A Copa que não saiu do papel Enquanto a presidente Dilma Rousseff celebra o legado do Mundial para o país, brasileiros contabilizam as obras prometidas e aquelas que sequer vão usufruir

Infraestrutura

A Copa que não saiu do papel

Enquanto a presidente Dilma Rousseff celebra o legado do Mundial para o país, brasileiros contabilizam as obras prometidas e aquelas que sequer vão usufruir

Andressa Lelli
Estação do VLT em frente ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon em Cuiabá (MT)
Estação do VLT em frente ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon em Cuiabá (MT) (Felipe Frazão/Veja.com)
Com uma cerimônia morna, o Brasil abriu na tarde desta quinta-feira a Copa do Mundo 2014 – sete anos após ter sido escolhido para sediar o evento. E se a seleção brasileira estreou com vitória contra a Croácia no Mundial, não há motivos para celebração quando o assunto é a infraestrutura, que já se mostrava um dos maiores desafios para o Brasil. O tão propalado "legado da Copa" parece mais restrito aos discursos da presidente-candidata Dilma Rousseff, que não economiza na celebração – esquecendo-se das muitas obras que não entregou, e das que o fez às custas de muito dinheiro desperdiçado. Nesta sexta-feira, Dilma agradeceu aos brasileiros por transformarem o "sonho" da Copa em realidade. Segundo ela, o mais difícil da realização do evento "foi vencido" e os desafios foram superados.
Ainda que os estádios tenham sido entregues, mesmo que muitos aos 45 minutos do segundo tempo, havia muito mais a ser feito para que hoje os brasileiros pudessem, de fato, preocupar-se apenas com o futebol. Diversos, fatores, contudo, contribuíram para o contrário:  o governo demorou dois anos para apontar as doze cidades escolhidas para sediar o evento. Em São Paulo, a indefinição em torno do estádio da Copa durou quatro anos. Além disso, problemas burocráticos e disputas políticas atrasaram a liberação de linhas de crédito para os projetos. Cada cidade teve um prazo médio de cinco anos para iniciar e concluir as obras, mas muitas delas sequer saíram do papel – algumas por decisão dos próprios governos locais –, e outras sequer sairão. Confira a seguir o legado de que o Brasil não vai usufruir.

Não ficou pronto para a Copa...

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Salvador (BA) - Aeroporto Deputado Luís Eduardo Magalhães

As obras do terminal de passageiros foram interrompidas e o cronograma será redefinido somente após o término da Copa, segundo a Infraero. A torre de controle também não foi concluída e a instalação do sistema pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão da Aeronáutica, só poderá ser feita após a conclusão.


... e nem ficará

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Porto Alegre (RS) - BRT da Avenida Assis Brasil

O projeto da Bus Rapis Transit (BRT) que seria implantado na capital gaúcha foi deixado de lado porque uma linha de metrô seria construída nesta região.

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