Patrícia SaturnoDa Redação
Após o governador Siqueira Campos (PSDB) reintegrar aos quadros da Polícia Militar do Tocantins o major Luís Chaves do Vale e o cabo Geovane Alves dos Santos, demitidos da corporação em janeiro, os dois participaram nesta quinta-feira, 22, de uma reunião com Siqueira e o secretário de Relações institucionais, Eduardo Siqueira Campos. Em entrevista ao
CT nesta sexta-feira, 23, Major Chaves falou sobre o encontro e enalteceu o “senso de justiça” de Siqueira e Eduardo.
Ao invés da demissão, Siqueira Campos determinou outras medidas disciplinares aos dois PMs, de maneira que Geovane retornou à ativa e Chaves foi reformado. Segundo explicou, simplificando, a reforma representa uma espécie de aposentadoria antecipada, onde ele não volta ao trabalho, porém, não deixa de ser major, passando a receber um salário de acordo com a sua contribuição previdenciária. Em resumo, há redução salarial, mas ele destaca que esta punição não se compara à demissão.
Segundo Chaves, na reunião desta quinta, eles agradeceram a “anistia administrativa” que lhes foi concedida . “O governador entendeu que a pena [demissão] era muito severa. Nós agradecemos o senso de justiça deles [Siqueira e Eduardo]”, destacou. Chaves fez questão de enfatizar que quando se deu a demissão, ele e o cabo Geovane estavam “apenas defendendo os direitos da categoria”.
“Nós não temos qualquer ressentimento. Buscaremos agora, junto ao governo, mais benefícios e conquistas para os militares”, disse ele. Conforme o major reformado, na reunião, o secretário de Relações Institucionais sinalizou que as progressões dos militares vai ser implementada e que o governo vai analisar a possibilidade de anistiar outros “companheiros” que foram demitidos da corporação.
“O atual governo, na pessoa do Eduardo, já concedeu muitos benefícios à PM, como as promoções de 2011 e 2012”, defendeu. “Vamos continuar lutando. O momento é de estreitar o diálogo para buscar mais benefícios, inclusive a tão sonhada progressão”, finalizou.
EntendaEles foram demitidos da corporação da Polícia Militar do Tocantins por decisão do chefe do Estado Maior da Polícia Militar, Coronel Gilberto Nogueira da Costa, quando, na condição de presidentes da Associação dos Cabos e Soldados do Estado (ACS-TO) e da Associação dos Policias e Bombeiros Militares do Estado (ASPBMETO), respectivamente, o cabo Geovane e o major Luís Chaves assinaram uma carta aberta, enviada aos deputados estaduais do Tocantins, na qual os militares afirmavam que “os parlamentares que votaram a favor dos projetos de Lei, que modificaram a estrutura da Polícia Militar, seriam declarados persona non grata dentro dos quartéis”.
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