COMUNISTAS RUSSOS PATROCINAM O TERROR
Mundo islâmico
Mísseis de defesa enviados pela Rússia chegam à Síria
Carregamento inicial foi entregue, disse o ditador Bashar Assad em entrevista. Segundo a Rússia, objetivo é impedir intervenção estrangeira no conflito sírio
Mísseis russos S-300, do tipo enviado para a Síria - Vladimir Mashtin/AFP
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"A Síria recebeu o primeiro lote de mísseis russos S-300 e, em breve, receberá o restante", afirmou Assad à TV libanesa, ligada ao grupo terrorista Hezbollah, que é aliado do regime de Damasco. A declaração de Assad foi adiantada nesta quinta pelo jornal libanês Al Akhbar (A Notícia). Durante a entrevista, o ditador sírio falou também das conquistas das forças do regime frente aos rebeldes e garantiu que possui o apoio de alguns países do Golfo.
A entrega dos mísseis antiaéreos russos ocorre poucos dias depois da União Europeia ter anunciado a suspensão do embargo sobre a entrega de armas aos rebeldes sírios, medida criticada por Moscou. O governo do presidente Vladimir Putin, parceiro militar da Síria, disse por meio do vice-ministro de Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, que a decisão da União Europeia serviria para "jogar lenha na fogueira" e, para criar um "fator de estabilização" do conflito, iria enviar os mísseis do sistema de defesa – o contrato para a entrega dos S-300 foi assinado há alguns anos com o governo sírio.
Ameaças a Israel – Na entrevista, o ditador Bashar Assad também ameaçou Israel, dizendo que responderá a qualquer ataque futuro em seu território. No início deste mês, os israelenses realizaram ataques aéreos ao território sírio para impedir a transferência de armas para o Hezbollah, grupo terrorista libanês que apoia o regime de Bashar Assad e que poderia ameaçar a integridade de seu país. A Síria considerou o ataque como uma “declaração de guerra”.
O ditador também sugeriu que pode dar início a novos conflitos nas Colinas de Golã, região que tem se mantida estável nos últimos 40 anos. Segundo Assad, há uma forte “pressão popular” para que ele dê início a uma campanha militar contra israelenses, que ocupam o local desde 1967.
Conferência de paz – Também nesta quinta-feira, a Rússia acusou a oposição síria de impedir o início de um processo político capaz de contornar o conflito no país por não concordar com a presença de Bashar Assad na mesa de diálogo. "Essa condição é impossível de ser cumprida", afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, ao comentar a decisão da Coalizão Nacional Síria de exigir um calendário que determina a ausência de Assad como condição para o grupo de oposição participar da conferência de paz que Moscou e Washington organizam.
Rússia e Estados Unidos anunciaram, em 7 de maio, que tentariam colocar o governo de Assad e seus adversários frente a frente numa conferência para buscar um fim ao conflito de 26 meses, em que mais de 80 000 pessoas foram mortas. A participação do ditador é um dos pontos de maior divergência, e é defendida pelos russos mas não pelos americanos.
"Dá impressão que a Coalizão Nacional e seus patrocinadores regionais fazem de tudo o possível para impedir o começo do processo político e para alcançar uma intervenção militar na Síria", declarou Lavrov. Segundo o ministro russo, essas posturas são "inaceitáveis" já que, segundo a Rússia, "a Coalizão Nacional não é a única representante do povo sírio".
"Esta coalizão não tem nenhuma plataforma construtiva. A única coisa que defendem é a renúncia imediata de Assad", completou Lavrov. "Confio em que haverá forças sensatas entre os americanos e os europeus que possam pôr freio nas posturas absolutamente inaceitáveis da Coalizão Nacional", finalizou o ministro russo.
(Com agência EFE)
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