MULHERES SEM FILHOS SÃO DÉBEIS E ARROGANTES E SOLITÁRIAS


“Não queremos ter filhos. Por que não nos respeitam?”

26/03/2012 | 10:08 | RUTH DE AQUINOFAMÍLIA | 

Mateus Carrilho de Almeida é gaúcho, professor universitário, administrador formado em universidade federal. 
“Todo o estudo que tive me ilumina e me ajuda a refletir. Minha esposa, Denise Saueressig, é jornalista. Excelente profissional e pessoa. Bom, eu a amo. Ela nunca teve interesse em ter filhos. Eu, sinceramente, já tive, não muito. Claro, tive, mas foi por ali, nunca insisti. Hoje, também não tenho mais nenhuma vontade e acho que não fará falta na minha vida. Não farei algo só porque os outros fazem.
Olha, já estamos de saco cheio de gente perguntando “quando vem obaby, que loucura é essa de não querer ter filho”, e que vou me arrepender depois que ela “secar”, tal qual diz um amigo meu, veterinário. Isso tudo como se adotar não cumprisse a mesma função, acrescido de uma responsabilidade social. Dizem que estamos aqui pra reproduzir, que ser pai/mãe é indescritível, pois tu abre mão da tua vida e tudo é em função de outro ser.
Eu acho isso tudo lindo-maravilhoso. Mas eu não tenho o mínimo interesse em abrir mão da minha vida. Realmente entendo quem o faz. Mas, se eu não quero, só peço que me entendam também.
Eu quero viajar com minha esposa,  curtir,  ir a show de rock, balé, teatro, ver filme adulto, namorar. Somos colorados, nosso casamento foi no estádio do Internacional, vamos nos jogos. Juntinhos. Poderíamos com bebês? E pior, imagina se eu tenho um filho gremista (rsrsrs)?
Eu tenho 35 anos e ela 33 e já dizem que estamos começando a ficar velhos, que não teremos quem cuide de nós na velhice. O estranho é que essas mesmas pessoas não cuidam dos seus pais na velhice. O que lhes garante que seus filhos não farão o mesmo?
E na adolescência, quando te dizem a célebre frase “não pedi pra nascer”? Eu não quero me arrebentar pra dar educação, ensino, abrir mão de um monte de coisa pra ter que ouvir isso depois quando eu não deixar um filho fazer um troço que só irá lhe prejudicar.
Vejo os problemas que conhecidos meus têm com seus filhos. E vou te dizer, as meninas têm dado a amigos meus, pais, mais problemas que os meninos. Aqui em Porto Alegre eu percebi essa semana, na saída de uma aula, que havia sete pessoas fumando na frente da escola. Todas mulheres. Fiquei pensando por que. De repente é um reflexo de anos em que foram reprimidas e não podiam, entre outras coisas, fumar. No entanto, pode ser apenas viagem de sociólogo…
Olha, nós pegamos há pouco um filhote de guaipeca, vira-lata (na foto que abre este post). Agora eu tenho certeza que filho é mesmo para os outros. E, sinceramente, já existem 7 bilhões de pessoas no mundo. Uma a mais ou uma a menos não deve fazer tanta diferença assim…
Desculpe o texto longo, mas costumo ser assim. Fiz um desabafo porque sinceramente eu estou já cheio das cobranças, como se só existisse uma maneira de ser feliz e comprometido nessa vida.
Com mestrado em ciências sociais pela PUC do Rio Grande do Sul, feito com bolsa do CNPq, Mateus me escreveu isso em email, achei interessante porque outros casais devem passar pelo mesmo. Ele me autorizou a publicar. O que vocês acham do desabafo de Mateus?
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Ruth de aquino é colunista de ÉPOCA.

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