Campanha pelo fim do subsídio aos combustíveis fósseis atinge 100 mil tweets

Campanha pelo fim do subsídio aos combustíveis fósseis atinge 100 mil tweets

Para o diretor do PNUMA, Achim Steiner, a redução desses subsídios é um dos passos mais importantes na transição para uma economia verde

Juliana Arini, do Rio de Janeiro
Turbinas em parque de energia eólica a 23 km da costa de Ijmuiden, na Holanda Turbinas em parque de energia eólica a 23 km da costa de Ijmuiden, na Holanda (Michael Kooren/Reuters)
. “Esses subsídios geram ineficiência nas economias nacionais, pois se você possuir uma estação de energia movida a carvão ou a óleo, há menos incentivos para investir em tecnologias eficiência energética”
Achim Steiner, diretor do PNUMA
Os militantes do movimento em prol do fim dos subsídios ao petróleo comemoram na Rio+20 mais de 100 mil tweets da campanha #EndFossilFuelSubsidies. A campanha foi lançada por duas organizações não-governamentais, a Priceofoil e o Natural Resources Defense Council (NRDC), que também realizaram uma manifestação na praia de Copacabana para exigir o fim dos subsídios à indústria do petróleo. “O resultado final superou todas as nossas expectativas. Os governos receberam uma mensagem clara de que é hora de acabar com esses subsídios”, disse Jake Schmidt, diretor da NRDC.

A discussão sobre o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis é um dos mais espinhosos capítulos na transição para uma economia verde, a principal proposta da Rio+20. Segundo a Agência Internacional de Energia, US$ 775 bilhões são gastos todo ano com subsídios à indústria do petróleo. Esse valor é doze vezes superior aos investimentos para a implementação de energias limpas, como solar, eólica e geotérmica (que usa a energia do calor do interior da Terra). Dados da ONU apontam que o investimento nessas fontes renováveis não ultrapassa US$ 80 bilhões ao ano.

Além das manifestações na Rio+20, as ONGs entregaram aos membros do G20, em encontro esta semana no México, um manifesto exigindo que eles cumpram a promessa de eliminar essa ajuda financeira. Essa promessa foi feita em Pittsburgh, nos EUA, em setembro de 2009. Na época os líderes do G20 prometeram cortar gradualmente e racionalizar a médio prazo todo os subsídios aos combustíveis fósseis ineficientes

A ideia conta com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que chegou a propor, no início de 2012, que o EUA usassem os US$ 120 bilhões dos subsídios aos combustíveis fósseis para investimentos nas energias solar e eólica. A proposta de Obama não passou no Congresso americano, mas ganhou adeptos em todo o mundo.

Para o diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, o fim da ajuda financeira aos combustíveis fósseis pode ser um dos passos mais importantes na transição para uma economia verde. “Esses subsídios geram ineficiência nas economias nacionais, pois se você possuir uma estação de energia movida a carvão ou a óleo, há menos incentivos para investir em tecnologias eficiência energética”, diz Steiner. “Não se trata de proibir os combustíveis fósseis, mas usá-los de forma mais eficiente e com mais sabedoria e corrigir uma distorção enorme no mercado“.

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