SE OS GENERAIS DO BRASIL TIVESSEM CORAGEM DILMA E LULA E TODO O PSDB ESTARIAM NA CADEIA E A JUNTA MILITAR COMANDARIA O BRASIL
'Morsi não promoveu mudanças reais,
O povo do Egito voltou às ruas para derrubarem o governo eleito.
Os militares tiraram do poder o presidente e afastaram do governo o movimento que sustentava o líder, a Irmandade Muçulmana.
“As cenas na Praça Tahrir foram de comemoração, de muita felicidade, de vitória. Uma celebração que pareceu outra revolução, quase como o dia que Hosni Mubarak foi derrubado. Se você andasse pelo Cairo, veria as pessoas tocando as buzinas, soprando suas vuvuzelas, fogos de artifício no ar. Eram cenas de alegria por todo o país. As pessoas sentiram que por meio de uma mobilização de massa e do grande protesto que culminou no dia 30 de junho, certamente o maior protesto da história do Egito, com milhões de pessoas nas ruas. Naquele dia se conseguiu a deposição de um presidente que foi eleito democraticamente, mas que estava cada vez mais agindo como um líder autocrático”.
A Primavera Árabe refloresceu em um de seus berços, o Egito. O povo voltou às ruas, insatisfeito com os resultados obtidos na revolta inicial, dois anos atrás, e empurrou as forças armadas para derrubarem o governo eleito há apenas um ano. Os militares tiraram do poder o presidente Mohamed Morsi e afastaram do governo o movimento que sustentava o líder, a Irmandade Muçulmana.
Foi justamente a influência crescente da Irmandade Muçulmana, junto com a persistência de uma crise econômica, que levou os egípcios às ruas de novo, revelando um segundo capítulo na Primavera Árabe.
Os adversários acusavam a irmandade de querer implantar um regime religioso no Egito com base nas leis islâmicas. Apesar da maioria muçulmana na população, os governos sempre mantiveram um grau razoável de separação entre estado e religião.
“O ex-presidente Morsi cometeu erros significativos. Ele agiu como se quisesse ‘fatiar o bolo’ deixado por Mubarak, e não chegou a promover as mudanças reais, que é o que a revolução busca. Por isso acabou caindo”, diz o jornalista Sharif Abdel Kouddous.
Apesar da pressão das ruas e do ultimato militar para que as forças em conflito se entendessem, o presidente insistiu em não deixar o cargo. Alegou que a recém-aprovada nova constituição do Egito lhe dava garantias de permanecer no posto até o fim do mandato.
Diante da intensidade dos protestos de rua agora, os generais ameaçaram: ou o governo se entendia com as partes envolvidas ou os militares se dispunham a intervir. O alto comando militar, nomeado por Morsi, decidiu que era hora de remover o governo, afastar a Irmandade Muçulmana do poder, suspender a constituição e prometer eleições para breve.
Espalhou-se nas ruas do Cairo e também de outras cidades egípcias um movimento contrário ao da Praça Tahrir, formado, neste caso, pelos que apoiavam o governo. De cada lado, milhares de pessoas expressavam sua vontade com vigor. O Egito rachou, mas o golpe veio. Os egípcios agora aguardam a reação dos que perderam no confronto pelo poder. Festa nas ruas, mas preocupação com o futuro imediato. Uma revolução popular que recomeça, e ao mesmo tempo um golpe militar.
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