NEGÓCIOS GM DESBANCA AS PODEROSAS EMPRESAS DO BRASIL

NEGÓCIOS

Nº edição: 749 | Negócios | 10.FEV.12 - 21:00

Salto alto da GM

Sob o comando de Grace Lieblein, a montadora desbanca Fiat e Volkswagen e fecha o primeiro mês de 2012 na liderança do mercado brasileiro.

Por Rafael FREIRE
Quando assumiu a operação brasileira da GM, em junho do ano passado, a americana Grace Lieblein encontrou um cenário preocupante. A participação de mercado estava em queda e a montadora contava com uma linha de carros defasada em relação à concorrência. Sua missão era sacudir a tradicional companhia e tirá-la do estado de letargia, acomodada na terceira posição no País, atrás da Fiat e Volkswagen. Sete meses depois parece que as estratégias de Grace começaram a surtir efeito. Em janeiro de 2012, a GM voltou à liderança do mercado brasileiro, posição que não ocupava desde 2004.
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Injeção de ânimo: o maior responsável pela ascensão da GM é o Cobalt (acima), o segundo
carro lançado pela americana Grace Lieblein no País.
Ainda é cedo para soltar rojões, mas não há dúvida de que o desempenho da fabricante americana no começo deste ano, é notável, se comparado ao dos seus pares do topo de pirâmide. Suas vendas aumentaram 28,5%, em relação a janeiro de 2011. A Fiat, que é líder desde 2006, cresceu 10,7% no mesmo período. A Volkswagen teve queda de 6,4%. No geral, o mercado expandiu-se 9,9%, com a venda de 252,7 mil automóveis e veículos comerciais leves, de acordo com a Fenabrave, a associação que representa os distribuidores de veículos. O principal responsável pelo salto da GM é o Cobalt, um sedã compacto, lançado em novembro do ano passado.
Vendido a partir de R$ 39.980,  o modelo teve 5.900 unidades emplacadas em janeiro, quase três vezes mais do que em dezembro. O Cobalt foi, por sinal, o único carro da GM – e um dos poucos do mercado – que não amargou queda em suas vendas no primeiro mês do ano. Outro modelo que contribuiu para a ascensão da GM foi o sedã médio Cruze, que aumentou a presença da marca na categoria de sedãs médios. Até então, a montadora concorria nessa categoria com o velho e cansado Vectra. “A GM tem uma clientela fiel e essas novidades foram uma injeção de ânimo para os consumidores”, diz Roberto Ferro, presidente do Lean Institute Brasil. 
 
Para ele, o desempenho da montadora em 2012 dependerá da renovação de sua linha. Grace terá outras cartas na manga para tentar comprovar que a recuperação em vendas da GM não foi apenas um sonho de verão. A primeira delas é a nova geração da picape média S10, que foi apresentada para a imprensa especializada na quarta-feira 8. Outras novidades também são aguardadas. Uma delas é o carro compacto Sonic, ainda sem previsão de lançamento no mercado brasileiro. Ele deverá fazer frente à avalanche de modelos populares das marcas asiáticas, como o Hyundai HB e o Toyota Etios, que devem começar a rodar nas ruas e estradas brasileiras até o fim de 2012. Procurada, a GM do Brasil não quis se pronunciar para essa reportagem.
 
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Uma brasileira nos Pampas argentinos
 
Está aumentando a presença e a influência femininas nos altos escalões da GM. Depois de Grace Lieblein, a segunda mulher a comandar a operação brasileira, chegou a vez de a filial argentina ser dirigida por uma executiva. A atual diretora de pós-venda da GM América do Sul, a paulista Isela Costantini, 39 anos, foi nomeada, na semana passada, presidente das operações da montadora na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Ela substituirá o compatriota Sergio Rocha, promovido a CEO da GM da Coreia do Sul.  Isela se reportará a Jaime Ardila, presidente da GM para a América do Sul, e começará na nova função a partir de 1º de março.  
 
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Nascida em São Paulo, Isela, filha de argentinos, estará mais do que em casa em Buenos Aires. Ela, inclusive, já morou na Argentina. Formada em marketing pela Universidade Católica do Paraná e com MBA em marketing e negócios internacionais pela Loyola University Chicago, a executiva ingressou na GM em 1998. Naquele ano,  ocupou diversos cargos no departamento de marketing até ser transferida para os Estados Unidos, onde foi superintendente de chassis da fábrica de caminhões de Arlington, no Texas. Em 2004, voltou ao Brasil como gerente de marketing. Desde 2005, comanda a área de pós-venda na América do Sul.
 
 

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