleições antecipadas devem permitir que o presidente Poroshenko constitua uma sólida maioria, capitalizando seu sucesso na eleição presidencial, onde recebeu quase 55% dos votos. No entanto, para dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas a Assembleia deve oficialmente constatar que o governo de coalizão deixou de existir depois de trinta dias e que neste período não pode ser reformulado.
Quando essas condições forem atendidas, o presidente pode convocar as legislativas, a serem realizadas dois meses depois. Udar e Svoboda apoiam este projeto, enquanto que um terceiro grupo, a mais importante formação da atual coalizão, o partido Batkivchtchina (Pátria) de Yulia Tymoshenko, se opõe.
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