Leste europeu Soldados russos tomam usina de gás na Ucrânia Kiev ameaça retaliar invasão de usina em Strilkove, cidade próxima à Crimeia


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Soldados russos tomam usina de gás na Ucrânia

Kiev ameaça retaliar invasão de usina em Strilkove, cidade próxima à Crimeia

Homens armados, supostamente militares russos, marcham fora de uma base militar ucraniana na aldeia de Perevalnoye perto da cidade de Simferopol, na região da Crimeia
Homens armados, supostamente militares russos, marcham fora de uma base militar ucraniana na aldeia de Perevalnoye perto da cidade de Simferopol, na região da Crimeia (Thomas Peter/Reuters)
Pelo menos 80 soldados russos desembarcaram de helicópteros neste sábado para tomar uma usina de gás natural no território ucraniano, além da fronteira regional da Crimeia, relatou Kiev ao jornal The New York Times. O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia emitiu uma declaração dizendo que o país “se reserva o direito de utilizar todas as medidas necessárias" para impedir o que chamou de "a invasão militar por parte da Rússia".
A usina fica na cidade de Strilkove, numa delgada península do Mar Negro que pertence à Ucrânia. No final da tarde desde sábado, tropas ucranianas foram deslocadas para o local.  Um porta-voz do Pentágono disse que as autoridades americanas não confirmaram a incursão e não tinham comentários a fazer. A ação da Rússia na planta de gás é até agora a mais provocativa desde que suas forças entraram na Crimeia, há duas semanas. O avanço das tropas russas acontece um dia antes do referendo – considerado ilegal por Estados Unidos e Europa – para decidir se a Crimeia será anexada pelo governo de Moscou.

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Intervenção e veto – A Rússia irá considerar os “inúmeros pedidos para intervir no leste da Ucrânia e proteger os civis pacíficos" após os confrontos observados na região, afirmou o Ministério de Relações Exteriores do país. Neste sábado, a Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que pedia que os países não reconhecessem o resultado do referendo deste domingo. A resolução, elaborada pelos Estados Unidos, foi derrotada por treze votos contra um, com a abstenção da China. A única incerteza com relação à votação era se a China também vetaria a proposta ou se absteria, isolando Moscou politicamente. (Continue lendo o texto)
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Em Sevastopol, funcinários arrumam local de votação para o referendo do dia 16/03/2014
Em Sevastopol, funcinários arrumam local de votação para o referendo do dia 16/03/2014 - AFP
Um dia antes, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, havia afirmado que o país não tinha planos sobre uma ação militar no leste da Ucrânia, mas se reservou ao direito de proteger a população da região. Segundo ele, a Rússia acredita que o novo governo de Kiev não está controlando a situação na maioria das cidades onde a população é de etnia russa. O país argumenta que tem a obrigação de proteger os seus cidadãos na Crimeia, depois que milhares de soldados fortemente armados – usando uniformes sem identificação – ocuparam a península.
Protestos em Moscou – Moscou teve neste sábado o maior protesto da oposição em quase dois anos, quando milhares de pessoas tomaram as ruas para se manifestarem contra a política de Putin na Ucrânia. Houve também manifestações a favor nas ruas da capital russa. A maioria dos russos aprova as ações de Putin e acredita que a Crimeia é parte da Rússia. Mas uma minoria está com medo, temendo que Putin esteja se arriscando a começar uma guerra.

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Apesar de menores que os protestos que ele enfrentou depois das eleições parlamentares de 2011, as manifestações deste sábado, que testemunhas dizem que chegou a reunir 30.000 pessoas, é um sinal que a intervenção na Ucrânia pode significar um marco no movimento de oposição, que perdeu muita força.

(Com agência Reuters)

Cronologia dos protestos na Ucrânia

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A recusa ucraniana - 29 de novembro

O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich (esq), ao lado do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz
A União Europeia (UE) não conseguiu convencer a Ucrânia a assinar um acordo selando sua aproximação com o Ocidente, em função da pressão de Moscou, o que constitui uma derrota para os europeus. No final da terceira cúpula da Parceria Oriental entre a UE e seis ex-repúblicas soviéticas - Ucrânia, Geórgia, Moldávia, Bielo-Rússia, Armênia e Azerbaijão - os resultados foram aquém do esperado. Somente Moldávia e Geórgia assinaram o acordo. O presidente ucraniano Viktor Yanukovich explicou que, antes de firmar um acordo, Kiev necessita "de um programa de ajuda financeira e econômica" da UE. "Não se pode, tal e como quer o presidente ucraniano, pedir que paguemos para que a Ucrânia entre nesta associação", retrucou François Hollande, presidente da França. Saiba mais sobre por que UE e Rússia querem tanto a Ucrânia.

História: Ucrânia, um país com um histórico de tragédias

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