Al Qaeda assume autoria de atentado no Iêmen
Al Qaeda assume autoria de atentado no Iêmen
Rede terrorista divulgou nota dizendo que o objetivo da ação era assassinar o ministro de Defesa do país, que estava no local e não se feriu
A rede terrorista Al Qaeda na Península Arábica reivindicou a autoria do atentado cometido nesta segunda-feira (21) nos ensaios de um desfile militar na cidade de Sana, no Iêmen. Em comunicado, o grupo terrorista disse que o objetivo da operação era assassinar o ministro de Defesa, Mohammed Nasser Ahmad, que estava no local da explosão e saiu ileso.
Segundo a nota, que foi encaminhada para agências de notícias, o ataque é uma retaliação contra as operações militares dos Estados Unidos e do governo do Iêmen no sul do país. Tropas iemenitas lançaram uma ofensiva na última semana contra a cidade de Jaar, no sul do país, em operação apoiada pelos EUA. O objetivo da ação seria recuperar pontos estratégicos que foram dominados pelo grupo Ansar al-Sharia ("Seguidores da Lei Islâmica", em árabe), um grupo radical ligado a Al Qaeda.
O atentado desta segunda-feira aconteceu durante ensaios para um desfile militar das forças de defesa do país, quando um homem, disfarçado de policial, detonou um cinto de explosivos no meio de um grupo de soldados da Segurança Central. O governo do Iêmen confirmou a morte de 70 pessoas e cerca de 100 feridos - inicialmente, a informação era de 90 mortos e 220 feridos. Segundo o Ministério da Defesa, todas as vítimas eram recrutas da polícia e do Exército.
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Os soldados preparavam o desfile para um ato que lembraria nesta terça-feira o 22º aniversário da unificação do Iêmen. Esse ato, para o qual estava prevista a presença do presidente do país, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e outros altos cargos, aconteceria justamente na praça onde ocorreu a explosão, próxima ao palácio presidencial. A polícia cercou os acessos à região, onde ainda restam restos humanos espalhados pelo chão e há uma grande mancha negra de cinza.
A atividade da Al Qaeda aumentou no Iêmen desde que há mais de um ano explodiu a revolta popular contra o regime de Ali Abdullah Saleh, que abandonou o poder no final de fevereiro de 2012, quando assumiu Hadi, seu vice-presidente.
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