Foi baixaria total", lamenta moradora do prédio do vice-governador; segundo ela, foram 40 minutos de gritaria ouvida até nos elevadores

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Moradora do mesmo prédio que o vice-governador João Oliveira, na 106 Norte, em Palmas, ligou para o blog para contar o que ela e os demais vizinhos ouviram na noite dessa domingo, 29, quando a senadora Kátia Abreu e seu filho, o deputado federal Irajá Abreu, ambos do PSD, foram até o edifício para tirar satisfação com o ex-aliado. A mulher, que preferiu não se identificada, disse que foi "uma baixaria total". "Espero que a 'política' do ano que vem não seja a baixaria que vi lá ontem [domingo] à noite", disse ela.

De acordo com a moradora, as agressões verbais ao vice-governador começaram por volta das 20 horas, assustando todos os vizinhos. "Eu já estava deitada quando comecei ouvir os gritos. A princípio, pensamos que era uma briga de marido e mulher", contou.

Ela disse que, com a gritaria, seu filho acordou e começou a chorar. "Todo mundo escutava, uma baixaria total. Temos dois elevadores e até dentro deles as pessoas escutavam a gritaria toda", afirmou.

A moradora disse que Kátia mandava João Oliveira "calar a boca" e o chamava a todo instante de "traidor". Segundo ela, os gritos saíam pelas janelas e o vice-governador chegou a fechá-las, mas não adiantou. "Todo mundo continuava escutando tudo", contou.

Ela ainda lembrou que o deputado Irajá Abreu também gritava "você é um traidor, traiu minha mãe, traiu a gente".

Toda a gritaria durou cerca de 40 minutos, de acordo com a moradora. Ela contou que várias autoridades residem no prédio, inclusive, o próprio Irajá. Outros são os também deputados federais Eduardo Gomes (PSDB) e Nilmar Ruiz (PEN); o deputado estadual Osires Damaso (DEM) e a ex-presidente da Fundação cultural de Palmas Kátia Maia. "Por isso, estou ligando para você. Porque é um absurdo autoridades se comportarem dessa forma, com tanta baixaria. Não estamos preparados para ouvir as baixarias que ouvimos de autoridades", lastimou a moradora.