ATÉ QUE ENFIM O ESTADO DO TOCANTINS ESTÁ LIVRE DE UM HOMEM MAL E PACTUADO COM SATAN. GLÓRIAS A DEUS!
Siqueira Campos anuncia renúncia ao cargo de governador e caminho está aberto para Eduardo disputa eleição de 2014
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- Momento de decisão
Confira a íntegra da mensagem de renúncia do vice-governador João Oliveira
Era o quarto mandato do governador Siqueira Campos, que voltou a comandar o Palácio Araguaia depois de uma histórica disputa judicial contra o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB). Após o rompimento da União do Tocantins, o poderoso grupo siqueirista que comandou o Tocantins por quase duas décadas - com pequeno intervalo de quatro anos entre 1990 a 1994 -, Marcelo Miranda migrou para o PMDB e, em 2006, disputou a reeleição com seu ex-aliado Siqueira, que perdeu, mas ingressou com um Recurso Contra Expedição de Diploma (Rced), acusado o adversário de abuso de poder econômico, político e de uso dos meios de comunicação.
Durante todo o período de 2007 a 2009, Siqueira se recolheu em Brasília para acompanhar o andamento do recurso e nunca deixou de afirmar que voltaria ao governo. Por conta da ação judicial, em julho de 2009 Marcelo foi cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não como os siqueiristas gostariam. Porque em setembro daquele ano, o então governador do PMDB foi afastado pela Corte Eleitoral, contudo, com previsão de eleição indireta na Assembleia e não posse do segundo colocado, Siqueira, como esperavam os utistas.
Foto: Arquivo/ATN
Governador Siqueira Campos durante a posse janeiro de 2011
Com o afastamento de Marcelo, assumiu o então presidente da Assembleia, Carlos Gaguim (PMDB), que foi eleito governador ainda em 2009 numa eleição indireta no Legislativo.
Sem o cargo de volta, Siqueira viu vários aliados deixá-lo para se unir ao novo governo. Gaguim ficou com o apoio de quase todos os deputados estaduais, inclusive, com a maioria dos utistas na Assembleia.
Houve, então, uma pressão para que Siqueira também se aliasse a Gaguim, na época já afastado de Marcelo Miranda, e disputasse a vaga de senador. Em várias ocasiões, o líder utista avisou a quem quisesse ouvir: "Não quero cargo, quero de volta o que meu foi roubado, o governo do Estado".
UMA NOVA BATALHA
Então, Siqueira iniciou uma nova batalha. Depois da judicial, a eleitoral. A primeira aliada em torno de uma candidatura dele a governador em 2010 chegou logo depois da posse de Gaguim no Palácio Araguaia, a senadora Kátia Abreu (PMDB). Na época, descontente com a divisão das secretarias por Gaguim, ela também optou pela oposição ao governo e foi abandonada pelos aliados na Assembleia. Para Kátia ser recebida, Siqueira aceitou extinguir o nome histórico União do Tocantins e se criou a coligação Tocantins Levado a Sério.
Em abril de 2010, o grupo em torno de Siqueira Campos se fortaleceu com o apoio anunciado pelo senador João Ribeiro (PR). Depois alguns deputados estaduais, como Marcelo Lelis (PV), também voltaram à base do que um dia foi a UT.
Numa campanha marcada por denúncias contra o governo Gaguim, Siqueira venceu com uma diferença de mísero 1 ponto percentual, ou cerca de 7 mil votos.
COBRANÇAS E CRÍTICAS
No governo, já nos primeiros meses começaram as cobranças sobre a promessa de transformação do Estado, e não demorou muito para as críticas aparecerecem. Sentindo-se esquecidos por Siqueira, aliados históricos do grupo se afastaram. O governador reclamava da situação financeira que teria herdado de dois governos do PMDB e chegou em determinado momento, em 2012, quer apenas "um gerente de folha".
Em setembro do ano passado, foi a vez de a senadora Kátia Abreu também anunciar que estava aderindo à oposição. Ela deixou o PSD, que passou para o comando do filho, o deputado federal Irajá Abreu, e ingressou no PMDB.
A renúncia de Siqueira tem o objetivo certo de criar condições jurídicas para que seu filho, o ex-secretário estadual de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos (PTB) dispute o governo Estado.
Aliados ainda acreditam na possibilidade de Siqueira disputar a vaga de senador. Se não se confirmar, esse mandato pode ser o último do líder tucano, após mais de 50 anos de vida pública, iniciada em Colinas, em 1965, quando se elegeu vereador. Em 1966 foi eleito deputado federal, cargo para o qual foi reeleito sucessivas vezes até 1988, quando, depois de encabeçar a luta pela criação do Tocantins, se tornou o primeiro governador do novo Estado. Ficou até 1989, foi eleito governador novamente em 1994 e reeleito em 1998. Naquele ano também renunciou ao mandato para disputar as eleições.
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