Justiça autoriza mãe a importar remédio de maconha

Justiça autoriza mãe a importar remédio de maconha

A medicação é importada ilegalmente por Katiele Fischer para tratar convulsões da filha, de 5 anos

REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL
03/04/2014 21h18 - Atualizado em 03/04/2014 21h23
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Katiele Fischer com a filha de 5 anos, em frente ao Congresso Nacional. Ela lutava pelo direito de importar legalmente o medicamento à base de maconha que controla as convulsões da menina (Foto: Divulgação)
O juiz Bruno César Bandeira Apolinário, da 3ª Vara Federal do Distrito Federal, autorizou uma mãe a importar um remédio com princípio ativo do canabidiol, uma das substâncias derivadas da maconha. O medicamento não tem venda permitida no Brasil, e é importado ilegalmente por Katiele Fischer para tratar crises convulsivas da filha, de 5 anos.
Com base na melhora da menina com otratamento alternativo e com o aval dos médicos, o magistrado decidiu proibir a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de impedir a importação do medicamento. Mas destaca que a decisão só vale para o caso específico.
Na decisão, o juiz ressaltou que ao liberar o uso do canabidiol para a garota, não está fazendo apologia ao uso terapêutico da maconha ou à liberação para qualquer fim, no Brasil. “Neste momento, pelos progressos que a autora [menina] tem apresentado com o uso da substância, com uma sensível melhora na qualidade de vida, seria absolutamente desumano negar-lhe a proteção requerida”, afirmou.

Conheça o caso
Katiele Fischer é mãe de Any, de 5 anos, que nasceu com uma doença rara, denominada encefalopatia epiléptica infantil. Desde os primeiros anos de vida, a criança tem dificuldades no desenvolvimento motor, evoluindo com retardo mental.
Esgotados os tratamentos convencionais, com indicação médica, os pais recorreram a um tratamento alternativo com uso do canabidiol, substância extraída da planta Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha.  Com o tratamento, a menina não teve mais crises convulsivas, cuja frequência variava de 30 a 80 vezes por semana.
 
A mãe com suas duas filhas: Júlia e Any, diagnosticada com encefalopatia epiléptica infantil (Foto: Divulgação)
Apesar do sucesso no tratamento, os pais têm que importar o medicamento ilegalmente dos Estados Unidos, onde o canabidiol é legalizado e usado no tratamento terapêutico de doenças. No Brasil, a Anvisa não permite a comercialização.

A história da família foi contada no no documentário “Ilegal”, de Tarso Araujo e Raphael Erichsen, que foi lançado no final de março. Assista:

M.R.

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