Quebra de sigilo da Delta e de mais duas empresas tocantinenses vai dizer quem deve ir à CPMI

Quebra de sigilo da Delta e de mais duas empresas tocantinenses vai dizer quem deve ir à CPMI

O Tocantins está de novo na mídia nacional, agora por conta da apresentação de requerimentos para convocação do governador Siqueira Campos (PSDB) e do ex-senador Eduardo Siqueira(PSDB), à prestarem esclarecimentos à CPMI. Mas é a quebra de sigilo fiscal e bancário da Delta e de duas outras empresas, estas, instaladas no Tocantins é que vai dizer quem deve ir à CPMI dar explicações.
Roberta Tum 
web Deputado Leonardo Picciani (PMDB), autor do requerimento que pede a presença de Siqueira
Deputado Leonardo Picciani (PMDB), autor do requerimento que pede a presença de Siqueira
O requerimento do deputado Leonardo Picciani (PMDB) que pede a presença de Siqueira se baseia num encontro entre Cachoeira e o governador, no apartamento do suplente de senador Ataídes. Imagina se todos os agentes públicos que encontraram Cachoeira uma vez na vida fossem convocados à CPI. A fila seria enorme. Mas, pela veemência com que tem negado qualquer negócio com o contraventor, imagino que não haverá dificuldade para Siqueira em ir à CPI.
A doação de R$ 3 milhões feita pelo empreiteiro Rossine à sua campanha, dentro do prazo e dos dispositivos legais, não é objeto de questionamento. Até por que como já foi exaustivamente informado, foi uma doação legal. E sem maiores repercussões nos negócios do empresário com o Estado.
Já o requerimento de Randolfe Rodrigues (PSOL) que convoca Eduardo Siqueira, tem como argumento conversas que citam encontros entre Cachoeira e Eduardo, e aquele jantar em Goiânia com uma acompanhante, que em uma das conversas grampeadas legalmente, o bicheiro afirma ter pago.
O que a Delta, de Cláudio Abreu conseguiu de novo no governo Siqueira, foi a contratação da recuperação do trecho Palmas/Paraíso, pelo preço de tabela do Dnit. Dos R$ 14 milhões que o Estado deve à empresa pelo serviço, que foi concluído, não chegaram a ser pagos R$ 2 milhões. E a Delta, ademais não foi a única contratada com dispensa de licitação. Outras cinco empresas, também prestadoras de serviço para o Dnit também o foram, com o mesmo critério de preço e de dispensa.
A decisão do governo à época, em fazer a recuperação das estradas desta maneira, foi criticada aqui. Mas defendida e referendada até por deputados na época, de oposição, e que estavam mais ávidos pelo benefício do que preocupados com a forma pela qual ele viria.
Tudo isto aí pode ser questionado, e respondido. Agora, o que vem por aí com a quebra do sigilo da Delta, e de duas empresas instaladas no Tocantins - Uma em Ananás e outra em Cariri – é que pode ser chumbo grosso. Artilharia que quem conhece já antecipa: pode derrubar muita gente que segue voando em céu de brigadeiro pela política tocantinense.
Depósitos, transferências e pagamentos: na mira da PF
O que eu sei - em off, viu gente – é que a PF tem muito mais do que se divulga na imprensa local e nacional sobre depósitos em contas de “laranjas”. Amigos de pessoas influentes que operaram contratos da empresa, direta ou indiretamente em Palmas.
E é justamente na prefeitura de Palmas que estão os contratos mais questionados da Delta.
O que vem por aí, é que a hora que o véu do sigilo for rasgado, os nomes pesquisados e os cruzamentos de pagamentos e recebimentos forem feitos, muita casa pode cair da noite para o dia.
E aí a lista de gente do Tocantins que vai à CPI pode não ficar restrita ao PSDB. Mesmo que o PMDB e o PT - de quem se afirma em Brasília que usa os requerimentos como estratégia de pressão para negociar a não convocação de outros governadores – não queiram. De jeito nenhum.

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