Mais de 300 pessoas morreram na Síria em apenas um dia; Brasil retira diplomatas
Mais de 300 pessoas morreram na Síria em apenas um dia; Brasil retira diplomatas
De acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, essa quinta foi um dos dias mais violentos no país desde que eclodiram os conflitos na região
Agência Brasil e Portal Terra
A violência na Síria provocou a morte de mais de 300 pessoas nessa quinta-feira (19) no país, segundo organizações não governamentais (ONGs), incluindo o chefe da Segurança Nacional, Hicham Ikhtiar. Ele havia ficado ferido há dois dias quando um homem-bomba provocou uma explosão no centro de Damasco, mas não resistiu e morreu. Os ministros da Defesa, Daoud Rajha, e do Interior, Assef Shawkat, cunhado do presidente sírio, Bashar Al Assad, morreram no mesmo incidente.
O ataque, ocorrido há dois dias, foi assumido pelo Exército Sírio Livre, que combate os agentes de segurança do governo Bashar Al Assad. Há 16 meses a onda de violência atinge o país, deixando mais de 16 mil mortos, inclusive crianças.
De acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ontem foi um dos dias mais violentos no país desde que eclodiram os conflitos na região, em março de 2011. “É o balanço mais pesado desde o início da revolta, quer seja para os civis, rebeldes ou soldados”, disse o presidente da organização, Rami Abdel Rahmane.
Diplomatas brasileiros deixam Damasco
O Brasil está transferindo diplomatas de Damasco para Beirute devido à "deterioração da segurança" na Síria, disse à Reuters uma fonte do Itamaraty nesta sexta-feira. Os quatro diplomatas, além de outros funcionários, foram levados na manhã de sexta para a capital do Líbano de onde farão o atendimento administrativo.
Um funcionário de nacionalidade síria foi mantido na representação brasileira em Damasco. "A embaixada está funcionando, mas em ritmo diferente", disse o porta-voz da chancelaria, Tovar Nunes. "Nós não rompemos relações com o Estado Sírio", completou.
O governo vinha estudando a possibilidade de retirar os diplomatas desde o início da semana, decisão que foi tomada por conta da escalada da violência na Síria nas últimas 48 horas, disse Tovar. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, fez consultas à Liga Àrabe antes de autorizar a transferência.
Segundo Tovar, o Itamaraty decidiu divulgar a saída dos diplomatas apenas depois de eles terem chegado a Beirute por motivos de segurança.
O embaixador brasileiro, Edgar Casciano, à Agência Brasil que o governo de Dilma também analisa a possibilidade de oferecer ajuda para retirar os cidadãos brasileiros que queiram deixar a Síria. Segundo os cálculos, cerca de 3 mil brasileiros vivem no país, sendo a grande maioria em Damasco, palco dos piores ataques nos últimos dias.
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