OS BANDIDOS DO PODER INIMIGOS DA IMPRENSA

unistas
Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
12/05/2012
 às 7:15

LEIAM ABAIXO

— HÁ 2 LIGAÇÕES ENTRE POLICARPO E CACHOEIRA, NÃO 200! LEIAM O QUE DIZEM DOIS DELEGADOS DA PF. E O PAPEL PATÉTICO DO EX-CAÇADOR DE MARAJÁS E ATUAL CAÇADOR DE JORNALISTAS;— Como fraudar a Internet e sequestrar a legitimidade dos debates. Ou: Usuários do Twitter estão sendo vergonhosamente manipulados;— O tiro de radicais petistas contra as instituições saiu pela culatra;— Vinte motivos de Collor para odiar a VEJA. Ou: O PT de antes e o PT de agora;— Relator da CPI descarta convocação de procurador;— O “Veta, Dilma” da Camila pode custar R$ 130 bilhões por ano. “Pensa, Dilma!”;— Emprego na indústria continua em queda;— Parlamentares apontam tentativa de desvirtuar CPI e intimidar PGR e imprensa;— Ministro do STF decide na segunda se depoimento de Cachoeira à CPI será ou não adiado;— A conversa frouxa da cientista política sobre a Comissão da Verdade no JN;— Haddad nem mesmo se esforça para demonstrar que existe;— Planalto nega em nota oficial interferência na venda da Delta;— A última da esgotosfera sobre Mario Sabino;— Holding da JBS desautoriza um dos sócios da empresa e nega atuação do governo na compra da Delta;— A venda da Delta é inexplicável por si. Ou: Chegou a hora de a imprensa identificar os “lulo-burgueses”. Ou: Negócios de “famiglia”;— Grupo JBS define novo presidente da Delta;— Um espectro ronda o Brasil: a condenação de José Dirceu! Vejam as graves consequências que nos aguardam caso ocorra essa injustiça;— José Dirceu, acreditem!, prevê massas nas ruas se for condenado pelo STF!!! Ou: na raiz da pantomima do Zé está a briga pelo espólio do PT. A lenta sucessão no partido já começou;— Tudo o que interessa dizer sobre a “Comissão da Verdade”, que já traz uma mentira na própria lei que a criou. Ou: O segredo de aborrecer é dizer tudo!;— Delegado pede investigação sobre a Delta;— Dono da JBS diz que governo deu aval para comprar Delta e diz que boato sobre descontentamento do Planalto é “conversa de bêbado”;— Pode não parecer, mas Cabral está “melhorando a imagem do Rio”;— Editorial da Folha - “Vale-tudo na CPI”;— Ministros do STF se vêm obrigados a deixar claro o óbvio: procurador-geral na pode depor na CPI;— Associação de Procuradores defende Gurgel de ataque organizado por mensaleiros em parceria com Collor;— MP pede que venda da Delta para a JBS seja investigada! É o mínimo!
Por Reinaldo Azevedo
12/05/2012
 às 6:53

HÁ 2 LIGAÇÕES ENTRE POLICARPO E CACHOEIRA, NÃO 200! LEIAM O QUE DIZEM DOIS DELEGADOS DA PF. E O PAPEL PATÉTICO DO EX-CAÇADOR DE MARAJÁS E ATUAL CAÇADOR DE JORNALISTAS

A quadrilha do mensalão estava mentindo.
A quadrilha da Internet estava mentindo.
A verdade vem à tona de forma clara, cristalina, inequívoca.
Lembram-se da Operação Monte Carlo e das supostas 200 ligações trocadas entre Carlinhos Cachoeira e Policarpo Júnior, um dos redatores-chefes da VEJA e chefe da Sucursal de Brasília? NÃO ERAM, NÃO SÃO E NUNCA FORAM 200! ERAM, SÃO E SEMPRE FORAM DUAS!!!
Collor, num de seus momentos de serenidade no Senado: em vez de apontar o dedo para os corruptos, ele resolveu atacar a imprensa livre. Faz sentido...
Collor, num de seus momentos de serenidade no Senado: em vez de apontar o dedo para os corruptos, ele resolveu atacar a imprensa livre. Faz sentido...


A canalha resolveu multiplicar o número por 100 para ver se conseguia dar ares de crime ao trabalho normal de um jornalista. Os que se dedicaram a espalhar a mentira nunca quiseram, como vocês sabem, apurar as ligações do grupo de Cachoeira com os políticos e com o Estado brasileiro. Queriam, isto sim, desmoralizar os fundamentos de uma democracia, a saber:
– a oposição (ela só existe em países democráticos);
– a Procuradoria-Geral da República (ela só é independente em países democráticos);
– a Justiça (ela só é isenta em países democráticos);
– a imprensa (ela só é livre em países democráticos).
Mas atenção! Ainda que houvesse mesmo 200 conversas ou que, sei lá, surjam outras 198 do éter, o que o número, por si só, provaria? Nada! Policarpo estaria, como estava, em busca de informações que colaboraram para a demissão de pessoas que não zelavam pelo interesse público. E quem as demitiu, repito, foi Dilma Rousseff. Não consta que esteja pensando em recontratá-las.
OS MENSALEIROS E SEUS BRAÇOS DE ALUGUEL TENTARAM SEQUESTRAR AS INVESTIGAÇÕES DO CASO CACHOEIRA E A PRÓPRIA CPI PARA, DESMORALIZANDO TODAS AS INSTÂNCIAS DO ESTADO DE DIREITO, PROTEGER BANDIDOS, QUADRILHEIROS, VIGARISTAS E SOCIOPATAS.
Os delegadosBastaram, no entanto, duas sessões da CPI para que ficasse claro quem é quem e quem quer o quê. Policarpo é citado, dados todos os grampos da Operação Monte Carlo, 46 vezes nos grampos. Os homens de Cachoeira e o próprio se referem, em suas conversas, a mais de 80 pessoas — inclusive a presidente Dilma Rousseff. Em algumas dessas citações, por exemplo, o contraventor e o senador Demóstenes estão é combinando uma forma de abafar a repercussão de uma reportagem publicada pela VEJA em maio do ano passado e que apontava o suspeito crescimento da… DELTA! Eis a VEJA que alguns vigaristas queriam criminalizar. E foi a VEJA, diga-se, o primeiro veículo impresso a tornar públicas as relações de Demóstenes com Cachoeira — na edição que começou a chegar aos leitores no dia 3 de março!
No depoimento prestado à CPI no dia 8, indagado pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), hoje a voz mais extremista contra a imprensa na CPI, o delegado Raul Souza foi claro, inequívoco, para decepção daquele que começou caçando marajás e, vivendo o seu ocaso, tenta caçar jornalistas e cassar a imprensa livre:as conversas de Policarpo com Cachoeira, afirmou, eram diálogos normais entre um repórter e uma fonte, sem qualquer evidência de troca de favores.
Mas Collor, os mais maduros se lembram, é uma alma obsessiva. Quando presidente, a gente olhava pra ele, com os olhos sempre estalados, e desconfiava da existência de algum espírito obsessor (Deus nos livre!). Deu no que deu. Tendo sido fragorosamente malsucedido na operação que lhe encomendou a ala sectária do PT — José Dirceu, Rui Falcão e outras lorpas da democracia —, ele voltou à carga no depoimento de outro delegado, Matheus Rodrigues. Enquanto alguns parlamentares tentavam apurar os vínculos entre Cachoeira e políticos, o atual Caçador de Jornalistas seguia firme no seu intento de tentar criminalizar a imprensa. E mergulhou, definitivamente, no patético.
O diálogo com MatheusEste blog ouviu um relato sobre a espantosa conversa do senador com o delegado Rodrigues. Fiquem frios. Logo surge uma gravação clandestina na praça. Consta que o homem foi ficando irritado à medida que via as suas ilações e suspeitas indo por água abaixo.
Collor iniciou a sua intervenção lembrando que a CPI havia sido instalada para investigar as ações criminosas de Cachoeira e de agentes públicos e privados que com este teriam colaborado. E partiu pra cima de Policarpo e da VEJA. Perguntou se o jornalista era coautor de um algum crime. Detestou a resposta:
“Não, excelência! Eu já falei e vou insistir”.
A excelência não se conformou. Tentou obrigar o delegado a acusar Policarpo de algum crime. Como não realizasse o seu intento, este gigante do pensamento jurídico, este monstro sagrado da lógica — que é sócio de jornal e de emissora de televisão!!! —  queria saber se Cachoeira havia passado a Policarpo alguma informação que tivesse obtido com escutas ilegais. Outra negativa e a fala inequívoca: havia entre Policarpo e Cachoeira  ”uma relação de informante, de passar uma informação como fonte”.
Roxo de raivaCollor, vocês se lembram, era dado a refletir com as pernas. Quando ficava com vontade pensar, saía correndo. Certo dia, abusando de sua cultura filosófica, declarou que tinha “aquilo roxo”. Como o segundo delegado ouvido também não disse o que ele queria ouvir, roxo de raiva, decidiu partir para a peroração solitária. Acusou VEJA de obter “ganhos pecuniários” com as reportagens que publicou. Bem se vê que este senhor nunca administrou as empresas da família. Só pega mesmo a grana na condição de acionista. A ilação é estúpida de várias maneiras:
1) assuntos políticos (especialmente notícias ruins, envolvendo corruptos) não são os que mais vendem revistas, como sabem todas as pessoas que são do ramo;
2) se uma revista quisesse apenas vender mais, daria só boas notícias. Ocorre que o jornalismo que se preza tem compromissos com a moralidade pública e a com ética. Se isso implicar publicar as más notícias, elas serão publicadas;
3) se a tese estúpida do senador fizesse algum sentido, jornais e revistas teriam de distribuir gratuitamente as edições que são obrigadas a relatar tragédias — só assim não seriam acusados de lucrar com a desgraça alheia;
4) veículos que se prezam, que têm vergonha na cara, que não são financiados com dinheiro público, têm a maior parte — ESMAGADORA!!! — de sua receita oriunda de anunciantes privados. Não raro, o preço de capa de uma revista é inferior a seu custo como produto;
5) a maior parcela da receita derivada da venda de jornais e revistas vem das assinaturas, não da venda em banca. Logo, se há ou não notícia de escândalo, isso é irrelevante. O leitor, como todas as pessoas moralmente saudáveis do mundo, prefere a boa notícia.
Se errou na moral, se errou na ética, se errou no alvo — se errou, obrigo-me a dizer, na vida, já que é o único presidente impichado (só não houve o impeachment formal porque renunciou) da história do Brasil —, errou também ao fazer digressões tolas sobre o setor de revistas.
Vinte anos depois da capa histórica de VEJA, em que Pedro Collor chutou o mastro do circo do irmão, o agora senador tenta se vingar da revista. Quebraram todos a cara — ele e a ala extremista do PT da qual aceitou o triste papel de laranja.
Reportagens de VEJA, algumas feitas por Policarpo Júnior, ajudaram a pôr para fora da Esplanada dos Ministérios pessoas que estavam lá descumprindo o juramento que fizeram ao povo. Como ajudaram, há 20 anos, a depor um outro bufão, que também tomava a sua comédia pessoal como parte da história universal.
Collor não vai conseguir o “impeachment” jornalístico da VEJA porque a revista é limpa! Ponto.
Espalhem a verdade. Porque VEJA revela na edição desta semana quem está por trás da indústria da mentira na Internet e como ela opera (ver abaixo).
Texto publicado originalmente às 3h12
Por Reinaldo Azevedo
12/05/2012
 às 6:51

