A VIDA COMO AS MULHERES VÊEM

O que eu aprendi com as mulheres do Vietnã

Temos hoje uma nova convidada na seção Mulheres no Mundo do 7×7, que enriquecerá nossos sábados.
Renata Neder, 30 anos, é geógrafa formada pela Universidade Federal Fluminense e atualmente trabalha como coordenadora de comunicação da Rede Internacional de Segurança Alimentar, divisão da Action Aid. Renata nasceu e vive no Rio de Janeiro, mas começou a viajar bastante para o exterior, com seu trabalho nessa ONG internacional. Seus relatos têm o frescor e a seriedade de uma jovem geógrafa, ávida por conhecer novas culturas, e que se preocupa com os enormes desafios sociais do planeta.
Renata Neder
As mulheres da foto à direita são da etnia Thai e vivem na comunidade de Thanh Nua, nas proximidades de Dien Bien Phu, no noroeste do Vietnã. Elas são agricultoras que visitavam uma vila vizinha, a convite de sua professora, para aprender técnicas de manejo e produção de fertilizantes orgânicos. Até três anos atrás, elas não sabiam ler nem escrever. Desconheciam sua força e muitos de seus direitos. Seus sorrisos, registrados por minha câmera de viajante, revelam satisfação, orgulho e auto-estima.
Fui ao Vietnã para visitar projetos em três comunidades na região de fronteira com o Laos. As comunidades rurais de Na Tau, Thanh Nua e Thanh Xuong desenvolvem experiências de recuperação de uma variedade de arroz nativo, uso de fertilizantes orgânicos na agricultura e integração entre criação animal e vegetal. Essas experiências triplicaram a produtividade agrícola e garantiram alimentação durante o ano todo. Desde 1986, quando havia ali fome extrema, o governo do Vietnã tem conseguido incentivar a agricultura familiar e combater a fome.
Não é à toa que o Vietnã hoje se destaca como um dos países comprometidos em reduzir à metade a pobreza e a fome até 2015. Na Cúpula Mundial dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, realizada em setembro em Nova Iorque, com mais de 140 líderes e chefes de Estado, o Vietnã (assim como  Brasil) é apontado como um caso de sucesso.
Mas, não foi isso que mais me chamou a atenção em minha visita ao país.  O que me impressionou foi ver a determinação das mulheres – elas usaram os projetos para mudar sua posição na sociedade local e melhorar de vida. As mulheres dessa foto são um exemplo do que estou falando.
Esqueça os modelos de extensão rural tradicionais ou a escola e a educação do jeito que conhecemos normalmente. A metodologia do trabalho na região de Dien Bien Phu foi inspirada na filosofia do educador brasileiro Paulo Freire. Essa metodologia é chamada de Reflect. Associa a alfabetização de adultos ao conhecimento técnico e reflexão crítica sobre as relações sociais do grupo.
Essas mulheres Thai da foto são parte de um grupo de Reflect há três anos.  Elas se alfabetizaram, aprenderam diversas técnicas agrícolas, discutiram sobre violência doméstica, saúde da mulher e HIV, e também formaram um grupo de canto e dança.
Tudo isso mudou muita coisa na vida delas. Mas, acima de tudo, mudou como elas se colocam diante do mundo.
Uma delas me conta que, há alguns anos, antes de fazer parte do Reflect, ela quase não saía do espaço de sua casa. E certamente não iria estar em outra vila para aprender algo novo e muito menos estaria falando assim com “estranhos” como eu, especialmente alguém de outro país.
Eu pergunto a ela: por quê? O que mudou? E ela me responde que, antes, era muito tímida e não tinha coragem nenhuma. Hoje ela se sente mais forte, não tem medo de sair e ir a outros lugares, falar com outras pessoas. Ela se sente mais forte porque aprendeu a ler e escrever, e assim pode estudar com seus filhos. Se sente mais forte porque agora entende de agricultura e de comércio e pode dar sua opinião sobre o que plantam, como plantam e como vendem. Ela hoje se sente mais forte porque pode se colocar e decidir junto com o marido sobre os rumos da sua casa e da sua familia.
Poder estudar com os filhos, ir até uma cidade vizinha, aprender coisas novas, se expressar, partilhar a responsabilidade doméstica com o companheiro podem parecer para nós coisas óbvias, dadas, tidas como certas. Mas, para muitas mulheres no mundo, é algo distante e até inimaginável.
A experiência mais forte dessa visita ao Vietnã foi, sem dúvida, ver e ouvir o depoimento dessas mulheres – que não são números em uma pesquisa, mas gente de carne e osso, com rosto, nome e sentimentos. É inspirador perceber como elas se transformaram e transformaram a vida ao seu redor.

