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Leste europeu
EUA sinalizam novas sanções contra a Rússia
Em conversa telefônica entre Joe Biden e Petro Poroshenko, o vice-presidente americano afirmou que se Moscou não colaborar, sofrerá represálias
Soldado pró-Rússia fica de guarda do lado de fora do Banco Nacional da Ucrânia após a apreensão do edifício em Donetsk, ao leste do país; A ação é uma tentativa de ganhar controle sobre seus ativos (Daniel Aniel MihailescuI/Reuters)
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se comprometeu nesta quarta-feira com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, a promover novas sanções contra a Rússia, se o Kremlin não colaborar para o fim da crise no leste da Ucrânia. Os EUA trabalharão com seus parceiros internacionais para impor futuras sanções contra a Rússia, se Moscou não interromper o fluxo de armas e combatentes através da fronteira com a Ucrânia. Washington também quer que a Rússia exerça sua influência sobre os separatistas para que acabem com a violência e abandonem a luta armada, explicou a Casa Branca em comunicado.
Em uma conversa telefônica com Poroshenko, Biden o cumprimentou pela decisão de declarar o cessar-fogo unilateral e a interrupção temporária da luta armada contra os separatistas pró-Rússia no leste e sudeste do país. O Departamento de Estado americano também aprovou a intenção do governo ucraniano de conceder anistia aos separatistas que renunciarem à luta armada voluntariamente.
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Com seu anúncio, Poroshenko freou as intenções da Rada Suprema (o Parlamento ucraniano) de votar ontem mesmo um pedido ao chefe de Estado para que declarasse a lei marcial em Donetsk e Lugansk, as duas regiões rebeldes declaradas independentes da Ucrânia pelos pró-russos.
Ao menos 40 pessoas morreram em combates entre tropas ucranianas e milícias no Aeroporto de Donetsk, na Ucrânia - Ivan Sekretarev/AP
A aposta de dar uma nova chance para a paz chegou justo depois de uma conversa telefônica entre Poroshenko e Putin, a primeira entre os dois sem a mediação dos líderes ocidentais, como tinha ocorrido durante as comemorações do 70º aniversário do Dia D, o desembarque na Normandia das tropas aliadas na II Guerra Mundial. Poroshenko, que não detalhou quando ordenará a interrupção das ações militares às suas tropas, disse que o cessar-fogo será breve, um período no qual as milícias ilegais deverão entregar suas armas e para que os que desejarem deixar o país.
Conflitos – Os combates no leste da Ucrânia prosseguem mais fortes depois que os insurgentes pró-Rússia se negaram a depor as armas como exigiram ontem à noite as autoridades em Kiev, informou nesta quinta o exército ucraniano. O porta-voz da operação antiterrorista, Vladislav Selezniov, informou à agência russa Interfax do início da fase ativa da ofensiva na cidade de Krasni Limán da região de Donetsk, bastião da sublevação pró-russa.
“Os guerrilheiros se negaram a depor as armas, por isso que as forças que participam da operação antiterrorista estão reforçando suas posições a fim de cercar ao inimigo”, explicou. Selezniov acrescentou que o exército repeliu ontem à noite a um grupo de rebeldes que tentou romper o cerco das tropas perto da cidade de Slaviansk, palco de encarniçadas escaramuças há meses afirmou que no curso da noite passada não houve baixas mortais entre as fileiras das Forças Armadas.
Enquanto isso, os russófilos da região de Donetsk denunciaram ataques pelas tropas contra as cidades de Séversk e Artiómovsk da região de Donetsk. Os militares ucranianos “estão metralhando a cidade de Zakótnoye, a cidade de Séversk. Os insurgentes respondem com fogo, se está livrando um encarniçado combate com o uso de armamento pesado por parte das tropas”, disse um porta-voz dos pró-Rússia. Segundo os testemunhos dos insurgentes, o pânico tomou a cidade e os vizinhos dos bairros residenciais se refugiam nos porões de suas casas.
Cronologia dos protestos na Ucrânia
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A recusa ucraniana - 29 de novembro
O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich (esq), ao lado do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz
A União Europeia (UE) não conseguiu convencer a Ucrânia a assinar um acordo selando sua aproximação com o Ocidente, em função da pressão de Moscou, o que constitui uma derrota para os europeus. No final da terceira cúpula da Parceria Oriental entre a UE e seis ex-repúblicas soviéticas - Ucrânia, Geórgia, Moldávia, Bielo-Rússia, Armênia e Azerbaijão - os resultados foram aquém do esperado. Somente Moldávia e Geórgia assinaram o acordo. O presidente ucraniano Viktor Yanukovich explicou que, antes de firmar um acordo, Kiev necessita "de um programa de ajuda financeira e econômica" da UE. "Não se pode, tal e como quer o presidente ucraniano, pedir que paguemos para que a Ucrânia entre nesta associação", retrucou François Hollande, presidente da França. Saiba mais sobre por que UE e Rússia querem tanto a Ucrânia.
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(Com agência EFE)
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