Obama decide atacar Síria, mas quer aval do Congresso

Obama decide atacar Síria, mas quer aval do Congresso

DE SÃO PAULO
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Crise SíriaAtualizado às 14h59.
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou neste sábado que decidiu realizar uma intervenção militar na Síria em retaliação ao ataque químico que ocorreu no subúrbio de Damasco no último dia 21. Entretanto, ele também decidiu que pedirá autorização do Congresso para fazê-lo.
No pronunciamento feito nos jardins da Casa Branca, ao lado do vice, Joe Biden, Obama falou que o episódio foi o "pior ataque químico do século 21" e destacou que a operação militar terá escopo e duração limitados e não incluirá o envio de tropas.
"Eu estou pronto para agir diante desse ultraje. Hoje peço ao Congresso aval para que ajamos como uma nação única", disse.
Obama lembrou a situação de seu maior aliado, o premiê britânico, David Cameron, que sofreu uma humilhante derrota no Parlamento anteontem (29) ao ver derrotado seu pedido para se unir aos EUA na ação.
Ele disse que, apesar dos conselhos para que não o fizesse, decidiu levar o assunto ao Capitólio porque acha que os parlamentares "devem ser ouvidos".
O debate e a votação sobre o assunto deverão ocorrer assim que o Congresso voltar do atual recesso, que termina no próximo dia 9.
Mais cedo, Obama, o secretário de Estado americano, John Kerry, o secretário da Defesa, Chuck Hagel, e outros conselheiros da Casa Branca se reuniram e conversaram por telefone com senadores tanto do Partido Democrata, o do presidente, como do Republicano.

Ataque químico deixa mortos na Síria

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ATENÇÃO: a galeria a seguir contém imagens agressivas
SAIBA MAIS
PROVAS
Os EUA consideram que as provas obtidas por seus serviços de inteligência são suficientes para justificar uma ação militar destinada apenas a coibir o uso de armas químicas. Conforme o governo americano, o regime sírio realizou um ataque com armas químicas no último dia 21 no subúrbio de Damasco que matou 1.429 pessoas, sendo 426 crianças. O regime nega.
Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que os EUA deveriam exibir as provas que dizem ter de que o regime é culpado. Disse ainda que parte das provas citadas pela inteligência americana, grampos de telefonemas entre oficiais sírios, é insuficiente.
Neste sábado, a equipe de inspetores da ONU que estava na Síria visitando mais de dez locais onde teriam ocorrido ataques químicos deixou o país. Eles saíram em um comboio de veículos rumo ao Líbano, de onde embarcaram em um avião do governo alemão rumo a Roterdã, na Holanda.
O exame dos materiais que foram coletados será feito em Haia, também na Holanda, com a ajuda de vários laboratórios. Conforme a ONU, providências estão sendo tomadas para tentar acelerar a análise, mas não há cronograma específico. Especialistas afirmam que um relatório final poderá demorar até duas semanas mais.
Conforme seu mandato, a ONU determinará se houve ou não uso de armas químicas, mas não tratará da autoria dos ataques.
Outras dezenas de funcionários da ONU também deixaram a Síria neste sábado. A cautela quanto à região se estendeu também ao Líbano, de onde vários países ordenaram que seus cidadãos se retirassem, por causa da sensação de que um ataque militar é iminente.
Em Damasco, moradores observam a movimentação das tropas sírias e correm aos mercados para estocar mantimentos. Testemunhas afirmam, porém, que ainda não há relatos de escassez.

Evert-jan Daniels/Efe
Inspetores da ONU desembarcam em Roterdã, na Holanda, com material para investigar ataque químico na Síria
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