Bombardeio de Israel atinge sede do Hamas em Gaza

Enfrentamentos entram no quarto dia seguido, enquanto cresce a expectativa de uma possível ofensiva terrestre das forças armadas israelenses

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Palestino caminha sobre destroços da sede do Hamas, bombardeada por mísseis israelenses - Mahmud Hams / AFP

Ataques aéreos israelenses sobre a Faixa de Gaza atingiram neste sábado a sede do grupo extremista Hamas, enquanto o confronto entre as duas partes entra no quarto dia seguido. De acordo com a rede britânica BBC, o bombardeio provocou grandes danos ao quartel-general, que havia recebido na sexta-feira a visita do primeiro-ministro do Egito, Hisham Kandil.

Além da sede do grupo radical, as forças armadas de Israel bombardearam outros alvos em Gaza durante a madrugada. De acordo com a agência de notícias palestina Ma'an, uma delegacia do Hamas foi atingida, além de uma mesquita e a casa de um membro do grupo, localizadas no campo de refugiados de Breuij. Fontes da CNN indicam que sete palestinos foram mortos nos ataques deste sábado. As investidas das milícias armadas contra Israel também não cessaram. Segundo o jornal israelense Yedioth Ahronoth, pelo menos dois foguetes caíram sobre o sul do país, sem deixar vítimas.

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Mobilização - Na sexta, Israel aprovou a convocação de 75.000 reservistas, no que seria mais uma indicação de uma iminente ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza. Enquanto isso, o jornal Yedioth Ahronoth, de Israel, publicou que autoridades do centro e sul do país foram instruídas a se preparar para um período de sete semanas de combate.

A região enfrenta o período mais tenso desde a última invasão israelense no território palestino, há quatro anos. Os enfrentamentos começaram na quarta-feira, quando um bombardeio estratégico de Israel matou o chefe militar do Hamas, Ahmed Jabari. Desde o início dos confrontos, mais de 500 foguetes foram lançados contra Israel - muitos deles interceptados pelo sistema antimísseis. Em resposta, as forças israelenses atingiram mais de 600 alvos em Gaza, segundo a BBC. Até agora, três israelenses e mais de trinta palestinos morreram nos bombardeios, entre eles crianças.

Nos últimos dias, as cidades de Tel Aviv e Jerusalém - sagrada para judeus e muçulmanos - foram alvos de foguetes do Hamas, sendo bombardeadas pela primeira vez em décadas.