Como fraudar a Internet e sequestrar a legitimidade dos debates. Ou: Usuários do Twitter estão sendo vergonhosamente manipulados

falcao-e-os-insetos
Agora falemos um pouco de internauta pra internauta. Estamos entre aqueles que prezam o debate na rede e consideram que uma das conquistas da Internet é possibilitar que indivíduos tenham uma voz. Achamos que isso é um valor, certo? Pois é… Ocorre que petistas resolveram recorrer a estratagemas essencialmente antiéticos para fraudar a legitimidade desse debate. Ou por outra: milhões de indivíduos Brasil afora, especialmente os usuários do Twitter, estão sendo enganados, manipulados, submetidos a uma patrulha política e ideológica. Leiam reportagem na VEJA desta semana e saibam no detalhe como se opera a fraude. Abaixo, seguem bons trechos da reportagem. Não deixe de ler a íntegra na edição impressa, que traz um quadro com todos os caminhos da malandragem.*A internet aceita tudo. Chantagistas contrariados fazem circular fotos de atrizes nuas (vide o caso Carolina Dieckmann), revelam características físicas definidoras (”minimocartaalturareal1m59cm”), apelidam sites com artigos do Código Penal (”171″, estelionato) e referenciam-se em doenças venéreas – por exemplo, na sífilis (grave doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum) – para formar sufixos de nomes.
É lamentável sob todos os aspectos que uma inovação tecnológica produzida pelo engenho, pela liberdade criativa e pela arte, combinação virtuosa só possível sob o sistema democrático capitalista, baseado na inovação, na economia de mercado e na livre-iniciativa, tenha nichos dominados por vadios, verdadeiros limbos digitais onde vale tudo – da ofensa pura e simples a tentativas de fraudar a boa-fé dos usuários.
(…)
A rede mundial é descentralizada, não possui um comando único nem um mecanismo de regulação. Falta-lhe uma cabeça como, talvez, a do atual presidente do PT, Rui Falcão, alguém com estatura moral, motivações nobres, enfim, mão forte para fazer baixar, em nível planetário, um pouco de ordem e respeito sobre esse reino virtual tão vulnerável.
(…)
Assim como a engenharia genética pode modificar aquilo que surgiu espontaneamente na natureza, a computação pode alterar o destino de uma ideia lançada na rede. Nesse caso, o produto é invariavelmente um monstro, porque esse processo não apenas viola regras explícitas de uso das comunidades virtuais, mas também corrompe os princípios da livre troca de informações e opiniões na internet. É virtualmente impossível saber quem programou um robô malicioso – e isso envenena ainda mais as águas e mina as bases da comunicação de boa-fé na rede. Mas é possível flagrar o seu uso.
A situação se torna preocupante quando os robôs que fraudam um serviço como o Twitter são postos a serviço da propaganda ideológica. E piora ainda mais, ganhando os contornos da manipulação política, quando eles trabalham para divulgar teses caras ao partido que ocupa o poder. Isso, infelizmente, começa a acontecer no Brasil. Nas últimas semanas, o vazamento de informações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, e a subsequente instauração de uma CPI para investigar o contraventor Carlinhos Cachoeira puseram sangue nos olhos de certa militância petista.
(…)
A artilharia de esquerda se voltou contra outro alvo de longa data: a imprensa independente, e VEJA em particular. Uma das estratégias adotadas foi a organização dos chamados tuitaços. (…) Em pelo menos quatro desses episódios ocorridos em abril, ou militantes e simpatizantes petistas marcaram data e horário de cada evento ou registraram em inglês o significado das hashtags utilizadas ou mandaram as mensagens iniciais dos tuitaços. (…)
Mas a análise aprofundada desses episódios – e em especial daquele identificado pelo marcador #vejabandida – mostra que dois artifícios fraudulentos foram usados para fingir que houve adesão enorme ao movimento. Um robô, que opera sob o perfil “@Lucy_in_sky_”, foi programado para identificar mensagens de outros usuários que contivessem os termos-chave dos tuitaços, replicando-as em seguida. Além disso, entraram em ação “perfis-peões”, ou seja, perfis anônimos, com pouquíssimos seguidores e muitas vezes criados de véspera, que replicam sem parar mensagens de um único tema (ou melhor, replicam-nas até atingir o limiar de retuítes que os tornaria visíveis aos mecanismos de vigilância de fraudes do Twitter. Essas manobras para ampliar artificialmente a visibilidade de uma manifestação na internet já ganharam nome no marketing e na ciência política: astroturfing, palavra derivada de Astro-Turf, marca americana de grama sintética que tenta se vender como natural. O objetivo é sempre o mesmo: passar a impressão de que existe uma multidão a animar uma causa, quando na verdade é bem menor o número de pessoas na ativa.
Uma amostragem de 5.200 tuítes recolhidos durante um dos tuitaços recentes revelou que 50% das mensagens partiram de apenas 100 perfis – entre eles robôs e peões, que ajudam a fazer número, mas não têm convicções. Da China vem o exemplo mais alarmante desse tipo de fraude. O Partido Comunista Chinês arregimenta pessoas encarregadas de manipular a opinião pública, inundando a internet com comentários favoráveis ao governo. Elas formam o chamado 50 Cent Party (Partido dos 50 Centavos), cujo nome remete aos 50 centavos de iuane – ou 15 centavos de real – que cada ativista supostamente recebe por post publicado.
Dos mesmos teclados alugados saem ataques à democracia de Taiwan, território reclamado por Pequim.
(…)
O presidente do PT tem um perfil ativo no Twitter, e com frequência ajuda a animar tuitaços. Pouco depois da ascensão de Falcão ao comando do partido, em 2011, o PT lançou o Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais – as chamadas MAVs. Um dos auxiliares parlamentares de Falcão na Assembleia Legislativa de São Paulo, um funcionário público de 47 anos formado em geografia, recebeu no começo do ano a missão de selecionar um estrategista de mídias digitais para “refinar e profissionalizar” as ações do PT na internet – o que significa trazê-las para o âmbito de controle da direção do partido. A utilização massiva da internet, das redes sociais e de blogueiros amestrados faz parte das táticas de engodo e manipulação da verdade no Brasil. Internautas, fiquem de olho neles.
Íntegra na edição impressa
Texto publicado originalmente às 5h51
Por Reinaldo Azevedo
12/05/2012
 às 6:49

