Favoritos denunciam irregularidades em eleições presidenciais-ESTILO SIQUEIRA CAMPOS

feganistão

Favoritos denunciam irregularidades em eleições presidenciais

Mais de 1.300 reclamações devem ser analisadas por Comitê Eleitoral

Mulheres afegãs votam em um colégio eleitoral de Cabul para escolher o sucessor do presidente Hamid Karzai
Mulheres afegãs votam em um colégio eleitoral de Cabul para escolher o sucessor do presidente Hamid Karzai (SHAH MARAI/AFP)
Os três favoritos na disputa presidencial no Afeganistão denunciaram neste domingo irregularidades e fraudes graves nas eleições realizadas neste sábado, embora tenham saudado o entusiasmo dos eleitores que compareceram em massa às urnas, mesmo com as ameaças dos talibãs. Mais de 1.300 reclamações foram apresentadas, muitas delas ligadas à falta de cédulas e ao atraso na abertura de seções de votação. O comitê encarregado de receber as queixas disse que o prazo vai até a meia-noite de segunda-feira. Depois disso, as reclamações serão analisadas pela Comisão Eleitoral do país.
Dos treze milhões de aptos a votar, mais de sete milhões de afegãos foram às urnas, o dobro do comparecimento registrado na eleição presidencial de 2009. A previsão é que a contagem de votos dure uma semana antes que os resultados sejam divulgados. Se nenhum dos oito candidatos conseguir mais de 50% dos votos, haverá um segundo turno, provavelmente no dia 28 de maio. O processo vai indicar o sucessor de Hamid Karzai, que ocupa o poder há 12 anos, depois de vencer os pleitos de 2004 e 2009 em meio a suspeitas de fraude.
Esta primeira transferência de poder de um presidente afegão eleito democraticamente para outro é considerada uma prova decisiva para um país que deverá demonstrar sua estabilidade quando não contar mais com as forças da coalizão em seu território, o que deverá ocorrer no final deste ano. O grande comparecimento às urnas é visto como um indicativo de que o talibã já não tem mais capacidade de afundar o país no caos quando as tropas estrangeiras voltarem para casa.
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O Conselho de Segurança da ONU elogiou a "valentia dos afegãos que votaram, apesar das ameaças e da intimidação dos talibãs e de outros grupos extremistas e terroristas". A Casa Branca, por sua vez, disse que as eleições representam outro marco importante na tomada completa de responsabilidade por parte dos afegãos de seu país".
Talibã – "Foi um grande dia para a democracia no Afeganistão", declarou neste domingo Zalmai Rasul, um dos três favoritos da disputa, em uma coletiva de imprensa em Cabul. Mas o ex-ministro das Relações Exteriores, considerado o candidato do presidente Karzai, acrescentou que "evidentemente, ocorreram problemas em alguns locais". Apesar de não ter dado detalhes sobre quais foram os problemas, ele alertou que a votação não deve ser distorcida. "Um presidente eleito por meio de fraude não será aceito no Afeganistão".
Outro candidato, Ashraf Ghani, ex-ministro das Finanças, enumerou problemas similares. "Recebemos informações de fraudes graves em vários lugares. Tudo foi listado e será transmitido ao comitê para ser investigado", escreveu Ghani no Twitter.
Além disso, Abdullah Abdullah, o terceiro favorito nestas eleições que contam com oito aspirantes, classificou a eleição de grande sucesso, embora tenha estimado que não esteve "isenta de irregularidades".
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Mortes – Um caminhão que transportava cédulas de votação foi destruído neste domingo por uma bomba de fabricação caseira na província de Kunduz (norte), deixando três mortos, segundo a polícia local. O chefe da seção local da comissão eleitoral independente, Amir Amza Ahmadzai, confirmou o incidente, mas ressaltou que as cédulas já haviam sido contabilizadas.
O Ministério do Interior afirmou que quase 200 pessoas, sendo 176 integrantes do Talibã, foram mortas durante a votação de sábado em conflitos armados por todo o país. Outras 75 pessoas ficaram feridas em choques com as forças de segurança que protegiam o processo eleitoral. Durante esses enfrentamentos, também foram mortos quatro civis e doze policiais, e foram confiscadas quase cem minas terrestres. Além disso, as autoridades detiveram a 31 pessoas relacionadas com episódios de fraude.
(Com agências France-Presse e EFE)

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