Mãe põe filha na dieta aos 2 anos: “Não queria uma criança gorda”

Com 107 quilos, a britânica Aly Gilardoni decidiu impedir a todo custo que sua filha, Corleigh, ficasse acima do peso. Estabeleceu uma dieta desde que a criança tinha 2 anos de idade e, mesmo quando ela precisava comer 1700 calorias diárias para se desenvolver, limitava sua alimentação a apenas 700 . “Estar acima do peso dominou a minha vida. Não quero que Corleigh seja como eu”, teria dito Aly, segundo reportagem do tabloide britânico Daily Mail.
A mãe está sendo acusada de descontar seus problemas na filha, que hoje tem 8 anos, e submetê-la a uma dieta de fome. Aly defende-se dizendo que fez o que fez para proteger a filha. “Não quero uma criança gorda. Sou obcecada por sua aparência. Quero que ela seja bonita e popular, algo que ela não seria se estivesse acima do peso”, afirma.
Corleigh já aderiu à obsessão da mãe: está sempre olhando para o espelho. Aly Gilardoni até se sente culpada pelo que faz com a filha, mas coloca a aparência acima de tudo.
O psiquiatra Christian Jessen alertou para o perigo de Corleigh ter deficiências nutricionais e problemas como osteoporose. Ela também corre o risco de desenvolver anorexia.
Aly demonstra não ter ideia do risco a que está expondo sua filha: “Você pode superar um transtorno alimentar com terapia. Mas, se você é gordo, vai ser gordo a vida toda”, disse.
É fato que a obesidade apresenta riscos para a saúde por aumentar as chances de desenvolver doenças cardíacas e diabetes, entre outras. Mas a anorexia é um problema gravíssimo: 20% dos pacientes morrem por complicações da doença. E seu tratamento não é nada simples, como Harriet Brown, cuja filha teve anorexia, contou ao Mulher 7×7.
Mas antes de tachar Aly de louca ou desnaturada por se preocupar tanto com a dieta da filha talvez valha a pena perguntar: que pai ou mãe nunca se preocupou que o filho/filha anda comendo demais e pode ficar obeso?
O tempo em que criança “fofinha” era criança “saudável” realmente ficou para trás e agora os pais lutam para encontrar um equilíbrio entre incentivar os filhos a se alimentar bem – e evitar a anorexia e a desnutrição – e incentivar os filhos a controlar o apetite – e evitar a obesidade e os problemas dela decorrentes. Comecei a pensar sobre o assunto depois de ler o comentário de Cátia, uma leitora do 7×7. Ela conta o seguinte:
“Estou acima do peso há sete anos. Após um acidente de carro fiquei na cama por muito tempo e ganhei muito peso. Não quero que minha filha passe por isso e às vezes a proíbo de comer. Não comida, claro, mas pão, essas coisas, principalmente à noite. Digo para ela não comer porque, senão, vai ficar enorme. Mas tenho medo que, diante disso, ela pare de comer. Preciso de ajuda.”
Cátia, espero que este post a ajude. Criar os filhos dentro de uma dieta restritiva, como fez a britânica, realmente não é uma boa saída. Tampouco ajuda ensiná-los a contar calorias ou ficar se olhando no espelho. Isso pode aumentar a preocupação das crianças com relação à aparência – o que pode gerar problemas, a anorexia entre eles.
Talvez a estratégia mais eficiente seja incentivar os filhos a ter uma vida ativa, cheia de brincadeiras que gastam energia de forma divertida, e ensiná-los a gostar de alimentos saudáveis, como frutas, verduras e legumes. Imagino que será mais fácil fazê-los brincar do que comer brócolis, mas buscar um estilo de vida saudável parece ser a melhor forma de deixar de lado o medo da obesidade sem cair numa obsessão pela aparência. Brincar com as crianças e incentivá-las a praticar esportes é mais divertido e tem menos riscos do que ensiná-las a se preocupar com qualquer coisa que se assemelhe com um pneuzinho ou com as calorias que estão ingerindo.
Um ponto importante para fazer o plano dar certo é dar o exemplo. Não é fácil, é verdade. Aly, por exemplo, confessou ao jornal inglês que, enquanto dava saladinhas para a filha, comia o que tinha vontade. Mas servir de exemplo, mesmo que derrapando lá e aqui, é bem mais honesto – com você e com seu filho – do que esperar as crianças dormirem para atacar aquele hambúrguer com milkshake.
E você, como conversa com seu filho sobre alimentação e aparência? Você tem alguma dica para ajudar a nossa leitora Cátia?