O tiro de radicais petistas contra as instituições saiu pela culatra

Leia trechos da reportagem de oito páginas na VEJA desta semana, de autoria de Daniel Pereira e Otávio Cabral:
Há vinte anos Pedro Collor deu uma entrevista a VEJA. As revelações originaram um processo que, seis meses mais tarde, obrigaram seu irmão, Fernando Collor, a deixar a presidência da República. Há sete anos, VEJA flagrou o diretor dos Correios embolsando uma propina. O episódio foi o ponto de partida para a descoberta do escândalo do mensalão, que atingiu em cheio o governo passado e o PT. Agora, Collor e os mensaleiros se unem contra a imprensa num mesmo front, a CPI do Cachoeira. Criada com o nobre e necessário propósito de investigar os tentáculos de uma organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Cachoeira, ela seria usada, de acordo com o roteiro traçado pelo ex-presidente Lula e o deputado cassado José Dirceu, para servir de cortina de fumaça para o julgamento do mensalão. O plano era lançar no descrédito as instituições que contribuíram para revelar, investigar e levar à Justiça os responsáveis pelo maior esquema de corrupção da história do país. Tamanha era a confiança no sucesso da empreitada que o presidente do partido, Rui Falcão, falou publicamente dela e de sua meta principal: atacar os responsáveis pela “farsa do mensalão”. Tudo ia bem – até que os fatos se incumbiram de jogar o projeto petista por terra.
Na semana passada, dois delegados da Polícia Federal prestaram depoimentos à CPI do Cachoeira. Eles foram responsáveis pelas operações Vega e Monte Carlo, que investigaram a quadrilha do contraventor. A ideia dos radicais petistas e seus aliados era a de utilizar as falas dos policiais para comprometer o procurador-geral da República, Roberto Gurgel (que defenderá a condenação dos mensaleiros na abertura do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal), o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo (transformado em inimigo figadal de Lula desde que declarou que o ex-presidente tinha conhecimento da existência do esquema) e a imprensa, que revelou o escândalo. Neste último setor, como deixou claro a performance do ex-presidente Collor, encarnado na triste figura de office boy  do partido que ajudou a tirá-lo do poder, o alvo imediato era o jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal de VEJA em Brasília e um dos redatores-chefes da revista.
O primeiro depoimento foi do delegado Raul Alexandre Marques, que dirigiu a Operação Vegas. Marques disse aos parlamentares que entregou ao procurador Roberto Gurgel, em setembro de 2009, indícios de envolvimento de três parlamentares – incluindo o senador Demóstenes Torres – com a quadrilha de Cachoeira. Gurgel, conforme o delegado, não teria determinado a abertura do inquérito nem dado prosseguimento à apuração.
Foi a deixa para que petistas dissessem que ele tentou impedir o desmantelamento de uma organização criminosa e, por isso, deveria ser convocado para depor na CPI. O procurador-geral da República reagiu. Na seara técnica, disse que não abriu inquérito a fim de permitir a realização da operação Monte Carlo, que desbaratou o esquema de Cachoeira no início deste ano. No campo político, foi ainda mais incisivo. “O que nós temos são críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão”. afirmou. Ao fustigar o procurador na CPI do Cachoeira e vender a tese de que ele não mereceria crédito por ter uma atuação política, mensaleiros e aliados levaram procuradores e ministros do STF a saírem em sua defesa. Petistas, que chegaram a comemorar o resultado da primeira etapa do plano, agora já não pensam mais em convocar Gurgel. Em uma conversa recente, o ex-ministro José Dirceu contou ao seu interlocutor o motivo da desistência. “O efeito foi o contrário do imaginado. A única consequência da CPI foi acelerar o processo do mensalão”, afirmou.
Lula, o idealizador do plano, também já faz leitura semelhante. Para ele, a CPI do Cachoeira “tem de ficar do tamanho que está” – ou seja, limitar-se a investigar Cachoeira e seus tentáculos no Congresso e em governos estaduais. Da mesma forma, a ofensiva para desqualificar o trabalho da imprensa já não seria uma prioridade. “Não podemos fazer dessa CPI um debate político ou um acerto de contas entre desafetos”, afirmou Vaccarezza, espécie de porta-voz do grupo dos radicais. A declaração é uma guinada de 180 graus no discurso – guinada essa decidida apenas depois que os fatos, com sua persistente impertinência, se sobrepuseram aos interesses do partido.
(…)
Leia íntegra na edição impressa da revista
Texto publicado originalmente às 6h12
Por Reinaldo Azevedo
12/05/2012
 às 6:47

Vinte motivos de Collor para odiar a VEJA. Ou: O PT de antes e o PT de agora

É compreensível que o senador Fernando Collor odeie tanto a VEJA. As capas da revista que espelham a sua trajetória no poder falam por si, muito especialmente aquela em que Pedro, o irmão, conta tudo. Por que não lembrá-las? Todas as edições estão disponíveis aos leitores, mesmo aos não assinantes, na íntegra. Collor não detesta a revista porque ela tenha contado mentiras a seu respeito, mas porque os fatos irrefutáveis relatados em sucessivas edições resultaram na sua queda. O povo de Alagoas o elegeu senador. Tem uma mandato legítimo como o de qualquer outro. Mas não tem legitimidade para tentar intimidar a imprensa. Tampouco se apaga a sua história.
Este senhor precisa entender que a imprensa livre não existe por vontade dos políticos. Os políticos é que existem por vontade da democracia, de que a imprensa livre é um dos pilares.
Vejam. Volto para arrematar.
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VolteiNos anos de 1991 e 1992, o PT era um partido de oposição e achava que a VEJA prestava relevantes serviços ao país. E prestava mesmo! Ontem como hoje. Se algum parlamentar da base collorida sonhasse em enviar a imprensa para o banco dos réus, o partido certamente reagiria. Por amor à democracia? Não! Esse, tínhamos nós. Os petistas tinham apenas um projeto de poder.
Quando chegaram lá, elegeram a imprensa livre como sua principal adversária – justamente aquela que era paparicada na véspera. Afinal, algo havia mudado: no poder, o PT, como acontece com todo mundo que vence a eleição, deixou o papel de pedra para ser vidraça; deixou de investigar para ser investigado. E não se conformou.
Uma banda do partido não teve dúvida. Juntou-se com o seu adversário de antes – e as capas acima valem por uma folha corrida – para tentar perseguir o jornalismo independente. Tentem saber, hora dessas, por curiosidade, o que fazia o lixão que hoje ataca a revista. Para fazer o que se vê acima – e o que se viu nos governos que se sucederam –, é preciso ter coragem. Quem vive de rastros, implorando dinheiro oficial para existir, nao consegue ser dono nem da própria opinião, tanto menos de um jornalismo crítico e independente.
A imprensa que tem vergonha na cara não mudou. Essa é a história.
Texto publicado originalmente às 4h52
Por Reinaldo Azevedo
12/05/2012
 às 6:45

