Após manifestação, com vaias de servidores ao prefeito, secretários se reúnem com Sisemp nesta quarta

Entidade cobra cumprimento de lei que prevê reajuste a servidores a partir deste mês

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  Na abertura dos trabalhos do Legislativo, representantes dos servidores buscam apoio dos vereadores para que prefeitura conceda reajustes

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  Sindicato e prefeitura de Palmas discutem reajuste e promoções à categoria

Patrícia Saturno
Da Redação

Representantes dos servidores públicos municipais se reunirão nesta quarta-feira, 6, com os secretários de Planejamento e Gestão, Adir Gentil, e de Governo e Relações Institucionais, Tiago Andrino, para discutir o cumprimento de lei que prevê reajustes salariais às categorias. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Palmas (Sisemp), Carlos Augusto Melo de Oliveira, informou nesta manhã que a reunião foi agendada após a mobilização realizada pelos servidores nessa terça-feira, 5, durante a visita do prefeito Carlos Amastha (PP) à Câmara Municipal, para a abertura dos trabalhos legislativos de 2013.

Foto: Divulgação

Servidores da prefeitura lotam dependencias da Câmara durante abertura dos trabalhos 

Insatisfeitos com o fato de o prefeito não ter concedido os aumentos previstos desde o ano passado para serem pagos a partir de janeiro, os servidores vaiaram o prefeito durante o seu discurso, interrompendo a fala de Amastha em alguns momentos. “Não foi um ato incitado pelo sindicato, mas nós não podemos também impedir o servidor de manifestar sua decepção e insatisfação”, disse Oliveira sobre o ocorrido. Segundo ele, foi após esta mobilização que o prefeito chamou o sindicato para uma conversa ainda na Câmara e agendou para esta quarta a reunião com os secretários.

Segundo o sindicalista, a intenção do sindicato em comparecer à Câmara nessa primeira sessão era justamente mostrar “a insatisfação com o prefeito atual por não estar cumprindo a lei aprovada em maio do ano passado”. Esta lei, segundo ele, resultou de uma negociação entre a gestão e os servidores, levando em conta a defasagem salarial que categorias como a saúde e o quadro geral enfrentam.

Ainda segundo ele, Amastha argumenta que trata-se de uma lei aprovada de forma irresponsável pela gestão de Raul Filho (PT). O sindicalista rebate: “Não foi uma lei aprovada às escuras, em fim de mandato ou em meio a campanha eleitoral. A gestão passada deixou tudo acertado, com previsão orçamentária e tudo certo quanto à análise do impacto na folha”, declarou. E acrescentou: “Se ele for pensar assim, eu acho que irresponsável é a atitude dele. A primeira atitude dele foi pegar o primeiro e o segundo escalão e aumentar 32% os salários. Pra você ter uma ideia, o salário de secretário passou de R$ 9 mil para R$ 15 mil e aí ele não disse que o município tinha ou não tinha recursos”, criticou.

Ainda de acordo com Oliveira, a lei a que se refere beneficia cerca de 400 servidores de nível fundamental e médio. “O servidor está chateado. É natural que esteja”, disse. Até o momento, a diretoria executiva do sindicato está focada em resolver o impasse por meio de diálogo e ainda não pensa em paralisações ou greve. “Caso não haja acordo, nós vamos chamar os servidores para que decidam, em assembleia, o que fazer”, comentou.

Repercussão
O presidente do Partido Verde (PV) e deputado estadual, Marcelo Lelis (PV), que disputou com Amastha a prefeitura de Palmas em outubro, emitiu nota em apoio aos servidores públicos. No texto, ele afirma que o PV “apoia de forma irrestrita os servidores por entender que a luta é justa e legítima visto que são direitos adquiridos e arduamente conquistados em Lei”.

“É válido lembrar que a Lei Nº 1884/12 que dispõe sobre a alteração das tabelas dos vencimentos-base para servidores do Quadro Geral e da Saúde, com o percentual de 3%, bem como o aumento salarial para os servidores da Educação no percentual de 24 % foram estabelecidos em Leis aprovadas pela Câmara de Vereadores, sancionadas pelo Executivo Municipal e ainda publicadas no Diário Oficial do município, devendo portanto entrar em vigor no início deste ano”, defende o parlamentar.

Ele ainda afirma que os direitos adquiridos pelos servidores devem ser cumpridos e coloca seu mandato “à disposição para agregar forças nessa causa”. “Na oportunidade, parabeniza os vereadores Joaquim Maia (PV), Lúcio Campelo (PR) e Iratã Abreu (PSD) pelo posicionamento na Câmara Municipal em defesa e apoio aos servidores públicos municipais”, diz a nota.