DEU A LÓGICA SATÂNICA E MAQUIAVÉLICA DE SIQUEIRA,SACRIFICAR TODO O ESTADO DO TOCANTINS POR EDUARDO SIQUEIRA

Sem grupo, João sai menor que entrou: deu a lógica governista pragmática
Siqueira e Eduardo abrem com a dupla renúncia a se confirmar nas próximas horas, um leque de possibilidades. E João Oliveira saiu num ato afirmativo da confiança que não mereceu para ficar...
Autor: Roberta Tum
João Oliveira: abrindo o caminho para Eduardo
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O anúncio da renúncia do vice-governador João Oliveira – sem justificativa – deu a partida no que deverá ser um processo bastante barulhento nos próximos 30 dias no Tocantins.

O argumento da fidelidade  reforçado na carta - “fui eleito neste grupo e permaneço com ele até o fim” - soa exatamente o avesso do que pretendeu dizer. Infelizmente.

Digo infelizmente por que quem conhece a simplicidade do ex-vice-governador sabe que ele não é uma pessoa ruim. Mas terminando assim como encerrou sua participação no governo só prova a realidade fria dos fatos: tinha um grupo, foi indicado por ele a vice-governador, abandonou-o e agora tem que construir sua história em outro grupo.

A renúncia é um gesto. Um preço caro a pagar. Veremos como será sua participação nestas eleições, já que o passo dado pelo grupo governista, afastando Oliveira e nas próximas horas confirmando a renúncia (ou desincompatibilização, como queiram) de Siqueira é de um pragmatismo sem tamanho.

Explico. Caso Siqueira ficasse no governo até o último dia, como chegou a afirmar várias vezes que o faria nos últimos meses, engessaria suas possibilidades e eliminaria a chance do filho, ex-senador Eduardo Siqueira Campos de disputar qualquer mandato eletivo.

Como se sabe, Siqueira caminha para o fim da sua carreira política. Tudo que fez desde a escolha de Marcelo Miranda no lugar de Brito Miranda, ou Darci Coelho, ou Raimundo Boi, naquele 2006, foi para chegar neste momento: o de transferir o bastão a Eduardo, herdeiro do seu nome e pretende-se, do seu espólio político.

O ato portanto tem a lógica dos fatos.

Abrindo um leque de possibilidades

Conversando com fontes do grupo de Siqueira é possível compreender a amplitude do passo dado ontem e dos atos que se seguirão nesta sexta-feira, 4 e amanhã, sábado, 5.

Se permanecesse no governo, Siqueira só poderia ser candidato à reeleição. Suas limitações no exercício do cargo, dado o avançado da idade e da saúde são bastante conhecidas e impeditivas.

Fora dele Siqueira pode ser candidato ao que quiser, inclusive a governador. Mas aventa-se uma candidatura ao Senado como uma alternativa forte e difícil de ser batida. Uma espécie de voto de gratidão tomaria conta do eleitorado dando a ele vitória fácil, por exemplo sobre Kátia Abreu, acreditam os governistas.

Será? O tempo dirá.

Eduardo Siqueira, por sua vez tem dito que só teria interesse em disputar o governo do Estado. No entanto há sinais em tudo que se escuta nos bastidores, de que não é bem assim.

Com a saída de Siqueira, Eduardo pode ser candidato a seis cargos: deputado estadual, deputado federal (que já foi), suplente de Senador, Senador, vice-governador e governador.

A amigos o ex-senador tem afirmado que só descarta totalmente a suplência do Senado. No mais, fará o que for preciso pela sobrevivência política do grupo. Mas é evidente que trabalha o próprio nome ao governo, seu sonho, acalentado mais fortemente nos últimos três anos. “Só se não estiver no meu destino”, já disse.

Eduardo não disputará indireta

A legislação é clara: em caso de dupla vacância dos cargos de governador e vice, caberá ao presidente da Assembléia Legislativa ocupar interinamente o governo e chamar nova eleição, que deve ser realizada em até 30 dias da última renúncia.

Aventa-se a possibilidade de que Eduardo e não Sandoval Cardoso dispute o governo na Assembléia. Votos para elegê-lo o governo afirma ter, contados e recontados.

Pelo que conheço do ex-secretário, desde os tempos de prefeito de Palmas, isso não ocorrerá. Por mais que a imagem de Eduardo no meio político possa ser a de quem se aproveita de toda e qualquer oportunidade para facilitar o caminho, o conceito que ele faz de si mesmo, com certeza é melhor do que este. E um homem é aquilo que acredita ser. 

O sonho do governo para Eduardo Siqueira é o de uma vitória afirmativa nas urnas, pela via direta. Buscar a via indireta para então buscar se reeleger o diminuiria.

Por isso, arrisco, o candidato é Sandoval Cardoso.

Aí vale voltar ao começo desta reflexão.

João Oliveira de fato abriu mão de ser o que foi eleito para ser, beneficiando o fortalecimento de outro líder.

O barulho vai ficar por conta dos questionamentos que a oposição com toda certeza fará. Nas redes sociais já começa a se falar em “golpe”.

É uma precipitação, já que por hora, tudo que o grupo governista está fazendo está absolutamente dentro da legalidade.

Numa eleição indireta, qualquer um pode ser candidato.

E a história se repete como farsa...

O que chama a atenção é que o Tocantins passou por isso numa circunstância histórica, que ninguém foi capaz de programar. A justiça eleitoral protelou o julgamento do Rced de Marcelo Miranda e acabou provocando o pleito indireto previsto para acontecer nos dois últimos anos de mandato.

Agora, de fato, com outra eleição indireta, a história se repete através de uma manobra.

O que a carta de João Oliveira não responde claramente e que isso sim, o diminui como político, são os motivos que ele teve para tanto. Onde se abre comentários sobre o assunto, é só o que se lê: dúvidas.

Sacrifício em nome do grupo? Em nome de quê? Por que Oliveira não poderia ser governador, legitimamente?

O que fica no ar é que faltou confiança de Siqueira em João. Algo que já estava escrito. Coube a Oliveira, no ato da saída, comprovar sua fidelidade. Como vai na carta.

Práticos, Siqueira e Eduardo estão usando da melhor maneira possível o espaço político e as brechas da lei. Vão compor com toda certeza a chapa mais competitiva que as pesquisas qualitativas e quantitativas indicarem.

Neste final de semana, primeiro do mês de abril, a oposição é quem dá voltas em torno de si mesma para encontrar os meios de reagir nos próximos dias.

O governo, marcou gol de placa. E João, o goleiro escalado para este momento, mudou de time lá atrás e vazou a bola.

Por mais que afirme o contrário,o ex-vice dependerá do comando Siqueirista para qualquer futuro político que pretenda ter.

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