Que post você quer publicar no Mulher 7×7? Sete ganharão prêmio: coleção “As mil e uma noites”

Faltam alguns dias para este blog, de sete jornalistas, bater a marca dos mil posts publicados. Mil posts são muitas histórias, tristes e divertidas, profundas e rápidas, polêmicas, emocionantes. São enredos que se desdobram em muitos debates. Nessa troca de ideias e impressões, nós blogueiras já até conhecemos, pelo comentário, alguns de vocês. Outros leitores passam por aqui silenciosos levando alguma coisa de nós e deixando apenas pegadas eletrônicas na audiência. Aos leitores barulhentos, discretos, carinhosos, críticos, engraçados, nosso muito obrigada.
Para todas nós, tem sido muito divertido e prazeroso fazer parte deste blog, que nunca termina, que sempre se reinventa, sete dias por semana, sem cessar, como na clássica história das mil e uma noites.
Diz a lenda que, inconformada com a crueldade do rei que mandava matar no dia seguinte toda mulher que possuía, a princesa Sherazade se entregou a ele com uma estratégia para deter a matança. A cada noite, Sherazade contava ao rei uma história sem fim. Escravizado pela curiosidade sobre o enredo que se desdobrava, o rei poupava Sherazade da morte. Passadas mil e uma noites, Sherazade e o rei tinham filhos. Em nome desses filhos, a princesa foi poupada. E toda essa história explicaria a origem dos mil contos.
Para comemorar nossos mil posts e a curiosidade do leitor que sempre volta aqui no dia seguinte atrás de um novo texto, vamos premiar… o leitor. Chegou a sua vez de ver publicado aqui o post que você vai escrever. O tema é livre e nossa pergunta é “qual post você gostaria de publicar no Mulher7x7?”.
Mas, ATENÇÃO: não basta responder aqui nos comentários à pergunta, dizendo apenas qual é o tema de sua preferência. Você precisa desenvolver esse tema, escrever um texto de sua autoria, que será assinado por você, como se fosse mais uma das blogueiras ou um dos blogueiros…Ou seja, nós não vamos selecionar “os melhores temas”, mas “os melhores textos, os melhores posts” escritos por vocês.
tamanho é livre, mas vocês devem ter reparado que a gente tenta não fazer nada tão curto que seja superficial nem tão longo que canse o leitor. Então, é só escrever sobre algo que sente, ou entende, ou acha importante – e mandar até meia-noite de quarta-feira, dia 27 de outubro.
Os critérios de escolha são os mesmos que nos pautaram nesses mil posts: diversidadecriatividadena abordagem e capacidade de provocar debate. Também pode ser ficção, conto, como nós mesmas já publicamos aqui no blog. Precisa ser um texto inédito, ou seja, jamais publicado em revista, livro, jornal, site ou blog.
Mande seu texto para o email concursos.culturais3@edglobo.com.br . Escolheremos os sete melhores, que serão publicados no domingo, dia 31, aqui no blog.
O concurso é para quem tem algum endereço no Brasil. Quem vive no exterior e não tem nenhum endereço aqui no país não pode concorrer. É o regulamento.
Como prêmio, os vencedores vão ganhar o clássico Livro das Mil e Uma Noites, que dispensa apresentações e parece perfeito para o evento a que se destina. A coleção, publicada pela Editora Globo em três volumes, é uma leitura obrigatória, deliciosa e clássica. Temos sete coleções separadas para os ganhadores. Mãos à obra e boa sorte.

A atração fatal das vampiras

O site americano Webdesign Dispatch postou hoje 27 fotos de vampiras fatais. É sangue pra todo lado, e algumas me reviraram um pouco o estômago, mas tem lá sua beleza. Incrível é descobrir como o tempo passa, mas essa febre de vampiros não cessa.
Em julho deste ano, fiz um post sobre um concurso de photoshop que transformava celebridades em vampiros.
Um ano antes, em julho do ano passado, Letícia já havia feito um post dizendo que os vampiros eram os príncipes modernos. Falava numa reportagem segundo a qual as mulheres se apaixonavam por vampiros por causa de suas incríveis qualidades:  misteriosos, poderosos, sensuais, magnéticos. Eles são fortes, podem voar, são bons amantes. E os personagens vampiros atuais são, além de tudo, muito apaixonados e fiéis – como o Edward, de Crepúsculo.  No mais, como não morrem, podem transformar suas namoradas em vampiras e realizar o velho sonho do felizes para sempre.
Mas será que as vampiras exercem o mesmo efeito sobre os homens?
Veja as outras fotos aqui.

