EXPERIÊNCIA QUER TRAZER MUDANÇA DE PODER-COM A EXPERIÊNCIA É MISTER QUE NÃO SE REPITAM OS ERROS E VÍCIOS ADMINISTRATIVOS

07/07/14 09h0707/07/14 10h55

Sob tensões internas e ameaça de questionamentos judiciais, Marcelo Miranda consegue registrar sua candidatura a governador


Depois de muitas tensões internas, o PMDB conseguiu registrar a candidatura do ex-governador Marcelo Miranda ao Palácio Araguaia, com o deputado estadual Marcelo Lelis (PV) de vice, e da senadora Kátia Abreu à reeleição. A chapa majoritária composta por PMDB, PV, PT e PSD leva o nome de "A Experiência Faz a Mudança". Marcelo é líder das pesquisas de intenção de voto, goza de grande simpatia popular e tem a seu favor o profundo desgaste do siqueirismo. Contudo, a ameaça de questionamento pode prejudicar seus planos de voltar ao Palácio Araguaia.

Governador por dois mandatos (2003-2006/2007-2009), Marcelo foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2009, por um Recurso Contra Expedição de Diploma (Rced), movido pela finada União do Tocantins e pelo ex-governador Siqueira Campos (PSDB). A cassação tornou Marcelo inelegível por oito anos a contar do dia da eleição de 2006, que foi em 1º de outubro. Essa data pode ser decisiva para livrar o peemedebista da inelegibilidade. Segundo seus advogados, como a eleição deste ano ocorrerá no dia 5 de outubro, Marcelo terá condições de concorrer porque sua pena terá vencido no dia 1º.

Foto: Divulgação
Kátia, Dulce, Marcelo e Lelis, no TRE, para registro das candidaturas no sábado


Contudo, ainda que se livre da cassação pelo Rced, Marcelo enfrentará a rejeição de suas contas de 2009 pela Assembleia Legislativa. Esse fato e a não aplicação dos recursos constitucionais na Educação são duas ocorrências que levaram o Tribunal de Contas do Estado (TCE) a incluir o nome do ex-governador na lista de gestores com contas irregulares, o que pode levar à inelegibilidade. Os advogados dele garantem que ainda assim Marcelo não estará inelegível porque não houve dolo na rejeição das contas, mas erro formal.

O candidato a vice-governador, Marcelo Lelis, também deve enfrentar problemas com a Justiça Eleitoral. Ele foi condenado em junho por abuso de poder econômico, devido gasto excessivo com cabos eleitorais e distribuição de gasolina nas eleições de 2012, quando o parlamentar concorreu à Prefeitura de Palmas. Lelis também poderá, por isso, ter a candidatura questionada pelo Ministério Público Eleitoral.

A Experiência Faz a Mudança

Governador: Marcelo Miranda (PMDB)
Vice-governador: Marcelo Lelis (PV)
Senadora: Kátia Abreu (PMDB)
1º Suplente: Donizeti Nogueira (PT)
2º Suplente: Bispo Guaracy (PSD)
DISPUTA INTERNA PELO PMDB

Além dos problemas jurídicos, Marcelo teve que enfrentar uma intensa e desgastante disputa interna com o grupo do deputado federal Júnior Coimbra para realizar sua convenção e registrar-se como candidato a governador. Coimbra era presidente do PMDB e decidiu apoiar os candidatos a prefeito do Palácio Araguaia, em 2012, em Palmas - Marcelo Lelis, hoje vice do peemedebista - e em Araguaína - Ronaldo Dimas (PR).

Desde então o PMDB vem numa guerra interna, de inúmeras disputas judiciais e políticas, que só terminaram no dia 18 de junho, com uma intervenção da executiva nacional.

INSATISFAÇÃO DOS FEDERAIS

Quando tudo caminhava para um início de campanha sem atritos, ainda que com o PMDB dividido pela massacrante vitória sobre os coimbristas, uma nova crise começou a rondar a coligação. Os candidatos a deputado federal querem a retirada da candidatura da ex-primeira-dama do Estado Dulce Miranda (PMDB). Na avaliação deles, a presença dela e a do deputado federal Irajá Abreu (PSD), filho da senadora Kátia Abreu, desequilibra a disputa e deixa poucas chances de outro nome - que não seja das duas famílias que encabeçam a majoritária - conseguir chegar à Câmara.

Os federais avaliam que a coligação conseguirá duas vagas, e, numa possível sobra de votos, talvez tentar uma terceira.

A insatisfação já fez o ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB) desistir de disputar vaga para federal. Osvaldo Reis, Freire Júnior, Carlos Gaguim e Josi Nunes também demonstram, internamente, incômodo com a situação. Várias reuniões ocorreram semana passada com Marcelo, Kátia e com o ex-secretário de Infraestrutura Brito Miranda. Contudo, os Miranda mantiveram o nome de Dulce.

Além da questão da competitividade, federais do grupo ouvidos pelo blog apontam uma questão moral: "Como vamos discutir uma nova postura na política do Estado com o candidato a governador lançando a esposa e candidata a senadora lançando o filho? Podemos criticar a familiocracia do clã Siqueira Campos, que falávamos que teria renunciado para beneficiar o filho [Edaurdo Siqueira Campos]? Mas o Eduardo não disputa o governo, mas membros da família Miranda e Abreu, sim", avaliou um dos instafisfeitos, que preferiu não ser identificado. 

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