OS DINOSSAUROS DA IMPRENSA TÊM MEDO DA MÍDIA NINJA,A NOVA MÍDIA DO BRASIL- A MÍDIA SEM CORTES E CORRUPÇÃO
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Em textos divulgados nas redes sociais, acusam a organização de agir como uma "seita" e de promover uma escravidão "pós-moderna" por não remunerar artistas em eventos que são patrocinados com dinheiro público.
O alvo direto dos ataques é o Fora do Eixo (Fde), organização mais ampla responsável pelo Mídia Ninja --os integrantes são os mesmos--, mas com foco maior em produção de eventos culturais.
Surgido há cerca de dez anos, tem presença declarada em 200 cidades. Em várias, há casas coletivas, onde moram e trabalham seus integrantes. Só no ano passado, o grupo movimentou R$ 13 milhões, entre festivais de arte e consultorias.
Um dos depoimentos mais fortes é o da jornalista Laís Bellini, que morou no ano passado na principal casa da organização, no centro de São Paulo. Ali, conviveu com Pablo Capilé, 34, fundador do Fde, a quem chama de "rei" de uma "ditadura monárquica" que promove o "escravismo mental e financeiro" da "seita".
Em texto publicado no Facebook, Bellini afirma que, sem receber salário, era submetida a uma carga intensa de trabalho, incluindo afazeres domésticos, que, apesar da promessa de "horizontalidade", não incluíam os líderes do Fde.
Ela diz que a organização lhe deve R$ 4.500, dívida que inclui passagem aérea comprada com o cartão de crédito de sua mãe.
Ela acusa ainda o Fde de usar a estratégia de "catar e cooptar": militantes orientados a seduzir potenciais integrantes do grupo.
"Essas conversas acontecem em reunião e ali é definido o nome da pessoa que vai partir pra cima", diz ela.
OUTRO LADO
Em entrevista à Folha ontem, Capilé disse que se trata de "críticas radicais" e de uma "soma de exceções" e que há muito mais pessoas envolvidas com o Fde --cerca de 2.000, segundo ele-- do que detratores.
O ativista e produtor cultural nega que haja personalismo em torno dele e do Fde. Como exemplo, diz que o Mídia Ninja tem vida própria, com a maioria dos colaboradores de fora do grupo.
Capilé diz que a casa é aberta. "Isso é invenção, não existe uma orientação por parte do movimento sobre com quem as pessoas têm de se relacionar."
Sobre o dinheiro cobrado por Bellini, ele admite que "tem erro" e diz que é a favor da remuneração de artistas.
10/08/2013
-
03h40
Grupo Mídia Ninja é chamado de 'seita' por ex-integrante
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FABIANO MAISONNAVE
DE SÃO PAULO
De franco-atirador a vidraça. Alçado à fama durante os protestos pela
cobertura ousada e hostil à polícia, o grupo Mídia Ninja passou a ser
alvo de duras críticas nos últimos dias por ex-integrantes e
ex-colaboradores.
DE SÃO PAULO
Em textos divulgados nas redes sociais, acusam a organização de agir como uma "seita" e de promover uma escravidão "pós-moderna" por não remunerar artistas em eventos que são patrocinados com dinheiro público.
O alvo direto dos ataques é o Fora do Eixo (Fde), organização mais ampla responsável pelo Mídia Ninja --os integrantes são os mesmos--, mas com foco maior em produção de eventos culturais.
Surgido há cerca de dez anos, tem presença declarada em 200 cidades. Em várias, há casas coletivas, onde moram e trabalham seus integrantes. Só no ano passado, o grupo movimentou R$ 13 milhões, entre festivais de arte e consultorias.
Um dos depoimentos mais fortes é o da jornalista Laís Bellini, que morou no ano passado na principal casa da organização, no centro de São Paulo. Ali, conviveu com Pablo Capilé, 34, fundador do Fde, a quem chama de "rei" de uma "ditadura monárquica" que promove o "escravismo mental e financeiro" da "seita".
Em texto publicado no Facebook, Bellini afirma que, sem receber salário, era submetida a uma carga intensa de trabalho, incluindo afazeres domésticos, que, apesar da promessa de "horizontalidade", não incluíam os líderes do Fde.
Ela diz que a organização lhe deve R$ 4.500, dívida que inclui passagem aérea comprada com o cartão de crédito de sua mãe.
Ela acusa ainda o Fde de usar a estratégia de "catar e cooptar": militantes orientados a seduzir potenciais integrantes do grupo.
"Essas conversas acontecem em reunião e ali é definido o nome da pessoa que vai partir pra cima", diz ela.
OUTRO LADO
Em entrevista à Folha ontem, Capilé disse que se trata de "críticas radicais" e de uma "soma de exceções" e que há muito mais pessoas envolvidas com o Fde --cerca de 2.000, segundo ele-- do que detratores.
O ativista e produtor cultural nega que haja personalismo em torno dele e do Fde. Como exemplo, diz que o Mídia Ninja tem vida própria, com a maioria dos colaboradores de fora do grupo.
Capilé diz que a casa é aberta. "Isso é invenção, não existe uma orientação por parte do movimento sobre com quem as pessoas têm de se relacionar."
Sobre o dinheiro cobrado por Bellini, ele admite que "tem erro" e diz que é a favor da remuneração de artistas.
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