Relator da CPI descarta convocação de procurador

Por Catia Seabra e Lúcio Vaz, na Folha:O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse ontem considerar desnecessária a convocação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para prestar esclarecimentos sobre sua atuação nas investigações sobre o empresário Carlinhos Cachoeira. O procurador tem sido pressionado para explicar por que decidiu não investigar o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) em 2009, quando a Polícia Federal colheu os primeiros indícios de sua ligação com Cachoeira.
Principal responsável pela condução das investigações na CPI, Cunha vai sugerir que Gurgel apresente suas justificativas por escrito. “A convocação é desnecessária”, afirmou. “O mais importante é a resposta, o conteúdo, as questões substantivas.” Nos últimos dias, integrantes da comissão, em sua maioria petistas, questionaram o procurador-geral por não ter investigado Demóstenes em 2009 e defenderam sua convocação pela CPI.
Gurgel acusou os críticos de agirem para intimidá-lo, numa tentativa de proteger os réus do processo do mensalão, em que ele é responsável pela acusação. O caso pode ser julgado neste ano pelo Supremo Tribunal Federal. O confronto gerou mal-estar entre a CPI e o Ministério Público, levando dois ministros do STF a saírem em defesa de Gurgel na quinta-feira.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
12/05/2012
 às 6:43

O “Veta, Dilma” da Camila pode custar R$ 130 bilhões por ano. “Pensa, Dilma!”

A senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da CNA, publica hoje um artigo na Folha que é de leitura obrigatória. E mais deveriam se sentir obrigados a lê-lo os que aderiram ao tal “Veta, Dilma” (sim, queridos, até Camila Pitanga poderia fazê-lo) e os ecologistas. Ocorre que essa turma rejeita o debate. Não quer ganhar consciências. Está em busca de inocentes de bom coração. Se Dilma fizer o que pedem, haverá uma diminuição da área plantada no país de 33 milhões de hectares. Não serão prejudicados apenas pequenos e médios produtores. Será pior para o país. Seguem trechos do artigo.
(…)
Será que é racional abrir mão de 33 milhões de hectares da área de produção de alimentos, que representam quase 14% da área plantada, para aumentar em somente 3,8 pontos percentuais a área de vegetação nativa do país? Essa troca não me parece justa com os brasileiros, pois corremos um alto risco de aumento no preço dos alimentos sem um ganho equivalente na preservação ambiental. Reduzir 33 milhões de hectares nas áreas de produção agropecuária significa anular, todos os anos, cerca de R$ 130 bilhões do PIB (Produto Interno Bruto) do setor. Para que se tenha uma noção do que representam 33 milhões de hectares, toda a produção de grãos do país ocupa 49 milhões de hectares.
O Código Florestal não foi construído para agradar a produtores ou ambientalistas, mas, sim, para fazer bem ao Brasil. Agora, está nas mãos da nossa presidente, a quem cabe decidir, imune a pressões, o que é melhor para sermos um país rico, um país sem miséria, que é a grande meta da sua gestão. A utopia ambientalista, no entanto, não respeita a democracia política, muito menos a economia de mercado. Há líderes do movimento verde que pregam abertamente um Estado centralizado, com poderes para determinar a destinação dos recursos, da produção e até mesmo do consumo. Nesse tipo de sociedade autoritária, não há lugar para a liberdade e para as escolhas individuais. Salvam a natureza e reduzem a vida humana à mera questão da sobrevivência física.
Mas slogans fáceis e espetáculos midiáticos não podem ofuscar a eficiência da agropecuária verde-amarela. O Ministério da Agricultura acaba de divulgar os dados do primeiro quadrimestre de 2012. Exportamos US$ 26 bilhões, gerando superavit de US$ 20,8 bilhões. Nunca é demais lembrar que o agro exporta somente 30% de tudo o que produz. E, para isso, usa apenas 27,7% do território, preservando 61% com vegetação nativa. Qual país do mundo pode ostentar uma relação tão generosa entre produção e preservação?
Os ambientalistas, em sua impressionante miopia, ainda cobram que a agropecuária deva elevar a produtividade. Nos últimos 30 anos, com apenas 36% a mais de área, a produção de grãos cresceu 238%! Eles não consideram que os índices brasileiros já são elevados e que aumentos são incrementais.
(…)
É inaceitável que o Brasil abra mão da sua capacidade produtiva, deixando de contribuir plenamente para a redução da pobreza, já tendo a maior área de preservação do mundo.
Por Reinaldo Azevedo
12/05/2012
 às 6:41

Emprego na indústria continua em queda

Por Lucas Vettorazzo, na Folha:O total de empregos na indústria continua diminuindo, acompanhando o baixo desempenho da produção brasileira. A redução atingiu em março nove dos 14 Estados verificados pelo IBGE. São Paulo foi o que mais sofreu, com redução de 3,2% nesse mês. Já o Paraná foi o estado com maior alta de emprego na indústria, de 3,2% em março. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de pessoal ocupado assalariado recuou no mês 0,4% em relação a fevereiro.
O resultado segue as duas quedas registradas no ano, em janeiro (-0,3%) e fevereiro (-0,1%). Frente a março de 2011, o indicador apurou retração de 1,2%, o pior índice mensal desde dezembro de 2009, quando o recuo atingiu 2,4%.O índice acumula queda de 0,8% no ano. Já nos últimos 12 meses a partir de março, houve avanço de 0,2%, mas continua desacelerando desde fevereiro de 2011, quando subiu 3,9%.
SETORES
Onze dos 18 setores pesquisados pelo IBGE apresentaram queda na ocupação em março frente ao observado um ano antes. Aqueles que mais sofrem com a competição externa continuam sendo os mais afetados. Fumo (-13,9%), madeira (-8,9%), vestuário (-6,8%), calçados e couro (-6,5%), produtos de metal (-6,2%) e têxtil (-5,7%) tiveram as piores quedas. Além desses, borracha e plástico (-3,8%), papel e gráfica (-3,7%) e metalurgia básica (-2,8%) acompanharam o desempenho ruim.
“A indústria têxtil e de vestuário vem sofrendo há algum tempo com a competição com os produtos chineses e com o câmbio desfavorável”, afirmou o economista da Coordenação de Indústria do IBGE, Fernando Abritta.(…)
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 22:35

Parlamentares apontam tentativa de desvirtuar CPI e intimidar PGR e imprensa

Da Agência Senado:
(…)
O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra, afirmou hoje que está em curso uma “tentativa de desvirtuamento” da CPI do Cachoeira. Em nota, o tucano afirma que o objetivo é prejudicar o julgamento do mensalão, com vazamentos seletivos, blindagem de autoridades envolvidas com Cachoeira, e tentativa de calar a imprensa. Ele também aponta a negociação da empreiteira Delta, que teria ligações com o contraventor por meio de seu diretor no Centro-Oeste.
Guerra qualifica a operação de venda da empreiteira como tendo “transparência duvidosa e com o apoio do governo federal”. “Trata não apenas de favorecimento à referida blindagem, mas é também de interesse de seus acionistas, que deveriam estar expostos à devida investigação. Em dura crítica aos petistas, Guerra afirma que está “clara” a estratégia de atentar contra a liberdade de imprensa, para proteger os envolvidos no mensalão.
“Na CPMI, os propósitos dos petistas são rigorosamente de tumultuar o julgamento — que, aliás, o povo faz fez e que a imprensa, certamente, o fará também — deste deplorável episódio do mensalão, que é a marca de práticas condenáveis e são a síntese da ação desestruturante e antidemocrática do PT”, afirmou Guerra, em nota divulgada nesta sexta-feira.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), saiu em defesa do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e disse que a legislação proíbe sua convocação.
“Querer convocá-lo é uma tentativa de desgastá-lo. É da lei, ele não pode comparecer. Isso é afrontar a legislação. Seria demiti-lo da função de denunciar os criminosos que estão sendo acusados agora”, disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), que se encontrou recentemente com Gurgel.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) defendeu também, no Senado, que Gurgel não pode ser chamado a depor. Para ele, o pedido é uma “manobra para desviar as atenções do foco principal da CPI e em relação ao julgamento do Mensalão, que se aproxima”. De acordo com Aloysio Nunes, se, em 2009, o processo fosse aberto, Cachoeira e seu grupo poderiam ter conhecimento de que os aparelhos Nextel por eles utilizados eram vulneráveis ao monitoramento da policia, e imediatamente teriam buscado outro meio de comunicação. Com isso, não haveria o desdobramento da operação que hoje trouxe a público o esquema montado em torno do jogo ilegal.
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 21:43

