Teste pode ajudar a detectar Parkinson antes de os sintomas aparecerem

Doenças neurodegenerativas

Teste pode ajudar a detectar Parkinson antes de os sintomas aparecerem

Pesquisa descobriu que baixos níveis de determinadas proteínas no fluido cerebrospinal estão associados à presença da doença

Técnica desenvolvida por pesquisadores permite visualizar caminhos que levam ao núcleo subtalâmico, pequena região do cérebro onde eletrodo é implantado para parar tremores relacionados ao Parkinson
Parkinson: Doença acontece quando a comunicação entre os neurônios é prejudicada pela falta de um neurotransmissor chamado dopamina (Thinkstock)
Pela primeira vez, uma pesquisa conseguiu identificar biomarcadores específicos para o Parkinson — ou seja, substâncias presentes no corpo de uma pessoa que acusam a existência de uma doença antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas. Segundo os autores do estudo, a descoberta pode levar a um teste que detecte a condição de forma mais precoce do que é feito atualmente, mudando tanto o diagnóstico da doença quanto o seu tratamento. Hoje, o Parkinson é diagnosticado com base em sintomas clínicos, como tremores nas mãos e lentidão nos movimentos.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Comparison of Cerebrospinal Fluid Levels of Tau and Aβ 1-42 in Alzheimer Disease and Frontotemporal Degeneration Using 2 Analytical Platforms​

Onde foi divulgada: periódico JAMA Neurology

Quem fez: David J. Irwin, Corey McMillan, Jon Toledo, Steven Arnold, Leslie Shaw, Li-San Wang, Vivianna Van Deerlin, Virginia Lee, John Trojanowski e Murray Grossman

Instituição: Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos

Dados de amostragem: 102 pessoas com e sem doença de Parkinson

Resultado: Os níveis de determinadas proteínas no fluido cereborspinal de uma pessoa podem acusar a doença de Parkinson antes do surgimento dos primeiros sintomas.
A nova pesquisa foi desenvolvida na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e publicada neste mês na revista JAMA Neurology. As conclusões são as primeiras de um estudo que começou há cinco anos e que se chama Iniciativa de Marcadores da Progressão do Parkinson (PPMI, sigla em inglês).
Essa primeira etapa da pesquisa analisou o fluido cefalorraquidiano (líquido que protege o cérebro e a medula espinhal) de 102 pessoas. Dessas, 63 apresentavam um estágio inicial de Parkinson, mas não haviam começado a receber tratamento para a doença. O restante não apresentava a condição. Os pesquisadores observaram especialmente cinco proteínas nas amostras.
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Mecanismo — De acordo com os resultados, pessoas com a fase inicial da doença apresentam níveis mais baixos das proteínas beta amiloide e alfa sinucleína em comparação com indivíduos saudáveis. Além disso, os participantes com Parkinson que tinham os problemas motores mais graves também foram aqueles que apresentaram os menores níveis das proteínas tau e alfa sinucleína. Por outro lado, as pessoas que apresentavam enrijecimento muscular apresentaram níveis muito baixos de beta amiloide.
A doença de Parkinson acontece quando a comunicação entre os neurônios é prejudicada pela falta de um neurotransmissor chamado dopamina. Ele torna os sinais enviados para os músculos mais fortes. Quando as células nervosas que produzem a dopamina começam a morrer, a comunicação é prejudicada e surgem sintomas como descoordenação motora, tremores, e movimento lento. Para os autores desse novo estudo, a degradação de determinadas proteínas pode ajudar na melhor compreensão sobre a doença.
Ainda segundo os pesquisadores, essas conclusões sugerem que, um dia, será possível detectar precocemente a doença de Parkinson e a sua progressão por meio de um teste que analise o fluido espinhal. Com isso, a equipe acredita que será possível desenvolver tratamentos que barrem o avanço dos sintomas o mais cedo possível, melhorando a qualidade de vida de pessoas com a doença.

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