COMBATE A HEPATITE B
Ministério da Saúde foca em combate à transmissão vertical de Hepatite B
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A hepatite B adquirida na infância merece atenção especial: torna-se crônica em 90% das crianças, índice que cai para cerca de 10% entre os adultos
REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA ESTADO
O Ministério da Saúde anunciou a elaboração de um plano de prevenção à transmissão vertical de hepatite B, ou seja, da gestante para seu bebê. A ideia é extinguir a contaminação pela doença durante o parto, situação que, embora 100% evitável, têm crescido no país. A hepatite B adquirida na infância, diz a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), merece atenção especial: torna-se crônica em 90% das crianças, índice que cai para cerca de 10% entre os adultos.
“Ainda não existe um protocolo nacional”, afirma o gerente da coordenação de cuidado e qualidade de vida do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Marcelo Araújo de Freitas. Segundo ele,um comitê já começou a se reunir para criar o protocolo.
De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, publicado em 2010 pelo Ministério da Saúde, a contaminação por hepatite B durante o parto têm tido maior participação no total de casos da doença no País. Em 1999, a transmissão vertical era responsável por 1,5% dos novos casos - já em 2009, a parcela passou a ser de 2,1%. Ao longo desses 10 anos, foram notificados 1.869 casos de transmissão da mãe para o bebê e houve 11.281 casos de gestantes com a doença.
A transmissão da hepatite B durante o parto é plenamente evitável, desde que a mãe siga orientações específicas. “Quando ocorre a transmissão vertical, é porque alguém falhou”, diz o médico Raymundo Paraná, presidente da SBH. Se nenhuma medida preventiva for tomada, o risco de a mãe passar a doença para o bebê é altíssimo.
“Nas situações em que as medidas de prevenção não são adotadas, o risco está entre 70% e 90%. Quanto à hepatite C, o risco de transmissão vertical é menor, em torno de 6% dos casos”, afirma a diretora técnica de Divisão do Programa Estadual de Hepatites Virais, Umbeliana Barbosa de Oliveira.
Para evitar a contaminação, é essencial que o exame de hepatite seja pedido a todas as gestantes no pré-natal. Caso seja constatada a presença do vírus, a mulher tem de ser acompanhada de perto por um hepatologista. Ela poderá até mesmo receber medicação caso a carga viral seja considerada alta durante o terceiro trimestre da gravidez. Após o parto, o bebê deve receber a vacinação contra a hepatite B e um anticorpo específico, a imunoglobulina.
Segundo Umbeliana, o risco de transmissão dos vírus das hepatites B e C pelo aleitamento materno é baixo. “Apesar da possibilidade, não há evidências conclusivas de aumento de risco à infecção, exceto na ocorrência de fissuras ou sangramento nos mamilos.”
LH
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A hepatite B adquirida na infância merece atenção especial: torna-se crônica em 90% das crianças, índice que cai para cerca de 10% entre os adultos
REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA ESTADO
O Ministério da Saúde anunciou a elaboração de um plano de prevenção à transmissão vertical de hepatite B, ou seja, da gestante para seu bebê. A ideia é extinguir a contaminação pela doença durante o parto, situação que, embora 100% evitável, têm crescido no país. A hepatite B adquirida na infância, diz a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), merece atenção especial: torna-se crônica em 90% das crianças, índice que cai para cerca de 10% entre os adultos.
“Ainda não existe um protocolo nacional”, afirma o gerente da coordenação de cuidado e qualidade de vida do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Marcelo Araújo de Freitas. Segundo ele,um comitê já começou a se reunir para criar o protocolo.
De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, publicado em 2010 pelo Ministério da Saúde, a contaminação por hepatite B durante o parto têm tido maior participação no total de casos da doença no País. Em 1999, a transmissão vertical era responsável por 1,5% dos novos casos - já em 2009, a parcela passou a ser de 2,1%. Ao longo desses 10 anos, foram notificados 1.869 casos de transmissão da mãe para o bebê e houve 11.281 casos de gestantes com a doença.
A transmissão da hepatite B durante o parto é plenamente evitável, desde que a mãe siga orientações específicas. “Quando ocorre a transmissão vertical, é porque alguém falhou”, diz o médico Raymundo Paraná, presidente da SBH. Se nenhuma medida preventiva for tomada, o risco de a mãe passar a doença para o bebê é altíssimo.
“Nas situações em que as medidas de prevenção não são adotadas, o risco está entre 70% e 90%. Quanto à hepatite C, o risco de transmissão vertical é menor, em torno de 6% dos casos”, afirma a diretora técnica de Divisão do Programa Estadual de Hepatites Virais, Umbeliana Barbosa de Oliveira.
Para evitar a contaminação, é essencial que o exame de hepatite seja pedido a todas as gestantes no pré-natal. Caso seja constatada a presença do vírus, a mulher tem de ser acompanhada de perto por um hepatologista. Ela poderá até mesmo receber medicação caso a carga viral seja considerada alta durante o terceiro trimestre da gravidez. Após o parto, o bebê deve receber a vacinação contra a hepatite B e um anticorpo específico, a imunoglobulina.
Segundo Umbeliana, o risco de transmissão dos vírus das hepatites B e C pelo aleitamento materno é baixo. “Apesar da possibilidade, não há evidências conclusivas de aumento de risco à infecção, exceto na ocorrência de fissuras ou sangramento nos mamilos.”
LH
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