CENTENÁRIA
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ESTILO
Nº edição: 652 |
Estilo |
02.ABR.10 - 13:00
| Atualizado em 17.05 - 10:44
Centenária com corpo de vinte
Ao completar duas décadas no Brasil, a Louis Vuitton tem novo presidente - e, em primeira mão, ele revela um de seus planos: abrir uma megaloja no País, semelhante à de Paris
Por Vanessa Barone
Ouça um resumo da reportagem sobre os planos da Louis Vuitton para o Brasil
A ideia é de que, com a maison, a LV consiga fazer deslanchar a linha de prêt-à-porter da grife, desenhada pelo estilista americano Marc Jacobs desde 1998, e de outras categorias de produtos, como óculos e joias – atualmente mal explorados por falta de espaço nas lojas. “Também queremos trazer ao Brasil o prêt-à-porter masculino, que é cada vez mais importante para a grife, mas que ainda não é encontrado nas butiques brasileiras.”
François Rosset: "O projeto é para cerca de três anos, mas é inevitável ter uma maison no País"
Rosset está otimista com o Brasil. Sabe que há uma classe B em ascensão que, segundo ele, “representa o futuro da grife no País”. Em seus planos, está a abertura de butiques nas principais capitais brasileiras, como Recife, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre. “Acreditamos muito na expansão, pois agora há mais mercados maduros para receber uma loja Louis Vuitton”, afirma Rosset.
Objeto de desejo: a butique aberta na semana passada no Shopping Iguatemi de Brasília reúne os principais ícones da LV,
como a bolsa tiracolo de monogramas, ao lado
O segredo, afirma o presidente, está no serviço prestado. “Nossos vendedores não recebem comissão por vendas, mas um salário fixo. Queremos que a experiência de um cliente que entre para comprar uma bolsa ou de outro que quer apenas conhecer os produtos seja a mesma.”
Linha completa: roupas da recente coleção de prêt-à-porter desenhada pelo estilista Marc Jacobs
São 14 ateliês de artigos de couro (sendo 11 na França, dois na Espanha e um nos Estados Unidos), quatro ateliês de sapatos na Itália, um de relógios na Suíça e um de cintos nas Espanha. O número de funcionários supera os 15 mil, sendo que 68% deles estão fora da França. “Dessa forma, não ficamos nas mãos de fornecedores e, enquanto muitas marcas anunciavam saldos, a LV manteve os preços e as vendas não sofreram abalos.”
Flagship store à francesa: com o modelo de megaloja, a intenção é expor todas as linhas de produtos do univerno da grife centenária
O projeto da loja, no entanto, traz detalhes surpreendentes, caso do espaço dedicado aos acessórios masculinos, com ambientação mais sóbria que a festiva ala feminina. “É para eles ficarem mais à vontade”, afirma Rosset. O mobiliário também é especial: foi feito pelo designer Sergio Rodrigues, que reinterpretou algumas de suas criações – como o banco Mocho (1954), a poltrona Drummond (1959) e a luminária Tcheko, ambas da década de 70.
A abertura da loja também marcou a finalização de um projeto da Louis Vuitton que conta com a participação do artista plástico Vik Muniz e da ONG Spectaculu, fundada pelo designer Gringo Cardia, no Rio de Janeiro. Com o patrocínio da LV, Muniz e os estudantes que fazem parte da ONG passaram seis meses realizando oficinas de artes em que o logo LV era reinterpretado usando-se diversos materiais.
O trabalho gerou um vídeo e a criação do lenço Individuals, que traz o logo da grife feito com a fotografia dos participantes da Spectaculu. O lenço está à venda na butique de Brasília, por R$ 1.120, com tiragem de apenas 150 unidades.
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