Angélica: “Brigar com Luciano na ficção me fez economizar 10 anos de terapia. Quebrei tudo!”

Imagine fazer uma personagem que é traída pelo marido na ficção… contracenando com o marido da vida real? Divertido? Angustiante? Libertador? Foi o que aconteceu com a apresentadora Angélica na série As Cariocas, que começou na última terça-feira. No episódio A Traída da Barra, que só vai ao ar em dezembro, Angélica é Maria Teresa. Ela se considera bem casada, até que flagra o marido, Cícero, com outra. Na cama. E não deixa barato.
Embora esteja na TV desde pequena, quando apresentava o programa Clube da Criança, Angélica teve poucas passagens pela dramaturgia. Uma delas foi a novelinha Caça-Talentos, nos anos 90. Também fez participações especiais no cinema. Em 2004, esteve no longa-metragem Um Show de Verão, contracenando com Luciano Huck. Dizem que foi aí que pintou um clima entre eles. Naquele ano, em outubro, se casaram e hoje têm dois filhos, Joaquim e Benício.
Angélica, que completa 37 anos no próximo mês, hoje é apresentadora do Estrelas. Ela respondeu às perguntas do Mulher 7×7:
Como surgiu o convite para As Cariocas? Você aceitou logo?
Há algum tempo eu e o Daniel estávamos ensaiando trabalhar juntos novamente. Já tinha trabalhado com ele no meu primeiro filme, “Zoando na TV”. Então surgiu a oportunidade da série. Daniel me ligou pra fazer o convite e aceitei na hora.
Foi bom voltar à dramaturgia?
Eu gosto de atuar, mas não é meu foco. Não faço nada em dramaturgia há 2 anos.
Você se considera boa atriz?
Sou exigente e faço direitinho o que me pedem, mas tenho muito ainda pra aprender como atriz. Além disso não tenho prática. Praticar faz muita falta.
Quando veio o convite, você soube logo que contracenaria com o Luciano?
Não. O Daniel teve a ideia depois e me contou.
Como foi contracenar com o marido?
Achei muito divertido contracenar com o Luciano. Brigar com ele em cena foi engraçado. Quebrei tudo! Me economizou uns 10 anos de terapia!
O assunto de sua personagem é traição. Você seria capaz de perdoar uma infidelidade?
Essas coisas só vivendo pra dizer. Depende de tanta coisa. Ia ser difícil perdoar, com certeza, mas não sei.
Você já foi traída? Como reagiu?
Já fui traída em namoro e pulei fora.
Seria capaz de viver um relacionamento aberto?
Nãaaao!! Pra mim, é tudo “fechado”. Fechou comigo, então é só comigo.

Halloween: aprenda a maquiar seu filho para festas à fantasia

Não sou muito fã de Halloween. Prefiro a festa do Saci ou de qualquer outro personagem do Monteiro Lobato. E ainda mais se tiver uma Dona Benta cozinhando, melhor. Outro dia meu filho de quatro anos me perguntou a razão da minha preferência. Acho triste estarmos perdendo nossas tradições e importando outras que são distantes da nossa cultura. Morei nos Estados Unidos e era encantador ver as crianças pedindo balas de casa em casa. Mas Halloween é tão deles, uma festa do Hemisfério Norte. Eu me lembro que, na minha infância, minha vizinha fazia a Festa de São Cosme e Damião. A criançada toda da rua enchia a casa dela para disputar as guloseimas. Acredito que em poucos lugares do Brasil ainda se celebre a festa dos santos com saquinhos para crianças recheados de balas, chocolates, pirulitos e tudo o que elas tem direito a se lambuzarem. Talvez nas regiões Norte e Nordeste do país ainda se mantenham algumas dessas tradições.
Mas não tem jeito e tive que sucumbir ao Halloween. Ao menos nas escolas paulistas, a festa será das bruxas e vampiros com abóboras de caras assustadoras. Como toda criança gosta de se fantasiar nessas ocasiões, resolvi entrar na brincadeira. Entrevistei a maquiadora Joelma Amâncio da Silva, que é especialista nesse assunto e trabalha no salão Glitzmania, em São Paulo. Joelma, de 44 anos, usou produtos da marca americana Catherine Hill. Ela também indica os produtos da marca Faber-Castell que são mais baratos.
Atenção, mamães porque essa é uma maquiagem especial para o público infantil e, portanto, não usa os mesmos produtos para adultos. A não ser o lápis para contorno dos olhos que vai nas bochechas, mas ele não pode ser usado na criança dentro dos olhos. A ideia é uma pintura para as festinhas. “A mãe precisa  procurar desenhos não muito sofisticados”, diz Joelma. Nas meninas, depois de desenhar o rosto, é possível colocar alguns brilhos, que são aplicados em forma de gel. A maquiagem sai com o suor, então ela tem que ser feita já com a fantasia no corpo, quase na hora de sair. E perça ao seu filhote para não passar a mãozinho em cima, senão pode borrar.
Dicas para transformar seu filho em um vampirinho em poucos minutos:
O sombreado da bochecha é feito com um pancake vermelho, que deve ser espalhado com uma esponja macia. Depois, fazer um V com o lápis preto e ir ligando as linhas para formar  uma teia de aranha. Esse desenho também pode servir para uma fantasia do  Homem-Aranha.  
Na outra bochecha, espalhar um pancake branco e  desenhar duas bolinhas pretas, uma maior para o corpo e outra menor para a cabeça.  Se quiser fazer uma barata, puxe duas anteninhas. Se puxar umas perninhas laterais poderá sair uma  aranha.
A última etapa é a mais fácil. Desenhar dois dentes grandes saindo dos lábios com lápis preto. Preenchê-los cxom pancake branco.  Com o pancake vermelhor, fazer o sangue escorrendo. Se quiser, passe gel no cabelo de seu filho para deixá-lo em pé. Pronto! Seu filho certamente será o vampiro mais aterrorizador de toda a  festinha.
O importante é ter cuidado com a escolha dos produtos.

