CÓDIGO FLORESTAL,KATIA ABREU E DILMA,A MOTO-SERRA DO PT


 
08/03/2012 - 18:10
 

Código Florestal será teste para relação de Dilma com base

Em reunião com vice, Dilma disse que vai atender pedidos dos peemedebistas rebelados. Planalto teme sofrer segunda derrota – desta vez, na Câmara

Luciana Marques
A presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente da República, Michel Temer, em evento oficial em Brasília, em 1º de março
A presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente da República, Michel Temer, em evento oficial em Brasília, em 1º de março (Ed Ferreira/AE)
Para evitar novas derrotas no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff atenderá as demandas dos peemedebistas rebelados. Dilma convocou, nesta quinta-feira, o vice-presidente Michel Temer para uma reunião de emergência com o objetivo de acertar os ponteiros entre o Planalto e o PMDB. No encontro, ficou combinado que as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, vão se reunir com os líderes do partido no início da semana que vem. O assunto é o de sempre: liberação de emendas. Mas agora Dilma não terá outra saída senão cumprir as velhas promessas – e rápido. Os deputados do PMDB ameaçam ir contra o governo na votação do Código Florestal, prevista para a próxima semana.
A insatisfação do PMDB foi manifestada na semana passada, quando deputados da legenda assinaram um documento com uma série de reclamações contra o governo e o PT. Na noite desta quarta-feira, o clima esquentou. Os senadores (com a ajuda do PMDB) negaram a recondução de Bernardo Figueiredo à direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Indicado por Dilma, o petista era quem comandava o projeto do trem-bala.
A presidente ficou irritadíssima com o resultado da votação. No momento da derrota, ela conversava com Gleisi e Ideli justamente sobre a liberação de emendas dos peemedebistas. O governo recebeu uma avaliação “equivocada” dos partidos da base sobre o possível resultado da votação. A aprovação do nome de Figueiredo era dada como certa. Se soubesse da possibilidade de uma derrota, o Planalto teria agido para adiar a votação. 

Nos bastidores, diz-se que o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), não se esforçou tanto para conter os rebelados de sua legenda ao perceber que a situação estava fora de controle. “Ele deixou acontecer”, admite uma fonte próxima a Temer. É exatamente Renan quem, ao lado do líder da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), negociará a liberação de emendas com as ministras. 
Encontro - Dilma conteve a raiva na reunião com Temer nesta manhã e tentou demonstrar que não estava “ressentida” com o partido do vice. Ela prometeu: a liberação de emendas virá. Interlocutores do Planalto afirmam que o encontro foi cordial e que a presidente já está mais tranquila em relação o tema. “O tom foi de apaziguamento”, disse um interlocutor do vice-presidente.
O Planalto espera que Temer aja para conter a bancada do PMDB na Câmara, que pretende votar contra o governo no projeto do Código Florestal. “Estamos fazendo a nossa parte”, disse uma fonte próxima a Dilma sobre a liberação de emendas. O vice-presidente ponderou que o Planalto também precisará ceder. “Os dois lados têm que chegar a um denominador comum”, disse um assessor de Temer. 
O governo espera que a crise esfrie até semana que vem, quando serão retomadas as negociações em torno do Código Florestal.  Um assessor do Planalto avalia que o clima ainda está muito “pesado” e é preciso aguardar. “Ainda há a ressaca de ontem, não vamos decidir com o fígado”.
Pelo menos enquanto o dinheiro não chega, a bancada do PMDB mantém firme a decisão de ir contra o governo na votação do código. “Não é questão de governo e meio ambiente, é questão de agricultura e pecuária”, disse o líder Henrique Alves. 

O vice-presidente deve tratar do assunto só a partir da próxima terça, quando chega a Brasília. Ele embarca às 21 horas desta quinta-feira para Boston (EUA). Temer dará uma palestra sobre integração latino-americana no Massachusetts Institute of Technology (MIT), no próximo sábado.
Nos bastidores, comenta-se que o vice-presidente está em uma verdadeira sinuca de bico. Ele não quer desagradar seu partido e, ao mesmo tempo, não pretende bater de frente com Dilma. Temer espera ser o candidato a vice da chapa encabeçada pela presidente nas eleições de 2014. 

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