Ministro do STF decide na segunda se depoimento de Cachoeira à CPI será ou não adiado

Por Felipe Seligman, na Folha Online. Volto em seguida.
A defesa do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, entrou com um pedido no STF para adiar o depoimento na CPI que investiga seu suposto esquema de corrupção, marcado para a próxima terça-feira(15). Ele argumenta que o presidente da CPI, deputado Vital do Rego (PMDB-PB), não permitiu que ele tenha acesso ao material colhido pela comissão e que não poderia prestar esclarecimentos sem saber sobre o que ele é investigado.
“É imperativo que Carlos Augusto e seus advogados conheçam previamente todas as provas que poderão servir de substrato aos questionamentos que decerto lhe serão dirigidos pelos parlamentares”, diz o habeas corpus impetrado pelo advogado de Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos. Ele também pediu que o STF determine que Vital do Rego permita “em prazo razoável antes de sua oitiva, compulsar e copiar todo o material das Operações Vegas e Monte Carlo que se encontra na CPI”. O pedido foi encaminhado ao ministro Celso de Mello. Seu gabinete informou que o caso já está sendo analisado, mas que a decisão não deverá sair até a próxima segunda-feira (14).
VolteiEm tempos de vale-tudo, também o noticioso, é preciso ter muito cuidado. Vamos ver: todo mundo tem o direito de saber do que está sendo acusado. Ou como se defender? Isso vale para qualquer um, até para Carlinhos Cachoeira. Assim, é grande a chance de que Celso de Mello, por motivos estritamente técnicos, diga “sim” ao pleito de Márcio Thomaz Bastos.
E se disser “não”? Certamente Bastos voltará à Justiça para que seu cliente tenha o direito de ficar calado na CPI. E aí será pule de dez: vai conseguir porque ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.
Caso Celso de Mello, na segunda, concorde com o adiamento, não entrem na conversa de que isso é conspiração em favor da impunidade ou sei lá o quê. Cachoeira, seus sequazes, os mensaleiros, os pilantras etc., toda essa gente tem de ser punida em nome do triunfo da lei. E tem de ser punida segundo a lei.
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 21:18

A conversa frouxa da cientista política sobre a Comissão da Verdade no JN

Vi há pouco uma cientista política — desculpem, não vi o nome da moça — a afirmar no Jornal Nacional que a Comissão da Verdade vai pôr o Brasil um passo à frente na revisão do regime militar, no sentido do que se vem fazendo na América Latina.
Entendi, pelo juízo da moça, que a nossa democracia estaria, então, mais atrasada. Está? A Argentina está “revendo” o seu passado há muitos anos. E as ações só têm servido de pretexto para o kirchnerismo destruir a democracia à sua maneira. Na conta daquela senhora, certamente não estão paraísos democráticos como Cuba, por exemplo.
Mas ela foi adiante: disse que a Comissão da Verdade não pode, “EM PRINCÍPIO”, responsabilizar criminalmente este ou aquele.
“Em princípio”??? Não pode é na letra da lei mesmo! Escrevi nesta manhã o que há de errado POR PRINCÍPIO nessa comissão.
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 21:00

Haddad nem mesmo se esforça para demonstrar que existe

Não tenho bola de cristal e não sei, portanto, se o petista Fernando Haddad será ou não eleito prefeito de São Paulo. Ninguém tem o direito de duvidar se sua eleição seria do meu gosto. Como não recorro aos métodos do JEG ou da BESTA, jamais apelo à mentira. Lido apenas com as verdades que dizem respeito a Haddad — e a qualquer outro — e digo o que penso a respeito.
Anteontem, veio a público uma nova pesquisa eleitoral, desta vez do Ibope. O petista aparece com 3% dos votos — e 12% de rejeição. Os petistas estão enfrentando algumas dificuldades para fazer alianças. Haddad faz de tudo para ser notícia. Uma de suas práticas consiste em ser judicioso sobre programas da Prefeitura que estão em curso. Tem valido de tudo para conseguir título em jornal. Vejam o que se lê agora no Estadão Online. Volto em seguida.
Por Daiene Cardoso:
O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, informou nesta sexta-feira, 11, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará disponível para entrar em sua campanha a partir da próxima terça-feira, 15. Nesta semana, Lula encontrou-se com Haddad e com o marqueteiro João Santana para pedir que eles produzam um cronograma de atividades conjuntas. “Ele nos deu autorização para que nós elaborássemos uma programação conjunta”, contou Haddad, durante visita à região da Casa Verde, na zona norte da Capital.
Segundo Haddad, Lula recebeu o aval da equipe médica responsável por seu tratamento de combate a um câncer na laringe para que ampliasse sua agenda de atividades. Além das atividades de campanha, Haddad afirmou que Lula quer a sua presença também em eventos de sua agenda pessoal. “O presidente terá algumas atividades e ele já pediu a minha presença”, frisou.
O pré-candidato petista confirmou que paralelamente às negociações do PT municipal com partidos aliados do governo Dilma Rousseff, Lula se dedicará nos próximos dias a fechar negociações com os diretórios nacionais dessas legendas, dentre elas PSB, PCdoB e PR. “O presidente vai manter conversações com os partidos e nós vamos falar com os presidentes municipais desses partidos”, afirmou.
(…)
VolteiSabem o que mais me impressiona nesse rapaz — além da comprovada incompetência demonstrada no Ministério da Educação? Ele não tem a menor independência e faz questão de demonstrar isso. Seu grande ativo, ele é o primeiro a evidenciá-lo, é ter sido “eleito” por Lula. Vejam ali o que informa o Estadão. Qual é a notícia? Qual é o lead? Este: “Haddad informa que Lula entra na sua campanha na terça-feira”.
Não é impressionante?
Isso quer dizer o que quer dizer: não tem apoio ainda no PT, não tem apoio do eleitorado, não tem apoio de outros partidos. Tudo depende de Lula usar seu prestígio e influência para mobilizar todos esses grupos. Parece brincadeira. Se Lula não existisse, então, nem pudesse entrar na sua campanha, não haveria candidatura. É um político que tem existência apenas derivada.
Convenham: é um troço patético! É isso o que alguns analistas isentos (mas petistas de alma ou de serviço) chamam de “novidade” no processo eleitoral de São Paulo, entenderam? A novidade consiste em haver um candidato ignorado pelo grande eleitorado e até pelo eleitorado do próprio PT. A novidade é haver um nome eleito por um homem só: o coronel Lula.
E Haddad não disfarça essa condição. Ainda que quisesse, que alternativa teria?
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 19:53