Em agosto, porcentagem de brasileiros no twitter foi maior que a de americanos

Eu tuito, você tuita, nós tuitamos. A conjugação se tornou parte do palavreado brasileiro. Não importa a classe social, ou o lugar do país, o brasileiro adora tuitar. A mania é tanta que no mês de agosto, a porcentagem de brasileiros que tuitaram foi maior do que a de americanos, os campeões desse meio de comunicação. Foram 23% dos internautas brasileiros contra 11% dos americanos, de acordo com uma pesquisa da comScore, uma empresa digital americana, que acaba de ser divulgada. “Os brasileiros são vorazes”, diz Katie Staton, vice-presidente de marketing da empresa. Palavras curiosas como “Senhora Aparecida” começam a circular nas mensagens internacionais, segundo a revista Time. Lembra-se do cala boca, Galvão? Quantos estrangeiros queriam saber quem era o tal do Galvão.
Mesmo com esse crescimento na porcentagem, os Estados Unidos ainda lideram no twitter, até porque proporcionalmente são muito mais internautas americanos. Mas os brasileiros estão em crescimento. A Time lista algumas explicações para o twitter ser tão popular no Brasil. Uma delas é que ele dá voz às classes desfavorecidas que agora podem ser escutadas de forma rápida e com magnitude. Outra suposição é que o Brasil, depois de 21 anos de ditadura, é sedento por formas livres de expressão. A reportagem da Time cita também o crescimento das redes sociais no país e diz que só o Facebook cresceu em 479% em um ano. Fiquei pasma com esse índice.
A revista Época  foi uma das primeiras a falar sobre essa febre nacional. E nós aqui do blog estamos sempre tuitando e também facebucando, como vocês podem bem acompanhar. A Martha é nossa musa do twitter e assim que levanta, segundo ela mesma, vai logo checando as mensagens da madrugada.
E você, também está sempre ligado no twitter?

Loura e linda, modelo (sem mão) posa de lingerie. Você acha válido ou chocante?

A quantas anda o seu preconceito? A foto da sensual e charmosa designer gráfica Tanja Kiewitz, de 35 anos, com um sorriso e olhos luminosos, provoca uma reação imediata de surpresa – e, certamente, alguns sentimentos que tentamos afastar. Tanja diz ter decidido posar de roupa íntima numa campanha na Bélgica cujo objetivo é combater a discriminação da sociedade contra pessoas como ela, que têm algum tipo de deficiência física. Da noite para o dia, começou a receber pedidos de entrevista em toda a Europa.
O anúncio do sutiã preto diz o seguinte: “olhe-me nos olhos… eu disse nos olhos”.
A campanha é de uma ONG dedicada a alertar para os problemas vividos na França e na Bélgica por pessoas incapacitadas parcialmente, chamada CAP48.
Elas não querem que a sociedade sinta pena ou vire os olhos ou tente não enxergar. Querem, isso, sim, que a sociedade se equipe, mentalmente, para aceitá-las como são e lhes dê oportunidade para se realizarem pessoalmente e profissionalmente.
Tanja disse que a repercussão foi imensa depois que sua foto apareceu em revistas e que a maioria das reações “foi positiva, muito positiva”. Ela está aturdida com o sucesso repentino por ter exibido algo que em muita gente provoca incômodo.
Pessoalmente, acho admirável a coragem de Tanja de se expor. Afinal, preconceituosos sofrem de uma deficiência invisível e disfarçada.
O que você acha da imagem?
É válida para combater o preconceito e a discriminação? Você se sente obrigado a rever seus sentimentos do que é “normalidade”? Ou a campanha é apelativa e pode provocar repulsa?

