RUSSOS COMUNISTAS MENTEM E CAUSAM TERROR NA SÍRIA
Mundo islâmico
Síria não recebeu mísseis de defesa russos, dizem jornais
Após jornal libanês sugerir que Bashar Assad afirmou ter recebido mísseis antiaéreos, imprensa russa cita fonte militar que diz ser incerta entrega este ano
Mísseis russos S-300, do tipo que teria sido enviado à Síria - Vladimir Mashtin/AFP
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A afirmação de Assad teria sido feita durante uma entrevista à rede de televisão Al Manar, do grupo xiita Hezbollah. Mas quando o programa foi ao ar, na noite desta quinta, a resposta do ditador ao ser questionado sobre a entrega dos sistemas de defesa prometidos por Moscou não foi clara. Assad se limitou a dizer que "todos os acordos com a Rússia serão cumpridos e uma parte já foi cumprida recentemente". A afirmação, aparentemente interpretada pela imprensa libanesa como uma confirmação de que o regime sírio recebeu um carregamento inicial dos mísseis, não faz sentido segundo militares ouvidos pelos jornais russos, que põem em dúvida a entrega dos armamentos ainda este ano.
De acordo com o jornal Vedomosti, o fato de Moscou ter se recusado a cancelar o envio dos S-300 ao regime de Assad oficialmente não significa que as provisões chegarão a ser completadas, apontou o analista consultado pela publicação russa. Além disso, a fonte – mantida em anonimato – fez questão de ressaltar que o número de S-300 previstos no contrato entre Rússia e Síria não permitirá a Damasco salvar suas instalações de bombardeios aéreos da Otan ou de Israel, se estes vierem a ocorrer.
"A entrega de seis S-300 previstos em um contrato assinado em 2010 só irá ocorrer no segundo trimestre de 2014", escreveu o Kommersant. Além disso, serão necessário seis meses para formar funcionários sírios e realizar testes de mísseis antes que este sistema se torne operacional, frisou o jornal.
Ouvido pela agência Interfax, o general Anatoli Korkunov, ex-chefe do Estado-Maior das Forças Aéreas russas disse que "se levarmos em conta o tamanho do território sírio, veremos que seriam necessários entre 10 e 12 sistemas S-300. Estes permitiriam cobrir com garantias todo o país". Assad, portanto, precisaria do dobro de baterias antiaéreas do que o contrato dos mísseis S-300 prevê.
Intervenção – A Rússia defendeu na terça-feira passada a entrega a Damasco dos sofisticados sistemas de defesa, equipados com mísseis terra-ar capazes de interceptar em voo aviões de combate ou mísseis teleguiados. A promessa russa ocorreu poucos dias depois da União Europeia ter anunciado a suspensão do embargo sobre a entrega de armas aos rebeldes sírios, medida criticada por Moscou.
O governo do presidente Vladimir Putin, parceiro militar da Síria, disse por meio do vice-ministro de Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, que a decisão da União Europeia serviria para "jogar lenha na fogueira" e, para criar um "fator de estabilização" do conflito, iria enviar os mísseis do sistema de defesa como forma de desestimular uma intervenção estrangeira no conflito sírio.
Ameaças a Israel – Na entrevista à TV libanesa, o ditador Bashar Assad também ameaçou Israel, dizendo que responderá a qualquer ataque futuro em seu território. No início deste mês, os israelenses realizaram ataques aéreos ao território sírio para impedir a transferência de armas para o Hezbollah, grupo terrorista libanês que apoia o regime de Bashar Assad e que poderia ameaçar a integridade de seu país. A Síria considerou o ataque como uma “declaração de guerra”.
O ditador também sugeriu que pode dar início a novos conflitos nas Colinas de Golã, região que tem se mantida estável nos últimos 40 anos. Segundo Assad, há uma forte “pressão popular” para que ele dê início a uma campanha militar contra israelenses, que ocupam o local desde 1967.
Conferência de paz – Também nesta quinta-feira, a Rússia acusou a oposição síria de impedir o início de um processo político capaz de contornar o conflito no país por não concordar com a presença de Bashar Assad na mesa de diálogo. "Essa condição é impossível de ser cumprida", afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, ao comentar a decisão da Coalizão Nacional Síria de exigir um calendário que determina a ausência de Assad como condição para o grupo de oposição participar da conferência de paz que Moscou e Washington organizam.
Rússia e Estados Unidos anunciaram, em 7 de maio, que tentariam colocar o governo de Assad e seus adversários frente a frente numa conferência para buscar um fim ao conflito de 26 meses, em que mais de 80 000 pessoas foram mortas. A participação do ditador é um dos pontos de maior divergência – é defendida pelos russos mas não pelos americanos.
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