O CRÔNICO ATRASO SOCIAL DO TOCANTINS E DO BRASIL


  • A SEMANA > EDITORIAL
  • |  N° Edição:  2191
  • |  04.Nov.11 - 21:00
  • |  Atualizado em 07.Nov.11 - 12:49
"O CRÔNICO ATRASO SOCIAL"
Carlos José Marques, diretor editorial
As conquistas sociais propagandeadas no Brasil não se verificaram na mesma proporção no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O relatório do IDH, divulgado todos os anos pela ONU, saiu na se­­mana passada com uma triste constatação: entre os países emergentes dos Brics – incluindo China, Índia e Rússia –, o Brasil foi o que menos avançou. Ocorreram melhorias pontuais no campo da expectativa de vida, da escolaridade e da renda – além de pequenas variações positivas na área de saneamento e transporte –, mas mesmo nesses itens o máximo que o País conquistou foi alcançar o nível no qual os EUA se encontravam há 40 anos. Mais grave: o ritmo da evolução desses indicadores nacionais caiu. O Brasil mantém, inapelavelmente, um quadro de desigualdade crônica que o impede de alcançar o grupo de elite entre os que mais civilizadamente atendem a sua população. No ranking, a po­sição brasileira foi de 84º lugar entre as 187 nações avaliadas. Do ano passado para cá, o País subiu apenas uma colocação. Esse desenvolvimento a passos lentos é fruto, principalmente, do baixo volume de investimentos que o setor público tem descolado para solucionar o enorme e histórico déficit social, que cresce geometricamente com o aumento da população. A equação que não fecha condena milhões a viver em estado de miséria absoluta. A preocupação social passou a ser uma bandeira de luta dos últimos governantes, mas o Brasil segue alargando o fosso que separa ricos e pobres. A inclusão social é uma quimera para a imensa maioria. Os benefícios criados são, em boa parte, desviados por esquemas de fraudes ou distorções na seleção dos atendidos. Falta fiscalização adequada e sistemática, planejamento e priorização de verbas para os programas dirigidos às camadas mais carentes. Na América Latina, o Brasil ainda tem de amargar a triste situação de estar na lanterna entre as dez principais nações, perdendo feio para Chile, Argentina, Uruguai, México, Panamá, Costa Rica, Peru e mesmo Cuba, Venezuela e Equador. Um contraste inadmis­sível para quem, há anos, vem liderando eco­nomicamente a região.

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