COMO SÃO OS HOMENS DE CONFIANÇA DE SIQUEIRA!

Governo exonera presidente do Igeprev depois que operação da PF liga Villas Boas a quadrilha de doleiro

No lugar dele à frente do órgão está o presidente da Agência de Fomento
Da Redação

O governo do Estado exonerou, em portaria publicada na sexta-feira, 27, Rogério Villas Boas Teixeira de Carvalho do cargo de presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev). No mesmo diário oficial, Siqueira Campos (PSDB) designou Rodrigo Alexandre Gomes de Oliveira, presidente da Agência de Fomento do Estado do Tocantins S.A. para exercer, cumulativamente, a presidência do Igeprev.

Apesar de a exoneração publicada constar que esta se deu “a pedido”, a imprensa vem atribuindo a saída de Villas Boas do cargo a suposto envolvimento do ex-gestor em operação da Polícia Federal, que investiga desvio de recursos públicos de fundos de previdência em dez estados. Os desvios seriam realizados por suposta quadrilha comandada pelo doleiro Fayed Traboulsi.

Em seu blog, na quinta-feira, 26, o jornalista Mino Pedrosaafirmou: “As operações Elementar e Miquéias da Polícia Federal alcançaram o estado do Tocantins. A empresa do doleiro Fayed recheou com pagamentos de cartão de crédito e deposito na conta bancária do presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev), Rogério Villas Boas. A polícia Federal está atuando em duas frentes, primeiro são as “piabas”, agora, deve aparecer os tubarões que estavam em contato com o doleiro Fayed”, disse.

Foto: Cleber Toledo/CT
Rogério Villas Boas foi exonerado na sexta-feira
Ainda na publicação, Pedrosa afirma que para a PF, o doleiro é o comandante do esquema, havendo “várias provas” contra ele. “O doleiro tem estreitas relações com a classe política e empresarial em todo Brasil, que vem desde as operações de cambio ocultas para a lei”, destacou.

Dados divulgados pelo jornal Correio Brasiliense, apontam que o esquema supostamente utilizado pela quadrilha, incluia o uso de mulheres para atrair prefeitos e gestores de fundos previdenciários efetuarem aplicações em fundos de investimentos falidos controlados pela quadrilha.

Fayed Traboulsi foi preso, juntamente com dois delegados, um agente aposentado da Polícia Civil, no dia 19, na Operação Elementar, da PF, que cumpriu cinco mandados de prisão preventivas e 13 temporárias expedidos pela 8ª Vara Criminal e pela Justiça Federal. De acordo com a publicação, a primeira tentativa de investigar o grupo foi em 2008, com a Operação Tucunaré, que acabou frustrada por vazamentos e interferências de integrantes da própria organizações criminosas.

Ainda conforme as publicações, a polícia fez apreensões de documentos em Goiás e Distrito Federal. No primeiro Estado, a quadrilha teria desviado dinheiro de fundos previdenciários em 17 municípios. A quadrilha, apontam os noticiários, teria desviado mais de R$ 300 milhões no período de um ano e meio meses.

CT entrou em contato com o governo do Estado que reafirmou, por meio da Agência Tocantinense de Notícias (ATN), que a exoneração de Villas Boas ocorreu a pedido. Não há qualquer manifestação sobre a vinculação com o suposto envolvimento do presidente na operação policial.

Irregularidades
Nos últimos meses, têm sido frequentes as denúncias de entidades e até parlamentares do Estado sobre possíveis irregularidades cometidas na gestão do Igeprev. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) chegou a encaminhar ao Ministério da Previdência Social (MPS), em junho, um ofício solicitando abertura de processo administrativo para apurar possíveis irregularidades na alocação e aplicação de recursos do Fundo de Previdência. Para o sindicato, as supostas irregularidades podem ter levado a um “rombo profundo nas contas do Fundo”.

As entidades classistas chegaram a se reunir com o ministro Garibaldi Alves, em Brasília, para expor a situação. Lideranças sindicais das diversas categorias de servidores públicos do Tocantins pediram a intervenção no Igeprev.

O Sintet defende que o Igeprev vem acumulando prejuízos com operações de risco realizadas e a liquidação de operadoras que trabalhavam com dinheiro do instituto.

A Assembleia Legislativa chegou a aprovar requerimento do deputado Sargento Aragão (PPS), que pede audiência pública para discutir a situação do instituto de previdência dos servidores.

Em agosto, Rogério Villas Boas, seu chefe de gabinete, Hélio Aguiar, e o superintendente Edson Santana Matos, rebateram as críticas. Na ocasião, eles garantiram ao Blog do Cleber Toledo que o órgão responsável pelas aposentadorias e pensões dos servidores públicos estaduais vive hoje uma situação financeira "extremamente confortável", mas admitiram possibilidade de prejuízos em algumas operações.

Eles negaram falta de transparência e Villas Boas afirmou que o instituto estava estudando como reaver todos os recursos investidos em papéis da corretora BVA, liquidada pelo Banco Central. Na ocasião, ele ainda disse que "todas as medidas" estavam sendo tomadas para evitar prejuízos ao Igeprev.

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