Comer, Rezar, Amar: uma visão masculina

Repórter de Época, Carlos Giffoni foi assistir ao filme Comer, Rezar, Amar e escreveu um post para o Mulher 7×7.
A culpa não é só nossa!
Sim, é um homem que invade este espaço para escrever sobre o best seller que virou um filme, vamos dizer, “de mulherzinha”. Não é preciso cuspir no chão e deixar uma mão dentro da calça e a outra segurando a lata de cerveja enquanto se assiste a uma partida de futebol para se chegar a essa conclusão.
Elizabeth Gilbert, a autora de Comer Rezar Amar, era infeliz em seu casamento e, por isso, decidiu tirar um ano sabático viajando pelo mundo. Liz buscou o equilíbrio pessoal comendo na Itália, rezando na Índia e amando na Indonésia. Bonita a história, não?
Principalmente se ela tiver final feliz. Julia Roberts, que interpreta a escritora no filme, encara mais uma vez o papel de heroína – vocês devem se lembrar de Erin Brockovich. Mas nem tudo foram flores na vida dos HOMENS com quem Liz se relaciona nesta história.
Ela tinha uma carreira consolidada como escritora, contava com um círculo de relacionamentos em Nova York que não a deixaria se sentir sozinha – a não ser se assim ela quisesse – e era casada com um homem que a amava, que a amava muito. Num dia ordinário, Liz decide e comunica ao marido que não quer mais fazer parte daquele casamento. Ele não entende nada. Esta é mais uma história de relacionamento em que a mulher acha que deixa claro para o marido a sua infelicidade e ele, por sua vez, acha que está tudo bem. Elas, que querem tanto discutir a relação, talvez precisem deixar mais claro o que passa dentro de suas cabeças, por mais que muitas vezes nem elas mesmas o saibam. Esse era o caso de Liz.
Que atire a primeira pedra a mulher que assistiu ao filme e não se emocionou na cena em que as condições do divórcio são negociadas. Stephen, o marido rejeitado, abre mão de tudo em prol do seu casamento. Liz, com a frieza que muitas mulheres comumente atribuem aos homens, diz que ele vai encontrar alguém que o ame do jeito que ele é. Depois de destruir esse coraçãozinho, a escritora ainda se envolve com um jovem ator que protagoniza uma peça baseada num de seus livros. Ironicamente, ele se parece com o ex-marido de Liz.
Ironicamente, ele também leva uma vida instável. Ironicamente, ele é feliz ao lado de Liz. Ironicamente, ela se cansa dele. A mulher vai morar com um garoto que é igual ao seu ex-marido (15 anos mais novo, porém) e sai da casa dele dizendo que não aguentava mais aquilo. Aquilo o quê? Se foi ela quem o procurou – ou pelo menos procurou, num corpo mais sarado, tudo o que já tinha vivido com o ex.
Ok. Se a solução era viajar e fugir dos problemas, “buscar o equilíbrio”, os problemas de Liz tinham o prazo de um ano para se resolver. Evidentemente, nada é tão fácil. Fazer amigos na Itália, aprender o idioma do país, comer muita pasta e ainda se sentir feliz com os “pneus” que se fazem notar não é para qualquer mulher. Ponto para Liz. Isolar-se do mundo externo para rezar num retiro espiritual na Índia e buscar o controle sobre os próprios pensamentos – de mulher! – não é fácil. Mais um ponto para Liz. Em Bali, na Indonésia, o objetivo da escritora era se reencontrar com um curandeiro que um ano antes lhe havia prometido ensinar tudo o que ele sabia. Junto ao aprendizado, Liz, que de alguma maneira se sentia melhor consigo mesma após as passagens pela Itália e pela Índia, deparou-se com a prova final da sua recuperação: um homem. E não é que todo o aprendizado – e equilíbrio – chegam à beira do precipício novamente?
Pois não são só os homens que precisam perder o medo de relacionamentos e aprender a amar.  A culpa não é só nossa!

