O FILTRO

Para o Planalto, caso Palocci está encerrado. Falta saber o que a oposição acha

TER , 17/5/2011 REDAÇÃO ÉPOCA BRASIL TAGS: 160511, ANTONIO PALOCCI, DUARTE NOGUEIRA, JOSÉ SERRA, O ESTADO DE S.PAULO, POLÍTICA
Dois dias depois da denúncia de que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, multiplicou por 20 seu patrimônio entre 2006 e 2010, a pressão da oposição que era esperada sobre o ministro foi bastante reduzida. O Estadão mostra que o governo criou uma “operação para blindar” Palocci e que o Planalto considera que o caso não terá grandes repercussões.

No final do dia, a avaliação no Planalto é de que o assunto “está encerrado” e só será “requentado” se a oposição convocar Palocci a depor.
Após a denúncia, o DEM e o PPS prometerem protocolar pedidos de explicações contra o ministro, o que devem fazer em breve. Mas a tranquilidade da oposição como um todo surpreende. O ex-candidato a presidente José Serra (PSDB), próximo de Palocci, iniciou a onda de calmaria ao dizer que Palocci “já deu as explicações e saberá dar outras”. Em entrevista à rádio Estadão ESPN, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), disse que o ministro deve apresentar explicações, mas concordou com Serra sobre a necessidade de não crucificar Palocci.

Curiosamente, alguns petistas, como os senadores Walter Pinheiro (PE) e Eduardo Suplicy (SP) afirmaram em público que Palocci precisa dar explicações. Cobrar, por sinal, era o que o PT mais fazia quando era oposição, muitas vezes até injustamente, como reconhecem os próprios dirigentes do partido. Mas é algo que parece cada vez mais complicado para PSDB, DEM e PPS.

José Antonio Lima

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Uma Arábia Saudita mais assertiva vai surgir

TER , 17/5/2011 REDAÇÃO ÉPOCA MUNDO TAGS: 160511, ARÁBIA SAUDITA, ESTADOS UNIDOS, THE WASHINGTON POST
Um artigo publicado no jornal The Washington Post por Nawaf Obaid, pesquisador do Centro de Pesquisa e Estudos Islâmicos Rei Faisal, na Arábia Saudita, vai a fundo no debate sobre como o chamado levante árabe, e as reações dos Estados Unidos a ele, abalaram o relacionamento entre o governo da Arábia Saudita e a Casa Branca, parceiros há décadas. Obaid afirma que a famosa troca de “petróleo por segurança” não se sustenta mais diante dos acontecimentos recentes na região. O levante, que ameaça outras monarquias da região, complementa o rancor saudita diante da invasão americana do Iraque, em 2003, que abriu as portas para o Irã – eterno rival da Arábia Saudita – aumentar sua influência na região.

O pesquisador lembra que a Arábia está agindo para conter o levante (em março, invadiu o Bahrein), deve deixar de pressionar os palestinos por um acordo pela paz com Israel e está gastando cerca de US$ 100 bilhões para renovar suas forças armadas. Para o analista, essa mudança de postura pode parecer preocupante, mas o surgimento de uma Arábia Saudita mais assertiva pode ser benéfico para a região.

A Arábia Saudita tem a vontade e os meios para ir ao encontro de suas responsabilidades globais. Em alguns assuntos, como contraterrorismo e esforços para diminuir a lavagem de dinheiro, os sauditas vão continuar a ser um forte parceiro dos EUA. Em áreas na qual a segurança nacional saudita ou interesses estratégicos estão em jogo, o reino vai buscar sua agenda própria. Com o Irã trabalhando incansavelmente para dominar a região, a Irmandade Muçulmana crescendo no Egito e tensão em quase todas as suas fronteiras, há muita coisa em jogo para o reino confiar apenas com uma política de segurança escrita em Washington, que saiu pela culatra mais vezes do que funcionou e espalhou instabilidade. A relação especial talvez nunca mais seja a mesma, mas desta transformação pode surgir um Oriente Médio mais estável e seguro”.
José Antonio Lima

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Um emergente no FMI?

TER , 17/5/2011 REDAÇÃO ÉPOCA MUNDO, NEGÓCIOS & CARREIRA TAGS: 160511, ALEMANHA, CHRISTINE LAGARDE, DOMINIQUE STRAUSS-KAHN, ECONOMIA, FMI, FRANÇA, THE WALL
Paul Hannon, articulista do The Wall Street Journal, publicou artigo na edição desta terça-feira (17) do jornal fazendo duras críticas aos países europeus e sugerindo que o novo presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI) – caso seja mesmo provada a culpa de Dominique Strauss-Kahn, acusado de estupro – deveria sair de uma economia emergente e não, como de costume, da Europa.

