O Solidariedade, partido novo, articulado no Estado sob a influência nacional do deputado federal Eduardo Gomes, parece vir mesmo para abrigar o lado “B” do grupo que já sabe que ficará com o governo ano que vem na disputa eleitoral.
Integrado inicialmente pelo grupo de ex-prefeitos entre os quais estão Silvino, de Tocantínia, Valtenis de Santa Fé, Tazinho de Arapoema, o lado “B” tornou-se opção para nomes fortes como Sandoval Cardoso, que vai deixar o PSD, Vicentinho Alves, que deixa o PR e outras cartas na manga.
Após o rompimento do governo com a senadora Kátia Abreu(PSD), crescem os rumores de que João Oliveira fica com governo e deixa o grupo da senadora para apoiar o secretario Eduardo Siqueira Campos ano que vem. Este será um capítulo explosivo da política tocantinense caso se confirme com todas as tintas.
Mas uma coisa é certa: a sucessão de Siqueira, com Eduardo candidato, passa obrigatoriamente por João Oliveira. Ele é peça fundamental no xadrez.
Isto por que a solução jurídica mais tranquila para que o ex-senador dispute a sucessão do pai é que Siqueira se afaste em abril do ano que vem e entregue o governo a Oliveira.
Sendo assim, a segunda peça do jogo, que se posiciona forte no cenário é o deputado estadual Sandoval Cardoso. Numa conversa com ele há alguns meses, perguntei qual era seu desejo, sua ambição na política. E ele respondeu que era permanecer na Assembléia, disputar reeleição.
Sandoval Senador
Presidente da Casa, Sandoval é de fundamental importância desde o controle da pauta, até a mediação de crises. Mas o que vai se desenhando no cenário é outra coisa: Sandoval senador na chapa de Eduardo.
Por mais que nos bastidores o que se ouça falar seja numa chapa “Eduardo/Eduardo”, com o Siqueira ao governo e o Gomes ao Senado, o conjunto de forças que se somam em torno do presidente da Assembléia, vai se encarregando de leva-lo direto à majoritária.
No final de semana de amplas movimentações, não passou desapercebido o movimento do governo para tentar resgatar Freire Jr., que desembarca nesta segunda-feira no PV, fortalecendo a sigla de Marcelo Lélis. A intenção de Freire é ir à Câmara Federal. Num telefonema, Kaká Nogueira, super secretario da Infra estrutura ainda tentava demovê-lo da idéia no sábado. Não conseguiu.
Os esforços do grand time de articuladores que move as peças para fortalecer o projeto de Eduardo continuam e nas próximas horas vão definir a primeira prévia: a que acontece até dia 5. No contraponto não se vê na oposição grandes movimentações.
No projeto, dois objetivos: articular o maior número de lideranças e isolar a senadora Kátia Abreu, que permanece segundo lugar em todas as pesquisas de intenção de voto, faltando um ano para as eleições.
Como se vê, grandes emoções para os próximos dias. Anotem aí e acompanhem: as duas peças com poder que podem mudar o jogo de 2014 são João Oliveira e Sandoval Cardoso.
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