“Aisha está feliz. Ela é uma sobrevivente”

Quando o rosto da jovem afegã Bibi Aisha (“bibi” significa algo como “senhora” em urdu), de 18 anos,estampou a capa da edição da revista americanaTime, sua beleza ficou em segundo plano, ofuscada pela chocante ausência de seu nariz, extirpado a faca pelo seu marido. Na semana passada, Aisha apareceu em público pela primeira vez usando uma prótese e pudemos, finalmente, prestar atenção ao seu sorriso. Esther Hyneman, da ONG Mulheres pelas Mulheres Afegãs, que esteve com Aisha na Califórnia, na semana passada, diz que ela está feliz com o novo visual, embora ainda não tenha conseguido deixar para trás o trauma da violência que sofreu. “Vai levar tempo para que ela se recupere, mas somos muito otimistas porque ela é uma sobrevivente. Muitas pessoas teriam morrido naquela situação”, diz Esther. Nessa entrevista, Esther conta que comprou um mapa múndi para mostrar a Aisha onde fica seu país e onde ela está agora, os Estados Unidos, e avalia a situação das mulheres no Afeganistão, onde ela passa seis meses por ano fazendo trabalho humanitário.
Lendo as muitas reportagens escritas sobre a história de Bibi Aisha, notei que há várias informações desencontradas e inconsistentes. Sua idade, quem a socorreu depois de agredida pelo marido e até qual foi a participação do Talibã na agressão. A que se pode atribuir essas diferenças?
Esther Hyneman – 
Não li todas as reportagens que saíram sobre ela, mas a maioria das entrevistas deve ter sido feita por meio de tradutor, o que facilita mal entendidos, e muitas devem reproduzir de maneira errônea o que foi publicado por outros veículos. Os fatos básicos sobre Aisha são muito simples: ela foi vítima de um costume tribal chamado “baad”, em que uma propriedade é dada pela família que cometeu uma ofensa ou um crime a outra família. A propriedade é uma forma de compensação pelo crime ou ofensa. Pode ser dinheiro, terras ou até mesmo, e muito frequentemente, jovens meninas. Aisha foi dada como compensação pelo assassinato que seu tio cometeu contra um membro da família.
Ela tinha 10 anos quando isso aconteceu?Não sabemos exatamente que idade ela tinha, mas era bem jovem. Ela foi maltratada – como essas garotas sempre o são – e escravizada. Depois de anos de abuso em que apanhava com frequência, ela fugiu. Não temos certeza, mas talvez um vizinho a tenha ajudado. Ela conseguiu chegar a Kandahar e foi presa pela polícia porque mulheres não podem andar sozinhas pela rua – é uma regra em todo o país, mas especialmente em áreas como Kandahar, controlada pelo Taleban. De alguma maneira, seu pai descobriu que ela estava presa em Kandahar e persuadiu o comandante a libertá-la. Então, ele a levou de volta à mesma família a que tinha sido dada, à família de seu marido. Ele deveria saber que estava levando sua filha para a tortura e a morte, uma vez que a família de seu marido era taleban.
Li um artigo que questionava se o marido dela era taleban. Essa informação é confirmada?Sim, é confirmada. Por favor, publique-a. Estou na Califórnia, vim até aqui para ver Bibi e ontem ela ficou transtornada quando alguém mencionou o Taleban. Ela começou a gritar com toda força sobre o que eles haviam feito com ela. Não há nenhuma dúvida quanto a isso. O artigo da revista The Nation que questiona isso está mentindo. Aisha foi torturada por uma família taleban. Ela foi levada para uma área isolada, imobilizada por pessoas da própria família ou amigos ou vizinhos do marido, e seu marido ou o irmão dele, não sabemos ao certo, cortaram fora seu nariz e suas orelhas. Ela foi então abandonada para morrer sangrando.
Em uma entrevista, a senhora disse que a punição de Aisha provavelmente tem origem em um dizer pashtun (uma das tribos que povoam o Afeganistão) que diz que o homem cuja mulher foge perdeu o nariz.É possível que venha desse velho ditado popular. É uma punição que acontece em vários lugares do país. Não sei quão prevalente ela é, mas vimos outros casos. Não acredito que seja necessariamente restrita ao Afeganistão. Depois de ser punida, Bibi desmaiou. Ela estava sangrando muito, não conseguia nem enxergar direito. Achou até que fosse água, num primeiro momento. Ela conseguiu ir até sua vila e, pelo que entendi, seu tio não a deixou entrar. Então alguém, talvez seu pai, levou-a para a base militar americana, onde ela recebeu tratamento médico. Quando ela estava melhor, eles nos pediram para abrigá-la. E ela ficou conosco por nove meses até que nós arranjamos o tratamento médico e cirúrgico nos Estados Unidos com a Fundação Grossman para Queimados.