Planalto nega em nota oficial interferência na venda da Delta

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou nota oficial negando a interferência do governo na compra da Delta pelo grupo JBS, de que o BNDES é acionista.
Em relação às negociações sobre a mudança do controle da Delta Construção, o governo federal reitera que não interfere em operações privadas.
São falsas, portanto, as ilações de que a referida operação teve aval deste governo.
O governo alerta que está em curso na Controladoria Geral da União processo de decretação de inidoneidade da Delta Construção. Caso a CGU conclua pela condenação, a empresa estará impedida de ser contratada pela administração pública, nos termos da Lei 8.666 de 1993, com consequências econômicas presentes e futuras.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.”
Voltei
Ok. Tem focinho de cachorro, corpo de cachorro, patas de cachorro, rabo de cachorro, late como cachorro, mas não é cachorro. A minha questão permanece: o BNDES será, ainda que indiretamente, sócio de uma empresa que pode ser considerada inidônea pelo próprio governo?
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 19:40

A última da esgotosfera sobre Mario Sabino

Os blogueiros do JEG (Jornalismo da Esgotosfera Governista) e da BESTA (Blogosfera Estatal) começaram a espalhar que o jornalista Mario Sabino foi contratado pela equipe de pré-campanha do tucano José Serra, que vai disputar a Prefeitura de São Paulo. Bem, é mentira, como quase tudo o que se publica por lá. Fábio Portela, que vai coordenar a área de comunicação da campanha de Serra, confirma: trata-se de um boato sem fundamento. Conversei com Sabino: “Esses caras poderiam fazer nem que fosse meio jornalismo. Se não querem ouvir os dois lados, que ouvissem ao menos um: eu ou os auxiliares do pré-candidato tucano. Mas pra quê? Ouvir as pessoas é parte do trabalho de jornalistas que querem informação. Como eles produzem só maledicência e fofoca, não precisam ouvir ninguém. Produzem o lixo sem a ajuda de ninguém”.
Assim, trata-se de uma informação falsa. Mas, do outro lado do rio, é verdade que Maria Inês Nassif, a irmã do irmão, foi contratada pelo Instituto Lula. Os dois estão de parabéns! É um caso de merecimento recíproco.
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 18:53

Holding da JBS desautoriza um dos sócios da empresa e nega atuação do governo na compra da Delta

Pegou mal, evidentemente, a entrevista à Folha concedida por José Batista Junior, um dos acionistas da JBS, que decidiu comprar a construtora Delta. Na contramão do que vinha afirmando o governo, ele sustenta que o Planalto acompanha tudo de perto. De modo inequívoco, chamou a outra versão de “conversa de bêbados”. A holding da JBS, a J&F, resolveu divulgar uma nota desautorizando José Batista.  Leiam o que informa a Folha Online  (aqui e aqui):
*
A J&F Participações, holding da JBS, negou nesta sexta-feira (11) que o acordo para assumir a gestão da construtora Delta tenha sofrido interferência do governo federal no negócio. Em nota divulgada à imprensa, a empresa afirma que “a participação do BNDESPar na JBS não o torna acionista direta ou indiretamente de nenhuma empresa da holding, nem dá o direito de qualquer interferência política na J&F”. A holding J&F, controladora de empresas como o frigorífico JBS e a Vigor, confirmou nesta semana o acordo para assumir a gestão da Delta Construções.
A nota ainda diz que o acionista José Batista Junior não ocupa um cargo executivo no grupo há sete anos nem participa das decisões estratégicas da holding. E que, portanto, não foi envolvido na negociação com a Delta. “Suas declarações refletem única e exclusivamente uma opinião pessoal, que está em completo desacordo com os fatos ocorridos”, informa a nota. Em entrevista à Folha, no entanto, Junior afirmou que o governo foi consultado e deu aval à decisão de sua família de comprar a construtora Delta para impedir a paralisia de suas obras. “O governo quer que salve a companhia e dê continuidade às obras. Não quer que quebre a empresa”, disse o empresário, o primogênito da família Batista.
(…)
BNDES
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou nesta sexta-feira que o banco vai “zelar” para que compra da Delta pelo grupo J&F não traga “nenhum risco” para a instituição, sócia da JBS, principal empresa do grupo. Em resposta ao pedido de abertura de investigação do Ministério Público Federal – que inclui a solicitação de suspensão de novos aportes do BNDES à companhia –, Coutinho disse que a operação de aquisição da Delta “é apartada” da JBS, companhia com a qual o banco tem relacionamento.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 17:05

A venda da Delta é inexplicável por si. Ou: Chegou a hora de a imprensa identificar os “lulo-burgueses”. Ou: Negócios de “famiglia”

O grupo JBS já definiu o novo presidente da Delta, enquanto aguarda uma “rigorosa auditoria” (ver post abaixo)? Sei…
Há coisas que são, em si, inexplicáveis, por mais que se tente dar nó no verbo. Uma delas é essa compra, a toque de caixa, da Delta pelo grupo JBS, de que o BNDES — você, leitor amigo, orgulhe-se! — detém 31,4% das ações. O Brasil, reza velho adágio, não é para amadores. Da noite para o dia, todos seremos sócios da construtora de Fernando Cavendish. As farras em Paris são dele; os problemas da sua empresa serão nossos!
Por que é, em si, inexplicável todo esse procedimento? A resposta é simples: a auditoria nos contratos que a Controladoria Geral da União mandou fazer é para valer, ou tudo não passa de mais uma tática de despiste para passar a impressão de que algo está sendo investigado?
Venham cá: e se a Controladoria não gostar do que encontrar, como parece (ou parecia…) ser o mais provável? Isso significa que o BNDES será sócio de uma empresa considerada inidônea? Não se vai esperar nem o parecer da CGU? Ou, pior do que isso, já se tem o parecer da CGU antes mesmo que se conclua a apuração dos fatos?
Pior ainda: em tese, ninguém sabe que complicações poderiam advir para a Delta de uma CPI em andamento. Que a construtora está enrolada com Carlinhos Cachoeira, eis uma evidência, não é matéria de julgamento. Então o grupo JBS, tendo o BNDES como sócio, entra numa dessa sem saber o que vem pela frente na comissão? Ou, para arremate dos males, já tem o compromisso dos governistas de que a Delta será preservada na investigação?
Não é mesmo um escândalo que, dado um quadro como esse, alguns senhores, fingindo-se de vetustos moralizadores, queiram investigar a imprensa, que, COMPROVADAMENTE, não fez nada de errado?
O governo lulo-petista resolveu ir fundo no capitalismo de estado. Quem sabe, um dia, setores independentes da academia — não, claro, naquele ambiente em que Aloizio Mercadante vira doutor com uma “tese” para aplaudir Lula (vergonha acadêmica alheia!!!) — decidam estudar esse modelo… O que faz, afinal de contas, o BNDES com quase um terço das ações da JBS? Investe no “desenvolvimento econômico e social” do país? Não! Atua para consolidar uma elite dirigente no poder. Para tanto, ela precisa ter “capacidade de intervenção”, como agora se vê.
O governo tenta fingir distância do imbróglio, mas esse discurso foi desmoralizado por José Batista Júnior, um dos donos da JBS. Chamou, em entrevista à Folha, esse suposto distanciamento de “conversa de bêbados” e deixou claríssimo que o Planalto acompanha, sim, tudo de perto. Darei um salto interpretativo, e vocês avaliem aí se estarei sendo arbitrário: é evidente que ele está afirmando que só fará negócio se tiver garantias oficiais.
Há muito tempo não vejo uma traficância feita a céu tão aberto. A justificativa é nobre: “Precisamos cuidar dos 30 mil empregos…” Balela! Como as obras são públicas e precisam ser tocadas, se os empregados saíssem da Delta, iriam para outra construtora ou empreiteira. Estamos, isto sim, é constatando que porcaria é termos um “estado-patrão”. Seus controladores da hora, o governo, fazem o que bem entendem, sem dar satisfações a ninguém.
Está na hora de a imprensa fazer uma grande reportagem-balanço sobre os megaganhadores da era lulo-petista, identificando quanto a sua consolidação ou crescimento custaram aos cofres públicos. Esse período transferiu, certamente, alguma renda aos muito pobres, como está dado — processo que vem de longe. Mas ninguém levou tanto como os muito ricos. Chegou a hora de identificar quem são os “lulo-burgueses”.
Cumpre não esquecer: quando a Oi comprou a Brasil Telecom, de Daniel Dantas — contra a Lei Geral de Telecomunicações —, Lula determinou que o BNDES financiasse a operação antes mesmo que ela fosse legal. A lei permitindo a compra foi mudada só depois do acordo entre as partes. Foi ali que cravei a máxima sobre o capitalismo à moda petista: no mundo democrático, os negócios são feitos de acordo com a lei; no Brasil petista, as leis são feitas de acordo com os negócios.
O petismo prometeu revolucionar o capitalismo. Está cumprindo a promessa: sob a sua gerência, o modelo está virando um “negócio de famiglia“.
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 16:36