Hannon culpa as decisões políticas dos países centrais da União Europeia (Alemanha e França, principalmente) pela crise atual do euro. Ele afirma que a falta de punição por parte da UE aos países que violam as regras do bloco econômico gerou as dívidas enormes de Grécia e Portugal e acusa os países europeus de quererem colocar no FMI um líder que seja manobrável – ou seja, que responda aos interesses próprios da UE, em detrimento do resto do mundo. O colunista destaca as palavras de Angela Merkel, a chanceler da Alemanha, segundo quem um emergente deveria assumir o FMI a médio prazo, mas não agora, quando a UE passa pela crise, e lembra que, quando a América do Sul e a Ásia estavam afundadas em crises, a Europa costumava exigir as medidas econômicas corretas, não importando quão duras elas fossem.

Quando a Ásia estava passando por sua própria crise financeira nos anos 1990, os líderes europeus não sugeriram que alguém da Indonésia, das Filipinas ou da Tailândia estaria em uma situação melhor para dirigir o FMI. E quando a América Latina estava passando pela crise da dívida soberana nos anos 1980, a Europa estava contente por ver uma sucessão de burocratas franceses comandando o fundo. Nesses períodos, empatia e flexibilidade não eram as principais qualificações para o trabalho. Na verdade, uma dura e inabalável insistência em fazer o que era certo era considerado um pré requisito, pelo menos quando outros líders – ou melhor, outros líderes políticos – iriam sentir os efeitos.
É certo que autoridades e economistas no Brasil, na China e na Índia pensam como Hannon, mas é certo também transpor a pressão da Europa é uma tarefa difícilima. Nesta terça-feira, como também mostra o WSJ, o ministro das Finanças da Irlanda, Michael Noonan, foi mais um a defender um europeu no FMI. E Noonan, como já vinha fazendo a imprensa europeia, citou a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, como uma boa substituta para Strauss-Kahn. Ao que parece, ela é a favorita para assumir o cargo.

José Antonio Lima

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O mapa dos jornais do mundo

SEG , 16/5/2011 REDAÇÃO ÉPOCA MUNDO, SOCIEDADE TAGS: 160511, IMPRENSA


Jornalismo é uma prática mundial, embora em alguns países os veículos de informação sejam poucos. É isso que mostra o site newspaper map, que em um Google Maps a exata localização de vários, vários jornais de todo o mundo – e não só os grandes, mas títulos regionais bem pequenos também, incluindo do Brasil. A cor dos marcadores é uma legenda para a língua das publicações. O azul claro é o do português, e quase todos os pinos estão no Brasil. O vermelho, do espanhol, também fica mais na América Latina do que no resto do planeta. Junto com Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha e uma parte da Austrália e da Escandinávia, o Brasil é um dos lugares com mais concentração de jornais. Vale lembrar que uma imprensa forte é, normalmente, característica de países com uma democracia forte e certa estabilidade econômica. África, Oriente Médio e a Europa Oriental têm menos jornais.

Renan Dissenha Fagundes

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Donald Trump desiste de concorrer à Casa Branca

SEG , 16/5/2011 REDAÇÃO ÉPOCA MUNDO TAGS: 160511, DONALD TRUMP, ESTADOS UNIDOS, FOX NEWS
O site da TV americana Fox News informa que o bilionário Donald Trump desistiu de concorrer à sucessão de Barack Obama em 2012. De acordo com a emissora, ele tomou a decisão após negociar a manutenção de seu reality show, The Celebrity Apprentice (algo como Aprendiz de Celebridade), com a rede NBC. No comunicado em que divulgou sua decisão, a Fox News constatou o “estilo registrado de Trump”, pois ele deixou a disputa dizendo ter possibilidade reais de ser eleito presidente dos Estados Unidos.

“Essa decisão não foi tomada facilmente ou sem arrependimentos; especialmente porque minha potencial candidatura continua a ser validada pela liderança entre os candidatos republicanos em pesquisas feitas por todo o país”, disse Trump. “Eu mantenho a forte convicção de que se eu concorresse, eu teria chances de ganhar as primárias e, em última instância, a eleição geral. Eu gastei os últimos meses realizando minha campanha não oficial e reconheço que concorrer para um cargo público não pode ser feito sem dedicação total. Em última instância, no entanto, os negócios são minha maior paixão e eu não estou pronto para deixar o setor privado”
José Antonio Lima

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Chávez pede um dia de salário a eleitores

SEG , 16/5/2011 REDAÇÃO ÉPOCA MUNDO TAGS: 160511, HUGO CHÁVEZ, VENEZUELA
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, continua tendo ideias mirabolantes. Desta vez, ele decidiu realizar uma campanha para coletar doações para o Partido Socialista Unido de Venezuela (Psuv), o seu partido, e o valor sugerido é o de um dia salário. Segundo o site da TV venezuelana Globovisión, a campanha começou nesta segunda-feira (16) e vai até o dia 31 e os fundos são destinados a “cobrir gastos administrativos”:

Os militantes que desejem fazer o depósito vão a esses lugares, retiram o talão de depósito e efetuam a doação ao banco correspondente. Além desta modalidade, os depósitos podem ser realizados por meio de mensagens de texto, a partir de qualquer celular, escrevendo a palavra VENCEREMOS seguida do valor. O custo é de 5 bolívares.
Chávez usou seu Twitter (@chavezcandanga) para reforçar a campanha e conclamar seus partidários a doar para o Psuv:

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