Operação desmonta quadrilha que fraudava vistoria de veículos no Detran do Rio


Rio de Janeiro

Operação desmonta quadrilha que fraudava vistoria de veículos no Detran do Rio

Esquema ilegal de emissão de documentos e transferência de propriedade rendia 200 mil reais por mês. Justiça decreta prisão de 41 acusados

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Pela Linha Vermelha, passam 139 mil carros diariamente: gases veiculares são responsáveis por 77% da poluição atmosférica no Rio (Marcos Michael)
Promotores de Justiça e policiais desmontaram um esquema de fraudes no Detran do estado do Rio, operado por funcionários, ex-funcionários e despachantes em quatro cidades. Equipes da Polícia Civil e da corregedoria do Detran tentam prender, desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, 41 denunciados, contra os quais foram expedidos mandados de prisão. O esquema teria envolvimento de 53 pessoas, que, de acordo com o Ministério Público, recebiam propina para realizar vistorias anuais, transferências de propriedade e outros serviços de forma ilegal.
As fraudes foram detectadas em Itaboraí – onde está sendo construído o Comperj, investimento de 22 bilhões de reais da Petrobras – e nos municípios de São Gonçalo, Magé e Campos, todos com grande volume de veículos.
A investigação sobre a quadrilha começou há seis meses, e envolveu o órgão do MP especializado em crimes que envolvem autoridades, policiais e servidores, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com participação da Promotoria de Investigação Penal (PIP) de Itaboraí. Trabalham na operação “Asfalto Sujo”, como a ação foi batizada, cerca de 200 agentes da polícia, do MP e do Detran.
A estimativa dos investigadores é de que, desde julho de 2009, a quadrilha lucrava cerca de 200 mil reais por mês com várias práticas ilegais, entre elas o que é chamado de “vistoria fantasma”. Com participação de funcionários e despachantes, os proprietários de veículos que recorriam ao esquema obtinham os documentos de licenciamento anual sem que o veículo fosse levado ao posto para inspeção. Despachantes que vendiam o serviço tratavam de distribuir a propina aos envolvidos na fraude, entre eles vistoriadores, peritos, técnicos de controle, certificador, supervisor e, em alguns casos, até para o chefe e o subchefe do posto de vistoria.
A operação também detectou a prática conhecida como “pulo”: funcionários do Detran autorizavam a transferência o veículo para um novo proprietário, mesmo sem o recibo de compra e venda ter sido preenchido e assinado. Dessa forma, os fraudadores evitavam o pagamento da taxa de transferência dos veículos.
Entre os denunciados estão o chefe do posto de Campos e o subchefe do posto de Itaboraí, além de funcionários responsáveis pela emissão de documentos, despachantes oficiais e zangões. As investigações começaram em Itaboraí, mas ao longo do trabalho foram identificadas fraudes nas outras cidades.
A “tabela” para cobrança de propina tinha preços que variavam de 50 a 1.200 reais, dependendo da complexidade do serviço e do número de envolvidos na fraude.

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