O CASTIGO DOS MEXICANOS SOB A FORÇA DOS CICLONES
A fúria dos ciclones no México
por Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz
por Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz
Dois
mares se encresparam em fúria e castigam o México em uma das mais raras e
avassaladoras confluências de fenômenos meteorológicos: do Pacífico
veio o ciclone Manuel; do Atlântico, o Ingrid. O resultado foram
tempestades tropicais que chegaram ao chão com a marca de até 900 litros
de água por metro quadrado no período de apenas um dia. Na sexta-feira
20 as autoridades do governo mexicano estimavam em 130 o número de
mortos no país e contabilizavam pelo menos 250 mil desabrigados. Em
Acapulco, cerca de 60 brasileiros, entre estudantes e grupos de
excursões, ficaram ilhados.
Sempre que a natureza se insurge no México, vem a seus habitantes o
pesadelo de terremotos e erupções de vulcões, como os que mataram
aproximadamente 9,5 mil pessoas em 1985. Uma notícia de esperança, ou
melhor, de não desespero, foi dada por meteorologistas e pesquisadores
de clima na própria sexta-feira: Manuel e Ingrid perdiam força. Mas a
garantia mesmo desse prognóstico somente os oceanos guardam.
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