Grupo JBS define novo presidente da Delta

Leiam o que informa Julio Wiziack, na Folha Online. Comento no próximo post:
A J&F definiu, nesta sexta-feira, o novo presidente da empreiteira Delta. O cargo será ocupado por Humberto Farias, ex-presidente da usina de álcool e açúcar Renuka. A holding J&F, controladora de empresas como o frigorífico JBS e a Vigor, confirmou na quarta-feira (9) o acordo para assumir a gestão da Delta Construções -empreiteira de Fernando Cavendish que teve seu nome ligado ao escândalo envolvendo o empresário de jogos ilegais Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro por uma operação da Polícia Federal. No comunicado, grupo informou que o acordo, que passa a vigorar a partir da semana que vem, foi assinado na segunda-feira (7) e que a empreiteira passará por um rígido processo “de auditoria” nos próximos meses. Somente após os resultados desta diligência será ou não exercida uma opção de compra.
O contrato preliminar dá direito à J&F de substituir a estrutura administrativa da Delta, incluindo presidente, diretores e membros do Conselho de Administração. Este contrato preliminar, que vincula as partes e que será confirmado pela J&F a partir dos resultados da diligência, resguarda os novos gestores de qualquer responsabilidade em relação aos contratos vigentes até que a auditoria seja concluída. Segundo o comunicado, a Delta terá a “gestão profissionalizada a partir dos mais altos padrões de governança corporativa [transparência]“. “Nosso objetivo é honrar os contratos que serão auditados e preservar os mais de 30 mil empregos da Delta”, diz Joesley Batista, acionista da J&F, no comunicado.
Investigação
O acordo entre a Delta e a holding J&F, no entanto, será alvo de investigação da Procuradoria da República do Rio de Janeiro. O pedido de abertura de inquérito civil foi requerido na quarta-feira (9) pelo procurador-chefe substituto da República da 2ª Região, Nívio de Freitas Silva Filho. O objetivo é apurar possíveis irregularidades no negócio, considerando a Delta alvo de denúncias de fraude, corrupção e superfaturamento, e a JBS uma empresa com 31,4% de participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
“Caso se concretize esse negócio, por força de sua participação acionária no grupo JBS, o BNDES, em evidente afronta aos princípios da legalidade e moralidade, irá inexoravelmente participar de empresa sobre a qual recaem notícias da prática de graves ilicitudes e que se sujeita a ser declarada inidônea para contratar com o poder público”, disse Silva Filho. “É necessário eliminar, por completo, qualquer artifício que tenda a burlar a responsabilidade patrimonial da empresa e seus agentes pelos danos eventualmente causados, transferindo-a, de forma no mínimo irregular, para o próprio credor, a administração pública”, completou no pedido.
O procurador regional considerou urgente a tomada de medidas para evitar a alienação do patrimônio da Delta, dada a gravidade e a extensão das fraudes noticiadas recentemente. Em seu ofício, Silva Filho registra ser atípica a saída da Delta de obras importantes como da reforma do Maracanã e da Transcarioca (corredor expresso de ônibus) -todas no Rio–, abrindo mão de altas receitas, enquanto construtoras de seu porte buscam acumular grandes contratos públicos. Para ele, deve ser verificada a possibilidade de mover ação na Justiça com pedido liminar para suspender a transação recém-confirmada pela J&F.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 16:02

Um espectro ronda o Brasil: a condenação de José Dirceu! Vejam as graves consequências que nos aguardam caso ocorra essa injustiça

Um espectro ronda o Brasil caso o chefe de quadrilha (segundo a Procuradoria Geral da República) José Dirceu seja condenado pelo STF. Segundo ele anda espalhando por aí, pode haver graves reações de inconformismo. Abaixo, algumas das ameaças que ameaçam tirar o nosso sossego:
- Evo Morales pode invadir o Brasil e tomar, desta vez, a sede da Petrobras — duas refinarias nossas, ele já tomou. Uma semana antes de roubá-las, com armas na mão, reuniu-se com o Zé…;
- Cristina Kirchner pode liderar os fascistoides do grupo La Cámpora, dar um beiço na nossa Constituição e empastelar jornais e revistas que não apoiam o Zé;
- Hugo Chávez pode usar alguns parlamentares de sua base no Congresso, em Brasília, e fazer votar uma lei que obrigue os poderosos a se tratar de câncer em Cuba;
- Mahmoud Ahmadinejad vai determinar que as mulheres só frequentem as praias e as piscinas com o corpo devidamente coberto para que pobres tarados não caiam vítimas de seus ardis;
- Rafael Correa dará um basta na farra da imprensa burguesa e vai exilar alguns proprietários dos meios de comunicação que não reconhecem a força do “povo popular”;
- Daniel Ortega imporá uma lei estabelecendo o tamanho mínimo das orelhas para que alguém possa governar o Brasil: nunca menor do que as de um jumento e nunca maior do que as suas.
- Raúl Castro vai determinar o fim da produção de papel higiênico no país. A exemplo dos cubanos, os brasileiros também serão obrigados a usar as páginas do jornal Granma, do Partido Comunista Cubano. Afinal, para ler e refletir, já existe na rede o Granma.cu!!!
E você, leitor? O que acha que pode acontecer caso seja consumada essa terrível injustiça?
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 7:13

LEIAM ABAIXO

— José Dirceu, acreditem!, prevê massas nas ruas se for condenado pelo STF!!! Ou: na raiz da pantomima do Zé está a briga pelo espólio do PT. A lenta sucessão no partido já começou;— Tudo o que interessa dizer sobre a “Comissão da Verdade”, que já traz uma mentira na própria lei que a criou. Ou: O segredo de aborrecer é dizer tudo!;— Delegado pede investigação sobre a Delta;— Dono da JBS diz que governo deu aval para comprar Delta e diz que boato sobre descontentamento do Planalto é “conversa de bêbado”;— Pode não parecer, mas Cabral está “melhorando a imagem do Rio”;— Editorial da Folha - “Vale-tudo na CPI”;— Ministros do STF se vêm obrigados a deixar claro o óbvio: procurador-geral na pode depor na CPI;— Associação de Procuradores defende Gurgel de ataque organizado por mensaleiros em parceria com Collor;— Planalto usa Wikipédia e omite dados sobre advogada de Dilma em perfis de comissão;— Caso Celso Daniel: Justiça condena três acusados;— Dilma anuncia integrantes da Comissão da Verdade;— Ibope: Chalita e Haddad se expuseram como nunca e despertaram muito mais rejeição do que adesão. É o único dado relevante da pesquisa;— MP pede que venda da Delta para a JBS seja investigada! É o mínimo!;— O PT dá aula de como funciona e democracia leninista-stalinista do partido. Vejam que graça!;— Comentários;— Não sou “Rei” coisa nenhuma para os vigaristas, os tontos e as tontas;— Recado aos membros da CPI: O COLABORADOR DE VÉSPERA DOSASSASSINOS DE INSTITUIÇÕES SERÁ SEMPRE UM FUTURO ALVO. Perguntem a Stálin!;— Cessão de terreno ao Instituto Lula gera protesto;— Cachoeira será testemunha de defesa de Demóstenes;— A democracia, o jornalismo e as tentações totalitárias;— Acertei na mosca! Fiscais dizem ter encontrado 90 empregados de uma construtora em regime de “trabalho escravo”. E aí? É o caso de expropriar a dita-cuja? E doar para quem? Chamem a Letícia Sabatella para decidir;— Reação de Gurgel à quadrilha do mensalão foi corajosa;— PEC DO TRABALHO ESCRAVO - Votação é adiada; até petista concorda com o que se escreveu aqui. Vão chamá-lo também de “reacionário”?;— Um recado aos quadrilheiros da Internet e a alguns poucos desavisados;— Gurgel diz que está sendo atacado porque há gente com “medo do julgamento do mensalão”;— Carcará e Falcão contra a liberdade de imprensa;— Venda da Delta? Tem boi na linha! Ou melhor: uma boiada!;— Fala o promotor do caso Celso Daniel: “Quem levava o dinheiro da quadrilha para o partido era o Gilberto Carvalho”
Por Reinaldo Azevedo
11/05/2012
 às 6:57

