Academia de Letras não participa da FLIT em Araguaína e tenda de livros não tem sequer refrigeração; em Palmas a realidade é outra


Academia de Letras não participa da FLIT em Araguaína e tenda de livros não tem sequer refrigeração; em Palmas a realidade é outra

21/06/2012 15h31

Foto: Portal Arnaldo Filho
Feira Literária em Araguaína
Feira Literária em Araguaína
Regionalização da Flit – Feira Literária Internacional do Tocantins: uma ideia brilhante que tinha tudo para dá certo e engrandecer a cultura das diversas regiões de nosso Estado. Afinal, é esse o propósito da descentralização: fortalecer a cultura, educação, diversão e fomentar a economia local. Mas pouco disso vem acontecendo. Primeiro porque existe um abismo entre a FLIT real, que nasceu em Palmas, e as imitações mal trabalhadas que vem acontecendo nas regionais.

É esse abismo que separa as realidades de Palmas e Araguaína (capital econômica do Estado e a segunda maior cidade). Enquanto na capital o secretário de Educação, Danilo de Melo, apresenta toda uma programação abrilhantada por Zeca Baleiro, Elba Ramalho, Nando Cordel, Lulu Santos, Padre Reginaldo Manzotti, Orquestra Sinfônica de Teresina, Balé Bolshoi, Renato Teixeira, Raízes de América, Lenine e Paralamas do Sucesso e o o grupo argentino Attaque 77, em Araguaína recebemos apenas o cantor Rick Sollo, Chico César e a dupla Pedro e Kauan, além de algumas peças teatrais e palestras.

Menosprezados

A Secretaria de Educação simplesmente menosprezou o público araguainense. A Flit, ou melhor, a Flitinha já começou, mas o palco ainda está sendo montado e, pior, a tenda de livros não tem sequer refrigeração. Também não houve divulgação antecipada da programação. Dessa forma, o público da capital econômica do Estado vai conferir durante três dias uma programação tímida e sem palestras ou shows com personagens de renome nacional ou internacional.

Fomentar a economia local?

Além do mais, dos R$ 180,00 destinados a cada professor para compra de livros, apenas R$ 90,00 será gasto em Araguaína e o restante em Palmas. Ressalta-se que, das poucas livrarias presentes na Flitinha, nenhuma é de Araguaína e ainda ofertam basicamente livros infantis e de autoajuda em cinco ou seis estandes debaixo de uma tenda apertada e quente. Além do mais, se a intenção era movimentar a economia local o resultado foi contrário já que vender livros não é uma atividade tão lucrativa, ainda mais quando o Estado traz outros concorrentes de fora.

Um peso e duas medidas

Enquanto em Araguaína vemos o pouco empenho do secretário Danilo de Melo em promover uma Feira Literária com qualidade, em Palmas tudo está sendo organizado com antecedência para ser a melhor FLIT já realizada no Estado.

Na nossa Flit, até a cultura regional foi desvalorizada. O evento literário esqueceu-se de sua anfitriã: a Academia de Letras de Araguaína e Norte do Tocantins (Acalanto). Se quisessem participar, deveriam organizar o próprio local juntamente com a tenda. Nossos escritores foram simplesmente desprestigiados pela Seduc. Resultado: sem incentivos governamentais, a Acalanto optou por não participar da Feira que seria literária.

Na próxima vez, o secretário talvez fique mais atento às particularidades e respeite a capital econômica do Estado.

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