"Bandidos plantam boatos para melar o julgamento do mensalão", diz Gilmar Mendes


MENSALÃO - 29/05/2012 21h21 - Atualizado em 29/05/2012 21h21
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"Bandidos plantam boatos para melar o julgamento do mensalão", diz Gilmar Mendes

Ministro confirma que se reuniu com o ex-presidente Lula, que teria sugerido o adiamento da análise do processo no STF

REDAÇÃO ÉPOCA
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Gilmar Mendes nega irregularidades em viagem à Alemanha (Foto: Renato Araujo/ABr )
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes conversou com a imprensa nesta terça-feira (29) e disse que há tentativas de armação para atingir a credibilidade do Supremo e atrasar ou interromper o julgamento do mensalão. Nesta semana, Mendes confirmou que se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Segundo denúncias, Lula teria sugerido proteção a Mendes na CPI do Cachoeira em troca do adiamento do julgamento do mensalão no STF.
Mendes disse que entendeu como pressão o questionamento de Lula sobre sua viagem à Berlim. Em entrevista ao portal G1, o ministro negou as acusações de que teria viajado em um jatinho em companhia com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Segundo ele, essa informação foi plantada por "gangsters e bandidos". "O objetivo era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção."
Um dos alvos das críticas de Gilmar Mendes é o ex-presidente Lula. Segundo o ministro do Supremo, a informação de que viajou para Berlim partiu de aliados de Lula, com o objetivo de pressioná-lo. Lula seria a "central de divulgação" de intrigas contra o ministro.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro disse um ex-diretor geral da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda, quer “pegá-lo”. "Dizem que (Lacerda) está assessorando o PT”, afirmou Mendes. Lacerda foi exonerado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em 2008, após Mendes acusá-lo de grampear suas conversas telefônicas. Em 2010, a Polícia Federal divulgou relatório negando a existência dos grampos.
“A polícia, naquele período, tinha virado poder nas mãos de Lacerda. Não tenho nenhum arrependimento de ter enfrentado aquela situação. Desde que essa coisa começou temos sido, minha família e eu, alvos dessas constantes plantações”, afirmou o ministro ao jornal. 
Gilmar Mendes disse que o ex-presidente foi o primeiro a abordar o mensalão durante o encontro. Segundo o ministro, Lula disse que não seria bom julgar o processo agora, porque poderia “pegar o clima eleitoral”.
O ministro do Supremo negou que esteja assustado. “Essas coisas não me intimidam, evidente que não me intimidam. [...] Sabe-se que uma notícia é falsa, não obstante divulga-se essa notícia para criar esse estado de pânico. A minha surpresa foi quando ouvi isso da boca do presidente Lula. E, depois, ao saber, de jornalistas que o próprio presidente Lula estava se incumbindo de divulgar essa fantasia de que Cachoeira pagou minhas despesas. Ele está muito mal assessorado, mal informado. Está dando vazão a informações falsas”, afirmou ao Estado de S. Paulo.
Questionado sobre a demora na divulgação da denúncia, Gilmar Mendes disse que comentou sobre o caso com jornalistas e com o senador Agripino Maia (DEM-RN) logo depois da reunião. “Eu não tinha intuito de divulgar isso publicamente.” Mendes disse que confirmou o encontro após ser procurado pela imprensa.
  

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