José Dirceu, acreditem!, prevê massas nas ruas se for condenado pelo STF!!! Ou: na raiz da pantomima do Zé está a briga pelo espólio do PT. A lenta sucessão no partido já começou

Entenda por que José Dirceu montou a tresloucada operação para tentar se safar no Supremo, sem poupar STF, PGR ou imprensa. Ele quer mais do que a absolvição. Ele quer é, finalmente, ter o controle total do PT.
Ai, ai, terei de apelar a um autor que eles julgam “deles”, mas que José Dirceu certamente não leu porque não consta que o folgazão tenha sido um socialista muito disciplinado. No “18 Brumário”, ao esculhambar Luís Bonaparte — o sobrinho de Napoleão, que tentava viver como farsa as glórias do tio — escreveu Marx, acusando-o de se ligar à pior escória e formar um exército informal de vagabundos e desclassificados:
“(…) só quando ele próprio assume a sério o seu papel imperial, e sob a máscara napoleônica imagina ser o verdadeiro Napoleão, só aí ele se torna vítima de sua própria concepção do mundo, o bufão sério que não mais toma a história universal por uma comédia e sim a sua própria comédia pela história universal.”
A tirada serviria tanto para definir Luiz Inácio Lula da Silva como José Dirceu. O primeiro, no entanto, já está virando história (e esse fato é central nesta pantomima) — e fatalmente chegará o tempo em que será revisitado, por mais que o país emburreça. A caracterização da personagem patética, que faz de si mesmo uma imagem que os fatos se negam a referendar, serve hoje como a luva em José Dirceu, certamente o elemento mais deletério do petismo porque não carrega consigo nem mesmo a marca de certa inovação que Lula, sem dúvida, representou num dado momento da história — depois o sindicalista se perdeu e se dedicou à construção do aparelho partidário que ambicionaria, como ambiciona, substituir a sociedade.
Dirceu, com o aporte de Lula, está na raiz de uma frenética movimentação para tentar desmoralizar as instituições brasileiras. Nada escapa ao seu radar, como aqui se vem dizendo desde o fim de março: Procuradoria-Geral da República, Supremo Tribunal Federal e, obviamente, a imprensa. A exemplo de Luís Bonaparte, também tem a sua escória: o subjornalismo pistoleiro — em versão impressa e eletrônica — e uma gangue organizada para patrulhar a Internet e constituir uma enorme rede de difamação de adversários. O objetivo é um só: demonstrar que ninguém tem autoridade moral no país para condená-lo e aos demais quadrilheiros (como os caracterizou a Procuradoria Geral da República).
Todas as acusações que há contra a turma — escandalosamente recheadas de EVIDÊNCIAS E CONFISSÕES, como a feita por Duda Mendonça — seriam fruto de uma grande conspiração. Não por acaso, Rui Falcão, presidente do PT, a lorpa da democracia e do estado de direito, saiu atirando contra a o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e contra a imprensa. “Contra a imprensa, não, contra a VEJA!”, diria um bobinho. Isso é bobagem! Podem ter lá a sua hierarquia de desafetos dentro do ódio geral. Mas o ódio que cultivam é à liberdade de expressão. Basta que lembremos quantas vezes eles tentaram criar mecanismos para censurar o jornalismo. Lula teria feito a promessa solene a alguns interlocutores que ainda conseguirá esse intento antes de sair de cena. Na semana passada, Falcão anunciou que a “mídia” será o próximo alvo do governo Dilma. Consta que falou por sua própria conta. De todo modo, o dinheiro público continua a financiar a esgotosfera, prática inexistente nas demais democracias do do mundo. Sigamos.
Povo nas ruasO “Zé” agora deu para espalhar por aí, com convicção mesmo, a seus interlocutores que “a sociedade não aceitará a sua condenação” e que, se isso acontecer, “haverá reação”. É mesmo? Reação de quem? Dirceu está confundindo a súcia virtual criada pelos seus sequazes, que finge formar um exército de milhões na Internet, com pessoas de verdade. Quem irá às ruas por José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino? Ousaria dizer que, hoje, nem mesmo o sindicalismo da CUT, que sabe ser pragmático quando interessa, se apressaria em mover uma palha em favor deste senhor.
Por que tanto desespero?Lula e Dirceu se uniram nessa batalha por motivos diferentes. O primeiro não quer que seu governo fique com a marca de ter protagonizado o maior escândalo da história republicana. Se for superado, será pelo próprio petismo — algo me diz que, bem investigada, as relações do governo federal com a Delta pode disputar o primeiro lugar. Lula já reescreveu o passado, fez com o presente o que bem quis — porque boa parte da crítica política houve por bem suspender o juízo — e agora pretende aprisionar o futuro. Tem alma de ditador, mas contida por uma institucionalidade que nunca foi de seu agrado. De todo modo, está de olho na história.
Dirceu não! Dirceu está mesmo é de olho num, como direi, futuro mais próximo, que já começa a ser presente.  Lula, é fato, perdeu muito de seu vigor. Ainda que venha a recobrar  a saúde possível, já não é mais aquela força da natureza. Poucos se deram conta de que o PT começa a ensaiar os primeiros passos da sucessão — não sucessão formal, claro! Esta é irrelevante. O partido começa a dar os primeiros passos em busca da nova força unificadora. A máquina é gigantesca, e esse é um processo muito lento.
Atenção! Não se trata de buscar um novo Lula — isso não haverá, como não houve um novo Getúlio Vargas (Emir Sader, o apedeuta diplomado, escreve “Getulho”!!!). Trata-se de consolidar posições para liderar uma era partidária pós-Lula. Se José Dirceu for condenado — e, acreditem, há mais gente no PT torcendo por isso do que no PSDB!!! —, é evidente que ele e seu grupo perdem força. Ninguém se candidata a liderar uma das maiores legendas no país com uma condenação das costas de “chefe de quadrilha”. Gente com essa denominação merece é aquele terno listrado.
O Zé não está apenas querendo limpar a sua biografia ou pensando, sei lá, em obter ganhos pessoais. Nessa área, ele é um portento, não é mesmo? Já foi até consultor da construtora… Delta! Nada disso! O Zé quer é o poder mesmo! Se não for ele a liderar esse PT pós-Lula, pensa lá com seus botões, será quem? Sabe que a eventual condenação no Supremo provocará a deserção de alguns de seus generais. O Zé precisa da absolvição para travar a luta interna, que fatamente virá.
Perderam o juízo e a vergonhaDaí o vale-tudo. Essa gente perdeu o que restava de juízo e também a vergonha. E anda falando demais! Aqui e ali, os supostos votos no Supremo estão sendo cantados e anunciados como se a Corte fosse a casa da mãe-joana, e os ministros pudessem ser separados entre aqueles que estão enquadrados e aqueles que não estão. Prefiro pensar que isso tudo é fantasia e uma forma de difamação da corte. Nesse sentido, a defesa que ministros do Supremo fizeram ontem de Gurgel foi positiva.
Eis Dirceu! Na luta pelo poder, este senhor não mede consequências. O que o Supremo vai decidir, além da sua culpa ou da sua inocência perante a Justiça (e que os ministros decidam segundo os autos), é se o Brasil continuará ou não sujeito a seus métodos e à sua comédia pessoal, vivida como se fosse a história universal.
*
Se gostaram, passem o texto adiante. Vocês, de hábito, são do balacobaco. Nestes últimos dias, no entanto, têm se superado na grandeza. Muito obrigado!
Texto publicado originalmente às 5h20
Por Reinaldo Azevedo

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