Como ela tem se recuperado desde que você a conheceu, no Afeganistão?Ela tem ido muito bem, mas qualquer pessoa que tenha passado pelo que ela passou, ser dada pela família, tratada como uma escrava, torturada, sofre de síndrome de estresse pós-traumático. Vai levar tempo para que ela se recupere, mas somos muito otimistas, porque ela é uma sobrevivente. Muitas pessoas teriam morrido naquela situação, não teriam sido capazes de chegar até o vilarejo. Ela conseguiu se manter viva. Ela nunca esteve na escola, não tem informações concretas sobre o mundo, mas é extremamente inteligente. Ela tem um tipo de inteligência inata. Ela é muito esperta, espirituosa e falante. Ela tem qualidades que vão ajudá-la a conseguir uma vida produtiva. Ela só precisa de tempo para se recuperar.
Quando deve acontecer a cirurgia para a reconstrução do nariz de Bibi?
Não sabemos. Ela precisa de um período de repouso porque o tratamento vai ser um outro tipo de trauma que ela vai enfrentar. São várias cirurgias e a Fundação Grossman está avaliando se ela está psicologicamente pronta para elas. Não existe um calendário, mas ela está recebendo cuidados de quem a ama e está feliz, aproveitando sua estadia. Ela tem agora a prótese de nariz e está se sentindo ótima ao aparecer em público. Ela é uma jovem linda.
Como ela se sente ao saber que sua foto foi reproduzida no mundo todo?Foi um pouco demais para ela. Aisha é jovem mulher que nasceu em um vilarejo. Comprei para ela um mapa do mundo para mostrar onde ficava o Afeganistão, onde ficava Dubai, onde seu avião fez escala antes de parar em Nova York, onde era a Califórnia, onde ela estava. Nós pusemos o mapa no chão e exploramos isso porque ela não sabia essas coisas sobre as quais nem pensamos.
Li que a irmã de Aisha pode estar ainda com a família de seu marido no Afeganistão. Isso é verdade?Supomos que a irmã dela esteja lá e nos preocupamos com isso, mas não há como sabermos se ela está lá e como ela está porque é uma área controlada pelo Taleban e, por isso, muito perigosa. O rosto de Bibi na capa da Time é um alerta do que pode acontecer se o Taleban dominar o Afeganistão. E se isso acontecer, o país vai se tornar refúgio para grupos terroristas que podem repetir atos como o 11 de setembro. Se isso acontecer, os custos de vidas humanas e de dinheiro serão ainda maiores do que já foram até agora. Nossa mensagem para o mundo democrático é que ele está sob ameaça aqui.
Muitas pessoas afirmam que muito pouco mudou no Afeganistão com a chegada dos americanos porque líderes fundamentalistas islâmicos que concordam com os talebans em vários aspectos continuam no governo. Qual a sua opinião sobre isso?Houve progressos nesses últimos anos. Pode não ser o suficiente, mas é incrível num país que ficou em guerra por 30 anos e estava sob o domínio de um regime tabelan brutal. Agora a maioria das pessoas do país quer um governo transparente, quer educação para suas crianças. As mudanças são óbvias. Nós somos uma organização sem fins lucrativos no Afeganistão e temos cinco centros para a educação das famílias e cinco abrigos. Isso é progresso. Nós ganhamos casos em favor das mulheres na Justiça. Há uma nova lei para a eliminação da violência contra a mulher assinada este ano pelo presidente Hamid Karzai que nos ajuda a defender as mulheres na Corte. Isso é progresso. Temos mais de 150 funcionários, todos eles afegãos, e eles arriscam suas vidas e as de suas famílias porque estão comprometidos com a causa de um governo progressista, leis progressistas. Pesquisas mostram que os afegãos querem uma vida melhor, querem que mais escolas sejam construídas. Se nós continuarmos no Afeganistão, o país pode se tornar um modelo do que é possível ser feito. Nós não somos invasores, os talebans são os invasores.
Agora Aisha está nos Estados Unidos. Há planos de que ela volte para o Afeganistão?Estamos vivendo um dia de cada vez. Não temos nenhuma ideia de como será a vida de Aisha. Temos que esperar para ver.

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