O Diário Oficial desta segunda-feira, 23, trouxe a exoneração do diretor de Arte e Cultura, José Bulhões Padilha (J. Bulhões), da coordenadora de Arte e Cultura, Juliane Almeida Gomes e do coordenador dos Editais de Cultura da Fundação Cultural, Cláudio Nogueira Carneiro (Kaká Nogueira). Em ato continuo, o governador Sandoval Cardoso (SD) nomeou o músico Toninho Borges para assumir a Diretoria de Arte e Cultura.
As exonerações acontecem após uma série de reclamações e críticas da classe artística sobre a falta de apoio e estrutura por parte da Secretaria de Educação Cultura do Estado (Seduc). Uma das reclamações da classe é a não homologação de editais de cultura referentes ao ano passado. Na última semana a classe chegou a enviar ao governador uma carta aberta solicitando a homologação dos processos.
Retaliação
Em entrevista ao T1 Notícias nesta terça-feira, 24, o ex-coordenador dos Editais da Cultura, Kaká Nogueira, disse que a exoneração é um ato de censura e retaliação a declarações feitas à imprensa por parte dos gestores. “É um ato de censura e retaliação, que vem após os gestores defenderem a classe artística, que tem uma luta legal e legitima. O Estado do Tocantins está atrasado em relação a todos os estados da Federação no que diz respeito à cultura”, disse o ex coordenador que completou afirmando ainda que o ato de exoneração "é um recado do que pode vir nos próximos anos".
Segundo Kaká os artistas não reclamam dos editais de cultura (de seu conteúdo), mas da não homologação dos mesmos. “A classe reclama da não homologação e não dos editais. Os editais estão corretos, mas os artistas querem a homologação, querem receber e eles tem razão”, destacou. Nogueira, que é servidor efetivo do Estado, disse que apesar da exoneração deve continuar o trabalho junto aos editais. “Me tiraram do cargo comissionado, que eu não pedi, mas sou servidor efetivo e darei continuidade ao meu trabalho”, concluiu.
Outras reclamações
Reclamações dos artistas quanto à falta de espaço para exposição de obras, quanto ao desvio na utilização da estrutura que deveria atender a classe e quanto a falta de um presidente na Fundação Cultural foram relatadas pelo T1 Notícias. Confira:
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