ANA PAULA PADRÃO NO REINO DOS KIM DA COREIA DO NORTE
Ana Paula Padrão No reino dos Kim Confiscaram nossos passaportes e passagens aéreas além de nos orientar a nunca tentar conversar com nenhum cidadão Nesses tempos politicamente corretos, pode ser que alguém queira me pendurar num poste pelo que vou escrever agora. Correrei o risco. Fiquei, sim, bem alegrinha com a notícia de que não dividimos mais o mesmo planeta com o baixinho norte-coreano Kim Jong-il. Quando vi aqueles pobres coreanos num festival de desespero e luto nas ruas de Pyongyang, lembrei-me do quanto estão todos treinados para o grande teatro coletivo da revolução. Estive na Coreia do Norte em 2005. Depois de intrincadas negociações, conseguimos da recém-inaugurada Embaixada da Coreia do Norte em Brasília autorização para que o cinegrafista Edilson Rizzo, a produtora Mônica Gugliano e eu visitássemos o país. Estamparam em nossos passaportes os vistos de números 1, 2 e 3 emitidos ali para jornalistas. Foram os primeiros e os únicos. Fomos recebidos n