ABUSO DE PODER ECONÔMICO DE EDUARDO PRA SEDUZIR AMASTHA
27/02/13 21h1927/02/13 21h34
Eduardo recepciona Amastha e seu secretariado com pompa e formalidades: estreitamento das relações institucionais é promessa do encontro
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Da Redação
Se nos primeiros dias de sua gestão o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), reclamava de não conseguir agendar sequer uma reunião com o Executivo estadual, hoje é possível dizer que o governo “se redimiu”. O tratamento dado pelo secretário estadual de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos (PSDB), ao prefeito e seus secretários nesta quarta-feira, 27, no Palácio Araguaia, impressionou pela pompa e formalidade. Tirando as visitas ilustres de comitivas internacionais, é raro se vê uma mobilização tão grande quanto à desta quarta.
Enfileirados no hall de entrada do Palácio Araguaia, os secretários de Estado receberam o prefeito e os secretários municipais que, um a um, entraram, também enfileirados, cumprimentando, os colegas do Executivo estadual. À frente, Eduardo apresentava sua equipe ao prefeito, que puxava a fila dos cumprimentos. Tudo isso, na entrada do Palácio.
Numa clara demonstração de “vontade de agradar”, a recepção do governo do Estado à equipe da prefeitura teve até apresentação musical. Tanta pompa, mataria de inveja aliados convictos que, vez ou outra, são vistos reclamando pelos cantos por não conseguir um espacinho na agenda para apresentar suas demandas ao Executivo estadual.
O formato da reunião impressionou até mesmo integrantes do secretariado do Estado. “Eu nunca vi algo com essa densidade e dimensão”, disse o secretário de Planejamento e Modernização da Gestão Pública, Flávio Peixoto, quando foi se apresentar aos demais secretários, já na mesa de reuniões. Para Edmundo Galdino, presidente da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), foi “um momento histórico para a política de Palmas”.
Do lado da prefeitura, a recepção também agradou. O secretário de Meio Ambiente, Valdemar Júnior, afirmou que o momento é “histórico para a cidade, histórico para a política e histórico para o Tocantins”.
Com este estreitamento de relações “institucionais”, Eduardo garante trânsito livre entre gestores estaduais e municipais das mais diversas áreas, resultando num trabalho “institucional, respeitoso e de resultados”. Segundo ele, há uma agenda forte nas áreas de regularização fundiária, saúde, educação, entre outras que serão trabalhadas a partir desta boa relação. “Nós já temos inclusive, cirurgias eletivas que vão ser realizadas nos postos de saúde, nas UPAs [Unidades de Pronto Atendimento], e os profissionais do Estado vão lá para dentro, apoiados pelos profissionais do município, fazer cirurgias para não atrapalhar o agendamento do Hospital Geral de Palmas”, exemplificou.
Avaliação positiva também por parte do prefeito. “É impossível atingir objetivos, cumprir metas da administração, em Palmas, se você não tem, em muitos casos, o governo do lado”, disse. Da mesma forma, defende que para o Estado realizar ações no município precisa do apoio da prefeitura. O momento, segundo ele, é “o ponto alto do que a população estava esperando”.
O prefeito também falou sobre o formato desta parceria. “Planejamento, discussão técnica e ações conjuntas são uma garantia de que os projetos que a gente coloque à disposição da sociedade sejam realmente passíveis de serem efetuados e serem inaugurados ainda durante esses governos”, defendeu.
Num clima mais que amistoso, na sala de reuniões, o que se viu – pelo menos na abertura, já que a imprensa só pode acompanhar o início do encontro - foram secretários estaduais e municipais se colocando inteiramente à disposição uns dos outros para solução dos problemas da cidade e do Estado.
“Eternamente” na oposição
Questionado se, politicamente, continua sendo oposição ao governo do Estado, Amastha não titubeou: “Eternamente. Nasci pra isso”. Mas, em seguida, emendou com um discurso mais diplomático. “É muito prematuro a gente falar em política. Eu já disse isso: que o dia de amanhã a gente nunca sabe. Eu acho que, salutar para a democracia, é justamente um ato desses. A gente está falando que, politicamente, nós não estamos juntos, - porque não estamos -, mas que estamos juntos pelo interesse da população tocantinense”, pontuou.
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