QUEM É O PREFEITO DE PALMAS,SERÁ AMASTHA?

Aproximação com o Palácio Araguaia teve "risco calculado" pelo governo Amastha

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  Secretários de Amastha e Siqueira iniciam nesta quarta reuniões para integrar agenda de Município e Estado

Cleber Toledo
Da Redação

Uma operação com risco calculado. Essa é a explicação de uma importante fonte da Prefeitura de Palmas para a aproximação do governo Carlos Amastha (PP) do governo Siqueira Campos (PSDB). Secretários das duas administrações começarão nesta quarta-feira, 27, a partir das 14 horas, no Palácio Araguaia, uma série de reuniões para formalizar uma agenda integrada entre Estado e Município.

A iniciativa foi do secretário estadual de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, durante visita a Amastha no início de janeiro. Depois desse encontro, Amastha e Eduardo surpreeenderam o meio político ao aparecerem juntos durante inauguração da sede dos Bombeiros em Taquaralto, também em janeiro.

Eleito com o discurso de ser "o outro" e não "o mesmo", Amastha chegou a ser alvo de críticas de aliados das eleições de 2012. Para eles, ao aparecer junto com Eduardo, o prefeito chamou para si o desgaste enfrentado pelo Palácio Araguaia. Além disso, temem que manobras palacianas, a partir dessa aproximação, causem prejuízos à imagem do pepista, que saiu extremamente fortalecido das eleições do ano passado.

Contudo, uma importante fonte do Paço garantiu que esse risco de desgaste, com a aproximação com o governo do Tocantins, foi calculado. O raciocínio é o seguinte:

- Se o governo "pegar" e cumprir os compromissos assumidos com os municípios, e Palmas se negar a aproximar, a prefeitura poderá ser criticada e a população prejudicada, uma vez que ficará sem benefícios;

- Se o Estado fizer sua parte e o município tiver se aproximado, a população ganhará qualidade de vida com os benefícios resultantes da parceria, e ambos saem fortalecidos;

- Se o Estado não cumprir suas promessas, o município terá argumentos para apontar em seus discursos a ineficiência do Palácio Araguaia.

Por fim, garantiu a fonte, a reunião conjunta desta quarta-feira aponta para um novo momento da política do Tocantins, em que políticos opositores que assumem postos estratégicos não devem entrar em guerra, no âmbito administrativo, deixando a população no meio de um fogo cruzado, prejudicada pelos radicalismos político-partidários. "Sabemos que se trata de um jogo, mas acreditamos que temos habilidade para vencer", assegurou a fonte.